Quantos portugueses custa Catarina Furtado?

A RTP é mal gerida por ser pública ou por ser mal gerida?

Postcards from Romania (36)

Elisabete Figueiredo 

We love Bucharest, why don’t you?

O meu bairro preferido de Bucareste fica entre a rua Lipscani e a rua Smârdan. Como hoje é o último dia, e amanhã (daqui a umas horas) regresso a Lisboa, resolvo passá-lo aqui. Podia descrever-vos tudo, com detalhe, mas falo apenas da luz nas fachadas dos edifícios. Das lojinhas de antiguidades, dos teatros, dos bancos em todas as ruas, que são para peões. É uma ilha, bem sei, entre a Calea Victoriei e o Bulevardul Nicolae Balcescu. Uma ilha de bom gosto, bons cafés e sossego numa cidade que não poderei dizer nunca que fiquei a amar. [Read more…]

Tiro ao lado

Ouvi na Antena 1 a Quercus defender que a culpa destes últimos grandes incêndios é da monocultura do eucalipto. Que esta espécie é muito inflamável e que as suas folhas facilitam a propagação do fogo.

O que é que a Quercus terá a dizer da monocultura do pinheiro, em Portugal desde D. Dinis, e da contribuição das carumas e das resinas para a propagação dos incêndios?

Descapitalização das escolas: professores mal desempregados

Ontem, foi mais um dia negro para a Educação em Portugal. Graças a Passos Coelho e a Nuno Crato, milhares de professores absolutamente necessários vão para o desemprego. Num país que morre de sede, o governo é o responsável pelo desperdício de água.

Do ponto de vista daquilo que é fundamental para que o sistema educativo funcione, Nuno Crato é incompetente. Na realidade, e de acordo com os seus objectivos, é competentíssimo, como o foram, antes dele, Maria de Lurdes Rodrigues e Isabel Alçada.

Para esta gente, a educação dos portugueses é uma parcela a abater, numa visão que nada vê para além do défice e que não percebe que há mais défices. O capital de um país, sobretudo se subdesenvolvido, corresponde àquilo a que alguns chamam pessoas ou, como lhes chamaria o governo, “seres cuja vida é muito menos importante do que as finanças dos nossos militantes e/ou amigos”.

É tarde para combater tudo isto, mas mais vale tarde que nunca.

As aftas de Ronaldo

Afectado [ɐfɛˈtadu]. Adj. (Do part. pas. do v. afectar). Perturbado por qualquer coisa que lhe aconteceu; assaltado por um sentimento. «Ronaldo não chega afectado à selecção» (Danny, jogador de football, em declarações à TSF).
Afetado [ɐfɨˈtadu]. Adj. (Do part. pas. do v. aftar, de origem obscura, com um ‘e’ epentético, de origem também ela obscura: pace, D. Carolina Michaëlis de Vasconcellos). Indivíduo que sofre de úlcera superficial, dolorosa, em geral, na mucosa da boca ou da faringe. «Ronaldo não chega afetado à [ilegível]» (Danny, jogador de football, em declarações à TSF, segundo a transcrição que chegou à nossa mesa de trabalho).

Juntando dois mais dois…

Média dos salários dos políticos aumentou 1,5%

“Mais austeridade só eventualmente para quem não sofreu sacrifícios”

Vai Para Além da Ideia! Transforma-a em Acção!

É o nome do concurso promovido pelo Laboratório de Empreendedorismo Social, incluído no programa Direitos & Desafios e que envolve a câmara de Santa Maria da Feira.

Pretende-se com este iniciativa debelar ou minorar problemas sociais daquele concelho. Serão seleccionadas ideias (8 projectos) que contribuam para o progresso social em áreas tão distintas como o ambiente, a educação, a saúde, a infância, a terceira idade, a deficiência e os direitos humanos.

As candidaturas podem ser apresentadas por equipas até 28 de Setembro. Regulamento aqui.

Hoje há bandarilhas – Canadá

Em nome do governo, que de resto ficou mudo como um penedo, Passos Coelho prometeu empobrecer Portugal, cortar a eito entre os mais modestos custasse o que custasse. Cumpriu a promessa e disse, orgulhoso, que ia “além da troika”.

Temos mais de um milhão de desempregados, um número impressionante de falências e de empresas fechadas, há largas bolsas de fome no país, as instituições de beneficência estão a ter a maior dificuldade em acudir a todos os necessitados, muitos estudantes tiveram de renunciar aos seus estudos por falta de meios, é escandaloso o número de professores atirados ao desemprego, é lancinante o número de pessoas que perderam a casa, o rio para e emigração vai caudaloso,etc.etc. etc. Tudo isto foi feito por um governo que se diz português contra Portugal.

E vai agora, a troika faz saber aos parceiros sociais que o memorando não é responsabilidade dela, mas sim do governo, que o mesmo é dizer que não se sente culpada pelo total fracasso deste pouco mais de um ano de governação neoliberal e ignorante.

Das duas uma: ou Passos mentiu (o que não aconteceria pela primeira vez) ou a troika (esperta, batida) adopta teatralmente aquela tirada romana que nos diz respeito por via do Viriato: “Roma não paga a traidores”.

Interlúdio musical

da página facebook Este Senhor

Postcards from Romania (35)

Elisabete Figueiredo

 

La revedere, Lenin!

(que é como quem diz, Adeus Lenine!*)

Vou de Bucareste uns 20 km para norte, para Mogosoaia. Há um palácio do início do século XVIII e um parque, em Mogosoaia. Não me converti em turista de palácios, ainda não. Não é isso. O meu guia de 1998, o mesmo que dizia que, na Roménia, ‘the cleanest toilet is behind a bush’, informava que em Mogosoaia, nuns terrenos a norte do palácio, jaziam duas estátuas depostas em dezembro de 1989: uma de Petru Groza (primeiro ministro do primeiro governo comunista romeno) e outra de Lenine. Devia ser verdade porque o guia tinha uma fotografia e lá estava a estátua gigantesca de Lenine caída no chão, entre as ervas, qual erva daninha ela mesma, nuns quintais atrás do palácio. O guia de 2011 diz-me o mesmo, embora sem fotografia.

Em busca da estátua de Lenine, entre as ervas, apanho um táxi (nunca falei do custo de vida na Roménia, mas para terem uma ideia, faço 20 km, atravessando meia cidade e avançando uns 14 km para fora dela, por menos de 30 lei, isto é, mais ou menos 6 euros**) e rumo ao parque de Mogosoaia. O táxi deposita-me na entrada e eu avanço pelo caminho ajardinado, cheio de árvores frondosas, igrejinhas, torres, um lugar idílico, para quem gosta do género. Avanço e decidida, devo dizer. Entro na porta principal dos jardins. Entro no palácio. Já que ali estou vou visitá-lo. Acho que vou conseguir, depois, encontrar a estátua do Lenine, no tal quintal vizinho ao palácio. O palácio é aborrecido. Como a generalidade dos palácios. Muitos tapetes, muita mobília cheia de rococós, muita louça, muito rei, muita princesa, muito nobre. Depois vejo os mapas da europa, de várias partes da europa, do século XVIII e lá me vou reconciliando com aquilo. Os mapas são bonitos. Mas eu sou suspeita, dado que gosto de mapas. [Read more…]

Reis de Portugal – D. João III

Episódio sobre mais um rei do período expansionista, D. João III.

Tema 5 – Expansão e Mudança nos secs. XV a XVI.

Unidade 5.1. – A Abertura ao Mundo

Cavaleiro Marcelo Mendes vai avançar novamente contra manifestantes

Depois de ter avançado com o cavalo contra manifestantes, o cavaleiro Marcelo Mendes vai avançar também com uma queixa.