Afinal, há povo!

Capa do Dia“As manifestações expõem o divórcio entre os representantes políticos e a população portuguesa”.

Tal como escreve hoje a jornalista São José Almeida (Público) esta manifestação foi espontânea e não teve por trás nem partidos nem sindicatos!

É uma manifestação do povo genuíno, cansado e que sente “repulsa pelos representantes políticos” que consideramos gente corrupta.

Sim, há povo e povo do bom e do melhor!

E mais uma coisa, srs. políticos: ” o soberano em democracia é o povo e os governantes são representantes deste”.

Não brinquem connosco!

P.S. – reparo agora na palavra que S.J.A. escolhe para definir a divisão, a separação, o corte, a ruptura que se estabeleceu entre povo e governantes: «divórcio». Ora divórcio remete-nos para a destruição de um casamento que se quis feliz. Este não foi feliz: cada um foi para seu lado… O que fazer agora? Pode um país sobreviver a um divórcio entre as partes em questão? É necessário recorrer ao aconselhamento matrimonial? Faça-se alguma coisa e já, a bem da nação e de seus filhos!

Comments

  1. João says:

    Note-se também que as críticas são também, senão sobretudo, dirigidas à oposição, especificamente à chamada extrema esquerda incorporadas pelo Bloco de Esquerda e o PCP. Foi amplamente registado no video da entrevista a Catarina Martins do Bloco de Esquerda, quando ela se ocupada de manipular e tentar distorcer o sentido da manifestação que infiltrou.

    • Maquiavel says:

      Está a falar do casal de fascistas que a interrompeu aos berros histéricos? Fascistas, sim, porque era assim que actuavam os fascistas de Mussolini.

      O tempo que estiveram ali a berrar aos ouvidos de uma outra pessoa, a provocar, podiam era ter ido votar em melhor candidato (se é que mexeram sequer a peida no dia das eleiçöes).

      Quem tentou manipular e distorcer o sentido da manifestação que infiltrou foi esse casal de fachos ressabiados!

      • Hugo says:

        Se um cidadão grita uma mensagem conveniente para o BE e PCP então são cidadãos a expressar a vontade popular, mas se um cidadão grita uma mensagem inconveniente para o BE e o PCP então são fascistas, porque é assim que actuavam os fascistas de Mussolini. A expressar a sua opinião e tal.

        Já dá para ver o grande respeito pela democracia que vem do Maquiavel.

  2. 1986 foi a inscrição na escola primária e o início da anestesia dos homens bons – que ainda ficaram mas são anónimos

  3. MAGRIÇO says:

    Quando um dos cônjuges é reiteradamente infiel, o divórcio é inevitável e as possibilidades de reconciliação muito reduzidas. Ou os políticos pedem auxílio profissional para ultrapassar essa tendência mórbida para a corrupção e subserviência aos interesses do capital internacional, ou não haverá mais casamentos.

    • É isso, MAGRIÇO, a fidelidade…A reconcilição depende mais deles que de nós. Faltam as acções! Dizem-nos que «amam o povo», mas o que se vê é falta de compromisso.

      • MAGRIÇO says:

        É pior, Maria do Céu! Foram eleitos para defender os interesses da Nação, mas os compromissos deles vão todos para a Merkel e para a troika. Não foi por acaso que o ministro alemão da economia teceu tão rasgados elogios ao Gaspar.

  4. JotaB says:

    RECEBIDO POR MAIL:

    Qualquer semelhança com este Caixote do Lixo à beira-mar plantado…

    Resumo do que fez François Hollande (não palavras, mas actos) em 56 dias de governo e no cargo de Presidente. Tais factos têm sido escondidos pela imprensa portuguesa, por orientação do ministro da propaganda, J. Relvas, e com a cumplicidade do próprio P. Passos, que a tudo isto, não faz qualquer referência.
    Assim, evita que os portugueses façam comparações entre o que foi prometido pelos socialistas franceses, e aquilo que efectivamente estão a fazer.
    Nada, absolutamente nada parecido com o que este regime passista não faz, apesar da exaustiva promessa eleitoral em que iria abater as “gorduras”, entre outras mentiras.

    Os dados que aqui constam são oficiais, e foram traduzidos do Le Monde :
    1 – Suprimiu 100% dos carros oficiais e mandou que fossem leiloados; os rendimentos destinam-se ao Fundo da Previdência e a ser distribuídos pelas regiões com maior número de centros urbanos, e com os subúrbios mais ruinosos.
    2 – Enviou um documento (apenas doze linhas) para todos os órgãos estatais que dependem do governo central, comunicando a abolição do “carro da empresa” provocativa e desafiadora, quase insultando os altos funcionários, com frases como “se um executivo que ganha 650.000€/ano, não se pode dar ao luxo de comprar um bom carro com o seu rendimento do trabalho, significa que é muito ambicioso, é estúpido, ou desonesto. A nação não precisa de nenhuma dessas três figuras “. Fora os Peugeot e os Citröen, 345 milhões de euros foram salvos imediatamente, e transferidos para criar em 15 ago 2012, 175 institutos de pesquisa científica avançada de alta tecnologia, tirando do desemprego, 2560 desempregados jovens cientistas “para aumentar a competitividade e produtividade da nação.”
    3 – Aboliu o conceito de paraíso fiscal (definido “socialmente imoral”) e emitiu um decreto presidencial que cria uma taxa de emergência de aumento de 75% em impostos para todas as famílias que ganhem mais de 5 milhões de euros/ano líquidos. Com esse dinheiro, e mantendo assim o pacto fiscal, sem afetar um euro do orçamento, contratou 59.870 diplomados desempregados, dos quais 6.900 a partir de 1 de julho de 2012, e depois outros 12.500 em 01 de setembro, como professores na educação pública.
    4 – Privou a Igreja de subsídios estatais no valor de 2,3 milhões de euros que financiavam escolas privadas exclusivas e com esse dinheiro, pôs em marcha um plano para a construção de 4.500 creches e 3.700 escolas primárias, a partir dum plano de recuperação para o investimento em infra-estruturas nacional.

    continua…

  5. JotaB says:

    continuação…

    5 – Estabeleceu um “bónus-cultura” presidencial, mecanismo que permite a qualquer pessoa, pagar zero impostos se se estabelecer como uma cooperativa e abrir uma livraria independente, contratando pelo menos, dois licenciados desempregados a partir da lista de desempregados, a fim de economizar dinheiro dos gastos públicos e contribuir para uma contribuição mínima para o emprego e o relançamento de novas posições sociais.
    6 – Aboliu todo e qualquer subsídio do governo para revistas, fundações e editoras, substituindo-os por comissões de “empreendedores estatais” que financiam acções de actividades culturais com base na apresentação de planos de negócios relativos a estratégias de marketing avançados.
    7 – Lançou um processo muito complexo que dá aos bancos uma escolha (sem impostos): Quem proporcione empréstimos bonificados às empresas francesas que produzem bens, recebe benefícios fiscais, e quem oferece instrumentos financeiros, paga uma taxa adicional: é pegar ou largar.
    8 – Reduziu em 25%, o salário de todos os funcionários do governo, 32% de todos os deputados e 40% de todos os altos funcionários públicos que ganham mais de 800.000€ por ano. Com esse montante (cerca de 4 mil milhões) criou um fundo que dá garantias de bem-estar para “mães solteiras” em difíceis condições financeiras, e que garantam um salário mensal por um período de cinco anos, até que a criança vá à escola primária, e três anos se a criança é mais velha. Tudo isso sem alterar o equilíbrio do orçamento.

    Resultado: SURPRESA… !!!
    1 – O spread com títulos alemães caiu, por magia.
    2 – A inflação não aumentou.
    3 – A competitividade da produtividade nacional aumentou no mês de junho, pela primeira vez nos últimos três anos.

    Em síntese:
    – As promessas eleitorais estão a ser cumpridas na íntegra, passo a passo. E é assim que tem de ser, mas só possível com gente de carácter e que honra a sua palavra dada aos eleitores (o povo), antes do dia das eleições.
    Nem vou dar-me ao trabalho de comparar os 56 DIAS de François Hollande, com o que têm feito em UM ANO os escroques da coligação, P. Coelho e P. Portas, com a colaboração do A. C. Silva.

    • Amadeu says:

      Sem querer ser desmancha prazeres, os últimos dados da economia francesa mostram que não há poções mágicas:

      Em Setembro, a economia francesa encolheu ao ritmo mais rápido desde Abril de 2009 e deverá ter registado uma contracção do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,1% no terceiro trimestre.
      Desemprego atinge o máximos dos últimos 13 anos.

      • Maquiavel says:

        E qual é a contraçäo média da Zona Euro no mesmo período?
        Ou a contraçäo da Alemanha ou Reino Unido?

        É que só comparando é que se consegue ver se é endógeno ou exógeno.

  6. E mais uma coisa, srs. políticos: ” o soberano em democracia é o povo e os governantes são representantes deste”.

    Utopia.

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