…e o dia do suicídio do Bloco de Esquerda.
Qual incoerência, precisam de tradutor?
“Sabemos que no dia em que estamos a discutir não tem qualquer utilidade prática a apresentação de uma moção de censura”, disse Louçã. Que acrescentou: “Apresentaremos sempre alternativas e não nos pronunciaremos sobre moções de censura que não existem ou sobre intenções vagas de apresentação por este ou aquele partido.”
Disse Francisco Louçã no dia 5, e anda meio mundo a disparar que o anúncio hoje feito da apresentação de uma moção de censura entra em contradição com esta frase. Quando o Bloco volta a ser de Esquerda, sinto-me na obrigação de explicar aos não falantes da língua portuguesa que: [Read more…]
Gostas? Tens a certeza? Gostas de quê, afinal?
Uma senhora morreu em sua casa e o seu corpo foi encontrado apenas agora, nove anos após o falecimento.
É uma notícia triste, de solidão , abandono e desinteresse, um retrato de certa sociedade que criámos. O meu colega José Freitas deu conta dos factos aqui no Aventar, num estilo curto, seco e objectivo. Dizia que o corpo da senhora e o do seu cão haviam sido encontrados após nove anos, pouco mais.
Bastou para que oito pessoas levantassem o polegar, carregassem no botão e dissessem Gosto. Gostam? Mas gostam de quê, podem dizer-me? Dada a natureza e o tom da notícia, parece que gostam da morte da senhora e do abandono do cadáver.
Eu sei que o botãozinho está lá, mas deve ser utilizado com um mínimo de inteligência. E de pudor, já agora.
A carta do CEO da Nokia

Precipício
Uma notável carta do CEO da Nokia aos seus co-nokianos. Sobre a Apple, o Android e demais concorrência. Sobre a própria Nokia e a forma de encarar o presente. A ler no 31 da Armada.
Eu, que fui entusiasta dos produtos dessa empresa, acabei por mudar para uma marca branca, um tal “Boston”, pela simples razão de estar anos luz à frente do que a marca tinha para oferecer. Por um preço aceitável, ganhei um bom dispositivo de acesso à net e um mau telefone. Um inconveniente menor, uma vez sinto menos falta do telefone do que da net.
Vi a empresa definhar a cada resposta inadequada à concorrência. Como é que eles mesmo não o viram? Às vezes não queremos ver, fale-se de pessoas, de empresas, de governos ou de países. A prova é o Portugal que aí está, à beira do colapso financeiro e, segundo o líder, no rumo certo. Em direcção às chamas, seguramente.
Moção de Censura fresquinha
Vindo do fundo do pelotão o Bloco de Esquerda passa da ameaça velada à concretização e vai apresentar uma moção de censura ao governo dentro de um mês.
Vamos assistir ao milagre da multiplicação das moções, aposto. PCP, PSD e CDS, sentir-se-ão ultrapassados, e cada um terá a sua, mais coisas menos coisa.
E alguma será aprovada? Duvido. Mas vai ser entretido ver se passam ou não. E como em barco à deriva os náufragos são dados à asneira, vamos ver quantos friportes nascem e quantos sobreiros à portucale são abatidos.
Deus e o iPhone são incompatíveis
Católicos não se podem confessar pelo iPhone
Especialistas em informática declararam ao Aventar que o iPhone é incompatível com Deus: “Usam linguagens de programação completamente diferentes, para além de que não tem memória suficiente para integrar a base de dados do Criador que é, efectivamente, muito pesada.” Um outro técnico, que não quis ser identificado, confidenciou-nos que a confissão é, efectivamente, possível, havendo, no entanto, alguns problemas na absolvição que poderão ser resolvidos com a instalação de um pequeno programa, o “Ego te absolvo 3.0.9”, que inclui, para além do perdão, o número de Ave-Marias e de Pais-Nossos previstos nas várias penitências.
Para os católicos com maiores dificuldades económicas, o Vaticano irá criar uma linha directa para Deus, a pagar no destino. Fonte ligada ao Santo Padre afirmou que, no fundo, o que encarece o acto é o intermediário, “pelo que, prescindindo do padre, será possível aos mais necessitados dispor de meios para uma absolvição mais acessível.”
Já não é a primeira vez que, na história da Igreja, há incompatibilidades de software: efectivamente, dentro do mesmo hardware, a Bíblia, verificam-se, frequentemente, conflitos entre o Velho e o Novo Testamento, programas que correm em linguagens completamente diferentes: basta ver que o Deus que distribui terabytes de castigos no Velho Testamento parece ter gasto todos os recursos e, onde havia um programa que permitiu parar o curso do sol, passa a haver um rapaz que se limita a transformar água em vinho, um truque que o próprio Vasco Santana viria a usar na rodagem de O Pátio das Cantigas.
Ah, Viseu!…
(Bragança) Viseu teve “o transporte do futuro” entre 1914 e 1990; Fernando Ruas, eternizado autarca do cavaquistão, mandou, com as máquinas da própria autarquia, derrubar o ingente edifício da estação, soberbamente localizada no sopé do centro histórico da cidade. A Viseu chegaria o IP5 (a salvação) para, recentemente, o ver substituido pela A25 (ainda grátis) e complementado pela A24 (grátis, desde a fronteira de Chaves).
Curioso será notar que, até 1990, a Viseu se podia chegar por duas vias férreas – Linha do Dão (desde Santa Comba Dão, Linha da Beira Alta) e Linha do Vouga (desde Espinho/Aveiro). Com o dinheiro da Europa, a aposta foi desmantelar, não modernizar. E Viseu tornou-se assim naquilo que é hoje: a maior cidade da Europa sem acesso ferroviário. O mesmo que o demoliu anda há anos a pedir comboios…
Portugal 1 – Argentina 2 … Era uma vez o Cristiano Ronaldo Y o Lionel Messi …
"Turismo no Município de Castro Daire"
Este post é uma saudação elogiosa a um município cujos autarcas respondem na primeira pessoa ao que a sua função (voluntária) os obriga; E como, por exemplo, aqui em Braga ou em Tadim, até as cartas registadas com aviso de recepção ficam longos invernos sem o mínimo ui ou ai, não posso deixar de relevar a minha recente experiência democrática. A mensagem que enviei há dias reza mais ou menos assim…:
Comentários Recentes