25 Poemas de Abril (XXIII)


Esta é a madrugada que eu esperava
0 dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo

Revolução

Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta

como puro inícío
Como tempo novo
Sem mancha nem vício

Como a voz do mar
Interior de um povo

Como página em branco
Onde o poema emerge

Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação

Sophia de Mello Breyner

Comments

  1. alexandra says:

    Um formoso agasalho para o espírito, ainda que não passe de sonho que ultrapassa o desandar da Revolução.

  2. Marcelo says:

    eh!! gosto muito da poesia “25 de abril” de Sofia de Melo…, mas sei que as coisas não estão tão bem em Portugal…

  3. patricia says:

    eu gostei muito deste poema.

  4. dfghj says:

    nao presta

Trackbacks

  1. […] sempre Sophia. Sempre. Há um ano, aqui no Aventar, também o Ricardo Santos Pinto nos trouxe este Poema. Como já tive a […]

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