Proteccionismo, não!

-Li com atenção o post que ontem escreveu o Nuno, pessoa que há muito me habituei a seguir, estimar e respeitar pela sua coerência de pensamento, mesmo quando discordo, afinal não sou monárquico, com quem tive o privilégio de partilhar durante a campanha eleitoral para as últimas legislativas, um espaço que reuniu pessoas oriundas de diferentes quadrantes políticos, mas que tinham um denominador comum, livrar Portugal do maldito caminho para o socialismo, que nos conduziu passados estes anos, ao estado a que isto chegou…

Já arrisquei e investi dinheiro, ganhei e perdi, nunca vivi encostado à sombra do O.E., não estou a afirmar que o Nuno o esteja, que se note, mas estou-me rigorosamente nas tintas quando compro um produto, para o número que consta no código de barras. Enquanto gestor numa micro-empresa, sempre optei por comprar a menor preço qualquer bem ou serviço necessário ao funcionamento da mesma, honrar os meus compromissos, incluindo os salários dos trabalhadores no final do mês, nem falo na agenda fiscal, porque o Estado não é um parceiro, mas um proxeneta. O proteccionismo jamais acrescentou valor à economia, enquanto português sinto orgulho quando compro produtos nacionais, mas quando o faço, nem olho para a etiqueta ou código de barras, opto pela qualidade. Para mim o vinho nacional é insubstituível, tal como o azeite. Mas não o faço por qualquer patriotismo. Sem problemas afirmo que se estiver em Elvas ou Vila Real de Santo António, irei atestar o depósito de combustível a Badajoz ou Ayamonte, respectivamente, os que discordarem e abastecerem do lado de cá, podem argumentar comigo, os outros deixem-se de hipocrisias e permaneçam em silêncio.

Comments

  1. José Pereira (Eu Próprio no facebook) says:

    Esta foi boa!!!

  2. xokapic says:

    Carissimo António,

    Deixo apenas um pensamento: se não se sente parte de um “grupo” (seja ele Portugal e os Portugueses) então também não se importa de ser governado pelos chineses.
    Eu cá por mim não me importo de comprar na mercearia da esquina pois o Sr. Manuel também vai olhando pelos meus bens quando não estou em casa. As comunidades fazem-se…não se compram.

    • Albano Coelho says:

      Caro cereal achocolatado,

      Acho muito bem que continue a comprar ao Sr. Manuel. Ele agradece. Só não se esqueça que o capitalismo, na verdade, é todo igual.

    • António de Almeida says:

      Caríssimo xocapic

      Não abdico do vinho português por qualquer outro, azeite e vários outros produtos. Ainda hoje comi uma belíssima posta de bacalhau, português? ou seria da Noruega? Isto para dizer que não me importo de ser governado por quem quer que seja, à excepção dos incompetentes que me governam e já ficam com cerca de metade do PIB. Não estou bem a ver como será possível aumentar o proteccionismo sem conduzir a humanidade para uma catástrofe, estou a falar de guerra, face ao endividamento, e pior, a quem devemos… O caminho possível é apostar na qualidade, pela mão de obra barata já percebemos que não vamos lá…

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