Benfica proíbe tarjas e bandeiras do FCP

Ainda bem que a notícia é de ontem, senão pensava ser coisa do 1º de abril porque, quando  a li, não quis acreditar. Nunca escondi aqui que sou adepto do SLB, por isso mesmo estou à vontade para qualificar: é inqualificável.

O Benfica não precisa disto e cheira-me a tentativa de menorizar os eventuais festejos na Luz se o FCP, lá, se sagrar campeão. Não sei porquê, mas acho que não passou por aquelas cabecinhas que isso dá, ainda, mais força aos festejos, por exemplo no Marquês. Além disso, campeão é campeão, é justo que celebre. Se não querem que o FCP celebre na luz, ganhem o jogo e celebrem a vitória sobre o campeão anunciado, ponto final.

Mas há dois argumentos que vêm apensos, tipo desculpa de mau pagador. O primeiro é o da segurança e visa proibir “armas de arremesso”. Certo, é um ponto de vista, mas proíbam-se então todas as tarjas e todas as bandeiras, de visitantes e visitados. O outro roça o ridículo: parece que o FCP já fez o mesmo no Dragão, impedindo a entrada do mesmo material por parte do Benfica. Talvez, não me custa imaginar. Mas o pior dos nossos adversários não nos serve de exemplo, digo eu aos meus filhos, e eles, que são crianças, percebem, porque é simples, porque é decente e porque somos melhores. Mas só quando somos.

Comments

  1. Nightwish says:
  2. António Fernando Nabais says:

    Cristalino, Pedro. Ia escrever sobre o mesmo assunto, mas não é preciso. Disseste tudo.

  3. Óscar says:

    Estou certo que o autor do post é de Lisboa.
    Parece que uns míseros 300km de distância vos tolda a vista para toda uma estratégia do FCP que tem como objectivo menorizar e menosprezar o SLB. Com muita pena minha têm-no conseguido.
    Não me considero um seguidor da lei de Talião. Ainda assim, e relativamente a minudências, como o são o futebol e relação entre dois clubes rivais, também não posso admitir que seja seguida a velha máxima cristã de “dar a outra face”.
    Estou totalmente de acordo com a posição assumida pela Direcção do SLB.

    Não obstante, estou de acordo consigo quando diz que a melhor maneira de impedir os festejos é ganhar o jogo.

    • A. Pedro says:

      Óscar,

      O autor do post não é de Lisboa e até vive a 300km de distância.

      Isto não tem nada a ver com dar a outra face. A grandeza do Benfica obriga-o a que não se rebaixe e trate o FCP como trata o Olhanense. Na Luz são todos iguais e devem voltar para casa com vidros no autocarro.

      É fácil começar estas coisas – qualquer um pode – mas é preciso ser grande – e isso é o Benfica, se quiser – para as parar.

      Para o ano não entram tarjas no Dragão, depois na Luz, novamente no Dragão, a moda pega e passa para o Sporting ou o Braga e por aí fora até (exagero, é claro) dar o jogo só na televisão, sem adeptos nos estádios.

      O Benfica deve querer é bons jogos, estádio cheio e vitórias, muitas vitórias. O resto são tretas.

  4. Óscar says:

    Geografia nunca foi o meu forte.

    O único objectivo é dar-lhes a provar do próprio veneno, pode ser que assim reconsiderem. E há uma grande diferença entre apoiar a restrição de entrada de tarjas e outros objectos e arremessar pedras a automóveis. A primeira apenas retira amplitude ao apoio dos seus adeptos e não coloca em perigo a vida de ninguém.

    A moda só pega se os outros clubes seguirem a mesma política do FCP e não permitirem aos adeptos do SLB a entrada desses objectos de apoio. Chama-se a isso vassalagem.
    O SLB apenas retribui as condições que lhe são oferecidas.

    Para que fique claro: eu sou adepto do futebol como uma competição, mas também como um espectáculo onde as pessoas são livres de apoiar a sua equipa sem serem aterrorizadas.
    Neste caso concreto, não vejo que a atitude do SLB promova qualquer tipo de clima de terror.
    Pelo menos quando os adeptos benfiquistas foram sujeitos àquelas mesmas condições não causaram qualquer ambiente de terror.
    Veremos amanhã. A diferença ver-se-á aí.

Trackbacks

  1. […] Todos os dias assistimos a estes comportamentos bestiais, ou seja, animalescos, e tribais. Há milhares de anos, os émulos de Sócrates e Passos Coelho estariam a bater com paus no chão, acompanhados dos respectivos membros da mesma tribo (e não deixa de ser um exercício curioso imaginar Francisco Assis e Miguel Macedo a urrar atrás dos respectivos chefes). Amanhã, será a mesma preocupação tribal com os símbolos do inimigo que poderá levar a que o ambiente do Estádio da Luz seja digno das cavernas mais primitivas em dia de confronto entre clã…. […]

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