Depois da agitação Cratiana inicial, o ambiente Educativo começa a adquirir tons e cores diferentes dos que foram usados para pintar o arranque do ano.
Não quero com isto significar que ficou tudo cor-de-rosa, ou antes, laranja. Nada disso.
O que talvez tenha acontecido é uma maior separação entre uns e outros – entre os que estão na escola, os que têm emprego. E os que estão em casa, os que estão desempregados.
Não há cores garridas no ar, anda tudo um na área dos cinzentos nas salas de professores e tudo muito mais negro nos ecrãs de computadores que juntam os desesperados à procura de uma vaga.
Não se entende muito bem o que aí vem – será que a mobilidade chega? Será que terei horário para o ano? Será que ainda me vão meter mais alunos dentro da sala? E o programa, vai mudar ou será sempre este?
Para quem está em casa, o olhar triste confunde-se com a luz do ecrã: a vontade de aproveitar o sol é zero e a capacidade de pensar no futuro está limitada pela frustração da existência. Falta um pilar fundamental – ter emprego. Trabalhar.
Os que estão por casa desejam, com mais ou menos palavras, que muitos metam a reforma. Nas escolas, os mais velhos, perguntam a toda a hora – quando é que me posso ir embora?
Haverá futuro para uma Escola assim? E que futuro tem este país que trata a escola assim?
As respostas têm que ser suportadas no optimismo do 15 de setembro: claro que Há OUTRO CAMINHO!
E Vincent Peillon sabe qual é!
[…] esteve no MEC 22/09/2012 Por João Paulo Deixe um Comentário Vivem-se tempos agitados na […]