Já estou a beber uma Vidago fresquinha…

Hoje sou um homem feliz com a certeza de ser, sem qualquer sombra de dúvida, adepto do melhor clube do mundo e arredores.

Acabo de chegar do meu Dragão absolutamente satisfeito! O meu Porto acaba de dar um exemplo ao país e a todos aqueles a quem o FMI mete medo. Para nós, o esforço é consequência da nossa dedicação ao trabalho e colocar o desafio no limiar do impossível é o princípio da certeza na conquista.

O nosso treinador e a sua equipa não quiseram, e bem, humilhar uma vez mais o seu adversário no nosso estádio. O que aconteceu a 7 de Outubro foi uma resposta, fruto do querer contra a sobranceria enquanto hoje o objectivo foi claro e totalmente atingido: colocar a fasquia ainda mais alta. Oferecemos dois golos de vantagem e perdemos como desejado para, mais tarde, em Abril, vencer o adversário de forma clara e contundente.

Por isso mesmo, é a primeira derrota do Porto sem a expulsão do nosso treinador. Cumprido que foi o seu desejo não era necessário insultar aquele senhor que de preto apenas usa as vestes pois todo o resto é vermelho e branco. Aliás, eu dei o primeiro aviso ao colocar duas fotografias. O número de fotografias não foi inocente, foi a minha mensagem subliminar de aviso aos incautos da bola. O combinado era dar duas de avanço – mais do que isso seria cair na tentação da sobranceria tão típica deste nosso oponente mas nós somos vinho de outra pipa.

Nós somos assim, gostamos de saborear as vitórias mais difíceis. É por isso que o nosso lema é: “A Vencer desde 1893”.

O Museu do Cairo é das pessoas do futuro

O Museu Egípcio do Cairo foi hoje assolado por uma chuva de coquetéis molotov,  lançados de janelas e terraços próximos do edifício.

Trata-se de uma ação organizada, foi decidida e instigada por alguém. Sobre quem são os responsáveis os acusadores dividem-se e corremos o risco de nos perdermos entre informação e contra-informação.

O que se espera é que objectos que resistiram aos séculos sobrevivam ao tempo breve de uma revolução e permaneçam como património das futuras gerações. O que se espera é que a arte de anteriores civilizações não desapareça em nome de interesses políticos de hoje.

Não preciso de conhecer o nome dos culpados para ter uma opinião: são múmias e deviam estar expostas num museu. Na secção dos animais irracionais.

O Google Art Project fazia falta, e havia gente a dar por isso

A Google tem várias qualidades, a agradecer sobretudo tendo em conta que com o seu monopólio quase absoluto o natural seria estar a dormir à sombra da bananeira onde um tal de Bill Gates em tempos ressonou.

Uma delas é a vontade de trazer cultura à net, seja pelos livros, seja agora pela pintura.

O Google Art Project oferece-nos aquilo que muitos museus já tinham feito ainda em CD-ROM: passear dentro de um museu, e sobretudo ver em alta resolução alguns dos seus quadros.

Esta manhã mostrei a novidade aos meus alunos. Bah, preferia era mesmo ir lá. Eu sei, os museus também têm cheiro. Mas na confusão de um grande museu deixamo-nos arrastar para as giocondas e outras celebridades, perdemos a tranquilidade da descoberta, e sobretudo não podemos enquanto visitantes ver a ampliação do traço, o arrasto do pincel, o retocado.

Lá perceberam com um Van Gogh, muito explicado o mês passado, e agora demonstrado no seu micro-esplendor.

Eu sei que a Google se move pelo negócio, e esta é mais uma iniciativa que pensa nos cifrões. Mesmo assim obrigado, e onde é que se mete a moedinha?

as felonias dos homens

a felonia dos homens, conforme a sua mulher

Contente, feliz e alegre, sorrindo como se fosse primavera, não houvesse frio, chuva, nem febres e gripes, procuro a flor mais exótica que encontro, como a de Oscar Wilde, o homem do cravo verde. Por não ser Wilde, avanço e passa a ser uma rosa verde que, com todo o amor, entrego e ofereço a essa alegre mulher que me seduz. Escrevo-lhe uma carta de amor e paixão, de amor profundo, cuidado e fiel. Resposta: vós, homens sois insuportáveis, querem tudo de nós e nada nos oferecem em troca. Excepto enganos e infelicidades. Quem me dera ser homem para tomar a minha relança!

Schubert:Impromptu in G flat major D899 No.3

Tolhidos

Por SANTANA CASTILHO

A campanha eleitoral para a presidência da República foi pouco esclarecedora e lamentavelmente decepcionante. Não foi nobre o processo pelo qual os mascarados do costume trouxeram a escrutínio passagens menos edificantes dos negócios de Cavaco Silva. Mas foi deprimente a forma como o candidato, presidente presente e presidente futuro, lhes respondeu. Sem decoro, o ministro do malhanço, que não deixou de ser da Defesa, atiçado pelo animal feroz, que continua primeiro-ministro, zurziu sem elegância o candidato que ainda era presidente da República e chefe máximo das forças armadas.
O eleito respondeu-lhe, enviesado e rancoroso, num discurso que devia ser de vitória e acabou em perda, particularmente quando apelou para que os jornalistas denunciassem as fontes das notícias que o incomodaram.
O mesmo Cavaco que se desagradou com o comportamento lamentável do Diário de Notícias, aquando das escutas de Belém, exortou agora ao mesmíssimo remexer na lama que então manchou a honra e a ética do jornalismo sério. Tão clara e indiscutível como a vitória que as eleições lhe conferiram foi a sua queda do pedestal onde os indefectíveis o colocaram. [Read more…]

E se nacionalizássemos a Galp de novo?

BE: galp e edp

Um empresa pública que venda com lucro leva à existência de um imposto camuflado.

De vez em quando, em comentários dos jornais, nos blogs e em conversas dou com observações nestes termos: os lucros da Galp são escandalosos e a privatização da empresa ainda os fez aumentar mais.

Sabendo de antemão que nos tempos da Galp pública, os preços eram definidos por decreto e que estes variavam em função das necessidades orçamentais, dei-me ao trabalho de fazer umas contitas.

[Read more…]

As transferências do Ministério da Educação para as escolas privadas

http://files.photosnack.net/app/swf/EmbedCanvas.swf?v=3&hash_id=c64627fdc4f132e6b34f442aea499573&watermark=trueTo view this photo slideshow you need to have Flash Player 9 or newer installed and JavaScript enabled. This flash slideshow was created with PhotoSnack photo slideshow maker.
Na Declaração n.º14/2011, de 17 de Janeiro, o Ministério da Educação publica as transferências efectuadas para diversas entidades ligadas ao ensino, a maior parte das quais colégios e externatos privados. Ali, há de tudo: contratos de associação, contratos simples, contratos de patrocínio, contratos de desenvolvimento, contratos-programa e por aí fora. E há colégios que se inscrevem em várias destas rubricas ao mesmo tempo.
Há casos que se compreendem e outros que não. No segundo semestre de 2010, em Lisboa, o Colégio de S. João de Brito recebeu do Ministério da Educação mais de 700 mil euros; o Colégio Mira-Rio mais de 36 mil euros; o Colégio Valsassina quase 25 mil; no Porto, o Colégio Paulo VI recebeu mais de 740 mil + 36 mil euros + 236 mil (?); o Colégio dos Cedros, instituição da Opus Dei que só admite rapazes, mais de 33 mil; o Colégio Luso-Francês e o o Colégio de Nossa Senhora do Rosário, na zona mais rica da cidade, quase 90 mil e 60 mil, respectivamente; o Externato Ribadouro, onde os alunos vão para subir as notas no Secundário, quase 25 mil; o Colégio Liverpool e o Colégio de Nossa Senhora da Esperança, duas das piores escolas do país, 130 mil e 120 mil euros respectivamente.
Alguém me explica estes números?

os trabalhos que dou à mulher que amo

a cor desta flor é a do amor distraído

Nós, homens, mal sabemos tratar das nossas pessoas.

Não escrevo esta frase com desapreço a nós varões, de qualquer orientação sexual. Em tarefas domésticas, somos um desastre. Em relações amorosas, desatinados. Oferecemos uma flor e justamente escolhemos a que a nossa mulher não gosta. Não é por maldade, é por andarmos sempre a pensar no Benfica, no nosso trabalho, ou, ainda, a olharmos para uma mulher bonita que passa, o que me cheira a um quase adultério.

As nossas mulheres tratam de nós e de todos estes dissabores para os quais nunca fomos ensinados. Assim como não há escola de pais, não existem escolas de maridos, amancebados ou amantes. O difícil é demonstrar à nossa mulher o quanto a amamos. Porque nós, homens, vivemos, desde o Concílio de Trento, numa eterna gaiola

[Read more…]

direitos e tortos