Passos Coelho e Paulo Portas, como Sócrates antes deles e outros ainda antes, têm usado a Democracia e o Estado para favorecer parentes e amigos, esbanjando o dinheiro que muitos cidadãos têm depositado nas mãos de políticos que, segundo a aparentemente cândida Almeida, não são corruptos, como se a corrupção não fosse, antes de mais, uma questão ética, que a legalidade perde valor quando os vários poderes são dominados pelos artistas do circo montado sob o arco governativo.
Parece que hoje António José Seguro engrossou a voz. Não o ouvi, mas aposto que proferiu tiradas épico-ridículas como “romper consensos” ou “é tempo de dizer basta” e pressinto que representou o dramalhão da responsabilidade e do sentido de estado, com texto retirado da peça “Se eu estivesse no governo, a música seria outra”. O problema é que, atrás de Seguro, estão zorrinhos, lellos, silvas pereiras, galambas, santos silvas e outras excrescências socráticas, gente que não conhece o arrependimento, que ignora a vergonha, que finge ser solução quando sempre foi problema e que entregou o país a uma outra alcateia que apenas difere na cor, mas cuja fúria predatória é igual.
Numa sondagem recente, o PSD terá sido ultrapassado pelo PS. Este país não tem emenda.
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