“Quero reafirmar o que disse hoje o ministro das Finanças, que este Governo fará tudo o que for necessário para garantir a meta do défice”, afirmou hoje José Sócrates durante uma conferência sobre a crise da dívida soberana, organizada pela Reuters e pela TSF. [Público]
Tudo mêmo tudo? E se tal incluir uma vinda do FMI?
Já se sabe que os impostos poderão ser aumentados (excepto para a banca), receitas extraordinárias como as da PT no ano passado também se arranjarão e baixar as prestações sociais também não tem sido problema.
Mas FMI já é outra questão, permitisse isso juros mais baixos ou não. Faça-se o que se tiver a fazer mas perder a cara é que não.
Caro Jorge Feliscorno,
…. Por mim, não vejo inconveniente na vinda do MFI. Diria, atá, que já vem tarde.
Acho, até, que irão fazer tudo o que for possível e impossível, para evitar a sua vinda. Mas isso não será por causa de salvaguradar a “independência” nacional; mas para que muita rapaziada não fique sem o tacho; para que não sejam encerrados institutos e fundações; para que os gestores públicos não vejam reduzidos os seus salários e todas as mordomias; para que os ex-presidentes da República não continuem com as regalias vitalícias, incluindo carro e motorista… para… para… para!… São estes quem tem receio do FMI; porque a plebe será sempre sacrificada, venha quem vier ou deixe de vir —fosse apenas a plebe a suportar o onus, e o FMI já cá estava!
A questão não é salvar a honra do convento ou a face, é deixar que, do ar, do mar ou de qualquer lado, venha alguém isento e que possa tirar as pessoas deste sufoco. Fartas de nacionalismos sem fundamento estão seres cansados de serem roubados. E se o País tiver que desaparecer, que desapareça, se for essa a solução para que se possa ter uma vida digna.
O dever de patriotismo cabe aos que se têm servido do País; aos que o depauperaram e levaram à situação que se vive; aos que, seguramente, já têm as malas preparadas e a “pasta” segura, se isto der o estouro.
Nota: mais do que português, sou um ser que, como tantos outros, por coincidência, nasceu aqui.
Em 1977, e mesmo em 1983, era demasiado novo para me lembrar do que foi a vinda do FMI. Mas há quem se lembre.
Ouço por vezes o comentário de que o FMI, se vier, apenas fará aumentar impostos e trazer a flexibilidade laboral. Mas olhemos ao que se passa à nossa volta. Não é já isso que está a acontecer? O que é que aconteceu a 1 de Janeiro passado? O que essa intenção de criar um fundo para despedimentos?
Propaganda à parte, com ou sem FMI, o futuro que nos espera não é agradável.
Mas há alguém que teme deveras a vinda o FMI. Alguém que no governa há 6 anos e que assim levará o carimbo da incompetência. Alguém que cairá no esquecimento devido a um dos momentos históricos que tanta vez ornamentam os seus belos discursos: a terceira vinda da ajuda externa.
O Jorge está claramente a menosprezar indevidamente a burrice do eleitorado português. Já nos demonstraram mais do que uma vez do que são capazes.O que o leva a crer que desta vez iriam ter um maior discernimento nas próximas eleições ?
Não se esqueça que as coisas já não andavam grande coisa no primeiro mandato do Socrates, e o certo é que ainda por cá anda.
Verdade, a inteligência é limitada mas a estupidez é infinita. E ainda na passada semana um estudo da Marktest colocava o PS em subida. Pasmo-me.
Já vem do tempo do Eça: em Portugal há os que estão no poder e os que por ele esperam. Mas não há oposição. E olhando para o amadorismo da nossa oposição, tenho que que concordar.
Temos que perceber que os votantes que escolhem quem governa o país são os mesmos que fazem com que O Preço Certo e as novelas rascas da TVI e os Big Brothers sejam os lideres das audiências.
Pouco vale às pessoas com alguma cabeça andarem nos Blogs a dizerem umas verdades. A democracia está nas mãos de um povo que troca o seu voto por electrodomésticos e que sabe desculpar as vigarices de alguns dos seus invejados lideres, pois no fundo são atraídos por essa imagem do sucesso.
anda tudo maluco ou quê???
Eu posso afirmar com um requinte de lucidez que me encontro em pleno estado de loucura. E já que os extremos se tocam, aproveito para fazer um esforcinho adicional para chegar ao brilhantismo 🙂
Hoje (isto é, ontem, já que o relógio biológico ainda não mudou de dia), falava o ministro das finanças na TSF sobre uma qualquer coisa. Parece que era por causa dos malvados mercados não se entusiasmarem com a grande contenção orçamental que até foi notícia de primeira mão no Expresso.
Entre bla-bla-blas e os mercados isto e aquilo, a certa altura, Teixeira dos Santos puxou dos feitos quanto a terem atingido a meta orçamental para o défice em 2010. E que isto transmitia um sinal de confiança aos mercados.
Fiquei na dúvida se estaríamos perante incompetência ou simples má-fé. Achará o nosso ministro das finanças que o pessoal que empresta dinheiro à República (como agora se diz) não leu as notícias sobre a transferência do fundo de pensões da PT para tapar o buraco das contas públicas?
Claro que a partir desta manipulação básica, deixei de ouvir o discurso do ministro (apesar do rádio continuar ligado).