10 coisas que parece mal fazer num urinol

As Regras de Etiqueta de Michael Kessler

Ou dito de outra forma, Governo tem desperdiçado 5 milhões de euros em cargos dirigentes

A notícia como vem no DN A tradução feita por um pagador de impostos
Governo poupa 5 ME com extinção de cargos dirigentes

O Governo anunciou hoje que foram extintos nos últimos tempos 100 cargos dirigentes na Segurança Social e poderão ser extintos outros 70 ainda este ano, o que levará a uma redução de despesa de cerca de cinco milhões de euros.
  
“No quadro do Orçamento do Estado, a Segurança Social tem feito um grande esforço de modernização mas ao mesmo tempo tem conseguido reduzir o número de dirigentes sem pôr em causa a qualidade dos serviços prestados”, disse aos jornalistas o secretário de Estado da Segurança social Pedro marques.

Segundo Pedro Marques, a redução de 100 lugares de dirigentes correspondem a uma redução de 2,8 milhões de euros.

A redução foi conseguida à custa de aposentações, não renovação de comissões de serviços e transferência de funcionários para Instituições Privadas de Solidariedade Social, no âmbito de externalizaçõa de competências, como aconteceu com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Governo andou a desperdiçar 5 ME com cargos de dirigentes

O Governo anunciou hoje que manteve nos últimos tempos 100 cargos dirigentes na Segurança Social e que outros 70 continuarão a existir, pelo menos, este ano, o que tem levado a uma despesa de cerca de cinco milhões de euros.

“No quadro do Orçamento do Estado, a Segurança Social tem mudado umas coisas que deixaram tudo na mesma e a prova é que um certo número de dirigentes poderia sair sem que a qualidade dos serviços prestados fosse beliscada”,  disse aos jornalistas o secretário de Estado da Segurança Social Pedro Marques.

Segundo Pedro Marques, os 100 lugares de dirigentes que têm sido mantidos correspondem a uma despesa de 2,8 milhões de euros.

Estes cargos têm sido mantidos à conta de contratações, comissões de serviços e duplicação de serviços já prestados por outras instituições, como tem acontecido com a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa.

Moção de censura do BE faz vítimas no… BE

No dia seguinte à apresentação da intenção de moção a trinta dias do BE, a propósito das declarações de J. M. Pureza, escrevi num comentário a um post meu

Dá a sensação de repentismo e improviso, um pouco como se JMP viesse à pressa apagar um fogo que F. Louçã ateou ontem.

A demissão, hoje, do membro da mesa nacional do BE Paulo Silva vem confirmar o que eu suspeitava. Mas não só. Vem confirmar, se ainda fosse necessário, que o partido que se apresentou há uns anos reinvindicando uma postura e uma ética diferente dos outros partidos políticos é, agora e nesse sentido, farinha do mesmo saco, roída pelo mesmo bicho.

Do ponto de vista ético e de seriedade política, o Bloco vem perdendo – não apenas agora – legitimidade para criticar as derivas dos outros, chamem-se eles José Sócrates ou Paulo Portas. A continuar assim assistiremos ao progressivo esvaziamento do Bloco de Esquerda.

Isso acontecer numa  altura em que o descontentamento popular atinge valores muito elevados é prova de grande inabilidade política.

Terramoto do Haiti: As imagens duras e frias merecem mais que um simples juízo de valor?

No Bitaites, o seu autor, Marco Santos, coloca “A velha discussão entre jornalismo e pornografia” em debate. Por causa de uma fotografia. Em causa, a ética e a moralidade de publicação de uma imagem dura, cruel, que ali é apelidade de pornográfica. É uma velha questão, de facto. Deve a imagem de Olivier Laban-Mattei, que venceu na categoria General News Stories, do World Press Photo, ser mostrada, seja onde for, num jornal, numa revista, num site, numa exposição? A fotografia foi tirada a 15 de Janeiro do ano passado, num dia normal das prolongadas operações de limpeza que se seguiram ao terramoto no Haiti.

Todos nós vimos imagens de momentos únicos de salvamentos no pós catástrofe no Haiti. Daqueles que nos fazem encolher o peito, embargar a voz e humedecer os olhos. Eram momentos felizes. Dos escombros saiam vidas, depois de horas, dias e até uma semana em suspenso. Gostamos dessas imagens. Proporcionam esperança. Sabemos que há milhares de mortos mas é nestas que obtemos mais uma recarga de humanidade.

Por isso, é tão duro olhar para a imagem do homem que efectua limpezas na morgue do repleto hospital central de Port-au-Prince. Ali, parece não haver humanidade.

Um corpo de uma criança voa em direcção a uma pilha onde já há outros cadáveres. Há um despejar literal, como se fosse um pedaço de madeira. Como se fosse nada. O nosso espanto é ainda maior porque se trata de uma criança.

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Crédito: Olivier Laban-Mattei, França, Agence France-Presse

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O papel do movimento associativo

As questões levantadas com a recente descoberta de uma idosa que faleceu na solidão da vida e permaneceu numa solidão de morte durante 8 ou 9 anos (e todos os casos seguintes que vieram a público graças à capacidade inata da comunicação social de transformar o óbvio em tendências abruptas) recordaram-me as noções de vicinidade e laços sociais. Quando a humanidade passou por fases eminentemente rurais (e hoje caminhamos aceleradamente para uma situação de urbanismo global) a sobrevivência estava assegurada por recursos e espaços devidamente controlados, mas sobretudo, por uma coesão sanguínea e afinitiva que as cidades não autorizam por várias razões: entre elas a composição dos novos agregados familiares. E, no caso de Portugal, um país eminentemente litoralizado, em que as relações já não se baseiam no sangue, nem na afinidade ou na vicinidade, como resolver esta solidão, estes casos de alienação social forçada? [Read more…]

Cartão de S. Valentim

Cartão de S. Valentim

A caneta é mais forte do que a espada e o discurso é uma arma

Os discursos portugueses são catalisadores. Depois do episódio do ministro e secretário de estado lerem o mesmo discurso, é agora a vez de um ministro indiano sucumbir ao poder da palavra portuguesa.

Já era conhecido o caso da anedota mortal, tão bem documentada pelos Monty Python, que era tão mortífera que morreria de rir quem a lesse na totalidade. Foi arma de guerra contra os alemães, com exércitos inteiros a lerem apenas palavra a palavra e em alemão. Devastador.

Eis que agora, depois de darem mundos ao mundo, oferecem os portugueses mais este notável artefacto, saído direitinho das Novas Oportunidades: o discurso pega-monstro. Tal como esse brinquedo que se atirava às paredes e por elas escorria viscosamente, este género de discurso cola-se ao orador, levando as cordas vocais da vítima a proferir as palavras escritas.

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Encontrado Mais Um Cadáver*

É mais um cadáver descoberto dentro de portas e sem cheiro; sem que alguém tivesse alguma vez dado sequer pela sua existência, eis que o Instituto de Conservação da Natureza foi encontrado morto, prostrado na sanita, quando se preparava para cooperar na “gestão do fundo Baixo Sabor“; a banal descoberta aconteceu por acaso quando o próprio Ministério do Ambiente procurava um novo buraco para se esconder, já que gosta de pautar a sua existência pelo recato e inutilidade.

O Ministério da Cóltura manifestou já a sua solidariedade, advogando – como compete a um cão amestrado – que a Barragem do Tua é também um imperativo não de Trás-os-Montes ou de Portugal mas sim de toda a Humanidade.

* com o Alto Patrocínio da EDP

PR After Work Norte:

Acordo Ortográfico: e se José Saramago fosse brasileiro?

Antes de ter alcançado o Olimpo da literatura mundial, Saramago dedicou-se a várias actividades, entre as quais, a de tradutor. Descobri, cá por casa, uma dessas traduções, a Arte do Ocidente. A Idade Média românica e gótica (a primeira edição é de 1978), e resolvi fazer uma experiência: como poderia ser esta mesma tradução, em Portugal e no Brasil, com base no próximo Acordo Ortográfico? Já se sabe que estamos no campo das suposições e que podemos sempre argumentar que Saramago poderia, hoje, ter traduzido de maneira diferente, mas não deixa de ser curioso ver se a desejável uniformização poderia ser alcançada através de uma suposta unificação ortográfica.

Leia-se, então, em primeiro lugar, uma parte do primeiro parágrafo da Introdução do livro acima referido, de acordo com a tradução de Saramago:

“Cada um dos capítulos da nossa civilização tem o seu suporte geográfico e a sua paisagem. Acordam-se e iluminam-se sucessivamente, como os diversos aspectos dum grande sítio percorrido pela luz. A Antiguidade Clássica deu ao Sul da Europa a substância e o contorno da sua humanidade. Foi em redor do Mediterrâneo que a Grécia e Roma conceberam e fizeram prevalecer princípios políticos, uma perspectiva do pensamento e uma imagem do homem que adquiriram um valor universal. As origens do cristianismo são orientais e mediterrânicas: teve primeiro o tom da cultura helenística, depois o das comunidades da Ásia.”

Vejamos, agora, que modificações seriam introduzidas pelo Acordo Ortográfico, numa edição portuguesa: [Read more…]

as minhas memórias-8-sindicatos

os sindicatos marcham para protestar por falta de pagamento

Tinha eu 19 anos, era estudante e junto com outros duzentos, andávamos pelos campos a falar com os trabalhadores com o objectivo de fomentar a sindicalização. Éramos todos estudantes universitários e utilizávamos as nossas férias de verão para dinamizar a criação de sindicatos. No Chile havia sindicatos para técnicos, docentes e outras actividades que usavam a sua mente no seu trabalho e não o corpo. Os sindicatos para operários[1], formados pela classe operária industrial, caracterizavam-se, sobretudo, pela desunião entre os seus membros, dada a sua orientação ser regida por partido políticos e não por princípios sindicais, até aparecer na actividade sindical chilena, Clotário Blest Riffo, fundador da Central Única de Trabalhadores, sem afiliação partidária. [Read more…]

Vigo

Vigo, como o Porto, já teve uma vasta rede de eléctricos. Qualquer dia regressam.