Ainda bem que a notícia é de ontem, senão pensava ser coisa do 1º de abril porque, quando a li, não quis acreditar. Nunca escondi aqui que sou adepto do SLB, por isso mesmo estou à vontade para qualificar: é inqualificável.
O Benfica não precisa disto e cheira-me a tentativa de menorizar os eventuais festejos na Luz se o FCP, lá, se sagrar campeão. Não sei porquê, mas acho que não passou por aquelas cabecinhas que isso dá, ainda, mais força aos festejos, por exemplo no Marquês. Além disso, campeão é campeão, é justo que celebre. Se não querem que o FCP celebre na luz, ganhem o jogo e celebrem a vitória sobre o campeão anunciado, ponto final.
Mas há dois argumentos que vêm apensos, tipo desculpa de mau pagador. O primeiro é o da segurança e visa proibir “armas de arremesso”. Certo, é um ponto de vista, mas proíbam-se então todas as tarjas e todas as bandeiras, de visitantes e visitados. O outro roça o ridículo: parece que o FCP já fez o mesmo no Dragão, impedindo a entrada do mesmo material por parte do Benfica. Talvez, não me custa imaginar. Mas o pior dos nossos adversários não nos serve de exemplo, digo eu aos meus filhos, e eles, que são crianças, percebem, porque é simples, porque é decente e porque somos melhores. Mas só quando somos.
Acho é que andam com falta de óculos…
http://claquesbenfica.blogspot.com/2011/02/tripeiros-0-2-benfica.html
Cristalino, Pedro. Ia escrever sobre o mesmo assunto, mas não é preciso. Disseste tudo.
Estou certo que o autor do post é de Lisboa.
Parece que uns míseros 300km de distância vos tolda a vista para toda uma estratégia do FCP que tem como objectivo menorizar e menosprezar o SLB. Com muita pena minha têm-no conseguido.
Não me considero um seguidor da lei de Talião. Ainda assim, e relativamente a minudências, como o são o futebol e relação entre dois clubes rivais, também não posso admitir que seja seguida a velha máxima cristã de “dar a outra face”.
Estou totalmente de acordo com a posição assumida pela Direcção do SLB.
Não obstante, estou de acordo consigo quando diz que a melhor maneira de impedir os festejos é ganhar o jogo.
Óscar,
O autor do post não é de Lisboa e até vive a 300km de distância.
Isto não tem nada a ver com dar a outra face. A grandeza do Benfica obriga-o a que não se rebaixe e trate o FCP como trata o Olhanense. Na Luz são todos iguais e devem voltar para casa com vidros no autocarro.
É fácil começar estas coisas – qualquer um pode – mas é preciso ser grande – e isso é o Benfica, se quiser – para as parar.
Para o ano não entram tarjas no Dragão, depois na Luz, novamente no Dragão, a moda pega e passa para o Sporting ou o Braga e por aí fora até (exagero, é claro) dar o jogo só na televisão, sem adeptos nos estádios.
O Benfica deve querer é bons jogos, estádio cheio e vitórias, muitas vitórias. O resto são tretas.
Geografia nunca foi o meu forte.
O único objectivo é dar-lhes a provar do próprio veneno, pode ser que assim reconsiderem. E há uma grande diferença entre apoiar a restrição de entrada de tarjas e outros objectos e arremessar pedras a automóveis. A primeira apenas retira amplitude ao apoio dos seus adeptos e não coloca em perigo a vida de ninguém.
A moda só pega se os outros clubes seguirem a mesma política do FCP e não permitirem aos adeptos do SLB a entrada desses objectos de apoio. Chama-se a isso vassalagem.
O SLB apenas retribui as condições que lhe são oferecidas.
Para que fique claro: eu sou adepto do futebol como uma competição, mas também como um espectáculo onde as pessoas são livres de apoiar a sua equipa sem serem aterrorizadas.
Neste caso concreto, não vejo que a atitude do SLB promova qualquer tipo de clima de terror.
Pelo menos quando os adeptos benfiquistas foram sujeitos àquelas mesmas condições não causaram qualquer ambiente de terror.
Veremos amanhã. A diferença ver-se-á aí.