Ser natural ou habitante de uma terra não constitui condição suficiente para ser um bom autarca. Mas, conhecer o local a que se candidata, nas suas diferentes dimensões, é uma condição sine qua non para poder ser uma opção válida para os eleitores. E, sou dos que pensa que ver Gaia pelo Google Earth ou estar cá e sentir o pulsar da terra não são bem a mesma coisa.
E, hoje, com o recurso às redes sociais podemos perceber muitas coisas e à distância de um ou dois cliques conseguimos revelar aos nossos 100, 500 ou 5000 amigos o humor com que acordamos, a alegria pela vitória do nosso clube, a opinião relativamente a um assunto, o gosto por determinado relógio ou restaurante e podemos até, através de uma aplicação instalada no telemóvel, revelar o local que acabamos de visitar. Aliás, as pessoas gostam de mostrar quando estão num lugar único ou agradável, num local que lhes é querido, que tem uma importância especial ou que tem um determinado significado. Pode dizer-se que há inclusivamente uma certa sensação de realização quando fazemos o check-in em determinados locais.
Por isso, podemos com relativa facilidade perceber por onde andaram, por exemplo, os candidatos a uma autarquia – claro que podemos ver isto como uma espécie de big brother, mas a exposição pública tem destas coisas, que é como quem diz, quem anda à chuva molha-se. E, sabemos também, que isto está longe de ser uma ferramenta exaustiva – digamos que é uma amostra de mercado…
Mas, chuva em Gaia é coisa que um dos candidatos do PSD não deve ter apanhado – se não tiver havido alterações significativas na última meia hora, o perfil de um dos candidatos do PSD a Gaia, mostra de forma inequívoca o que tem sido a passagem dele pelo concelho.
Dirão que ser de cá não é condição. Se calhar não colocar cá os pés também não é condição porque, como Relvas dá para pedir as equivalências. E tudo é muito relativo – só uma coisa é certa: o Primeiro-Ministro tem sempre razão.
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