Nomeações destas é merda de garotada. Certa múmia dissertou uma vez sobre a boa e a má moeda. Devia ser disto que falava. Ver também este post.
Estratégias Editoriais
Eu abro uma casa de chá cor-de-rosa num aglomerado residencial com 10 mil habitantes. Conquisto a simpatia e a visita de, digamos, 10% do Bairro, que passa a frequentar o meu estabelecimento.
Um investidor olha para o meu negócio e para os meus clientes e acha que o que dá para um dá para dois. E vai daí abre uma casa de chá cor-de-rosa e assim consegue dividir os meus 10% ao meio, ficando cada um de nós com 5% dos moradores do bairro.
Se tivesse aberto um café azul iria conquistar o seu próprio público, constituído por aqueles que não gostando de casas de chá cor-de-rosa todavia apreciam cafés azuis.
Eu manteria os meus 10% e ele “criaria” um mercado novo de outros 10%. Entre ambos passaríamos a ter 4 mil clientes em vez dos 2 mil da primeira hipótese.
Assim estão as televisões e os OCS nacionais. Copiar o do lado e partilhar públicos é que é. Criar novos é muito arriscado!
Empreendedorismo no seu melhor.
Quem tem Joana Vasconcelos não precisa de photoshop
Inauguração da exposição de Joana Vasconcelos, no Palácio da Ajuda, ontem.
(Fonte: Presidência da República)
Falem mal de mim, mas falem…
A receita é antiga. Nada como uma boa polémica para vender, principalmente em tempos de crise. Aparece sempre alguém disposto a desempenhar o papel de idiota útil. As feministas moderam o isco…
Azar Nacional. Olho Velhaco. Beiço Belfo
Há tesão no ar. A tribo de conas que um dia viu a aparição Sócrates e se prostrou para sempre perante tamanho dinamismo de assaltante de Bancos já não contém os esfíncteres: ele voltou! O meu problema é como me defender da lei gravítica de postar a esse respeito. Temos excesso de comentário político nas TV, a disputa de share é renhida. Organizar a minha agenda de paciente espectador torna-se-me um desafio cruel. Entre o olho velhaco de Sócrates e o beiço belfo de Marcelo, andarei numa fona para comentar o comentador do comentador, pelos oito dias da fugaz semana.
Nunca desejei a morte de ninguém e menos ainda a de Sócrates. Juro. De resto, em casos como o dele, seria necessário morrer mil vezes por minuto para compensar imperfeitamente o impacto brutal de semelhante criatura na vida de milhões de portugueses. Sócrates foi a verdadeira praga de gafanhotos sobre a colheita verde e fresca de uma Nação tosca. Somente um pulha e miserável para não reconhecer o grau de sofrimento e devastação deixado para atrás. Também, repito, não estou, nunca estive, apostado em que deixasse de falar com os amigos, de consultar a internet, ler jornais, ver televisão, enfim, ver a merda que fez, actos e efeitos pelo quais todos os dias é justissimamente atacado, caluniado com a verdade, responsabilizado a doer e no entanto em vão por muitas das desgraças e petas perpetradas ao País a sangue frio em conluio com parte da Banca nacional sem escrúpulos. [Read more…]
Perseguição
António Borges, o economista de puro sangue lusitano
António Borges, economista de puro sangue lusitano, portuense com raízes em Alter do Chão, é figura de que os jornais se servem, ao mesmo ritmo, que a capa da ‘Playboy’ nos lança as provocações corporais das Irinas, Alines, Vanessas, Tamaras, e de outras frutas, oriundas dos quatro cantos do mundo. Há, todavia, uma diferença de tratamento . Elas variam, ao passo que o Borges é único e insubstituível.
A ideia com que fico é de, à míngua de acontecimentos para noticiar e ao excesso de espaço disponível, Borges é um daqueles que está sempre à mão e dá jeito usar a qualquer redacção e editor. Hoje, foi a vez do ‘Público’ que, entre outras qualificações, lhe chama ‘economista controverso’. Ignoro se se trata de linguagem codificada e controverso, neste caso, significa ‘cretino, descarado e bem na vida’.
Traga-se à memória este artigo, na coluna ‘É preciso topete’, de Paulo Gaião, no ‘Expresso’, criticando declarações controversas (ou cretinas), das quais damos os seguintes exemplos:
Há que estender a passadeira vermelha aos dislates do Borges, conselheiro do governo de Passos Coelho, em acumulação com a função de vendedor das jóias da coroa (TAP, Correios e Águas de Portugal). Quando tudo estiver vendido, entraremos no paraíso montados num puro sangue lusitano. Cretinos mesmo!
I’ll be back
A guerra começa na quarta com uma entrevista. Servirá para quê? Para dizer o que ele faria no lugar de Seguro ou para assegurar que os sucessivos PEC que estava a implementar trariam um caminho diferente do de Passos Coelho? É irrelevante. Em 2008 ele podia não ter nacionalizado o BPN nem ter estoirado o dinheiro que estoirou na Parque Escolar e nas autoestradas. Fê-lo e agora tudo o que disser será mera propaganda pechisbeque.
Resta saber que PS está por trás destas manobras de preparação das eleições para Parlamento Europeu, se o Partido de Seguro, se o Partido de Sócrates. Independentemente dos jogos palacianos, os socialistas respiram de alívio: desviando a atenção do governo, o risco de irem já para o governo baixa.
Is it *hironic? Isn’t it ironic?
Em meados dos anos 90 do século passado, era frequente ouvir-se uma pergunta muito concreta de Alanis Morissette: “Isn’t it ironic?”. Apetece responder: “Sim, Alanis, é ironic, mas há quem discorde”.
Àquele que partiu
Antes do luto, saboreie-se a inteligência do homem que partiu.
Foram 95 anos doados à causa pública, como cidadão exemplar, como linguista, crítico e literato. Até como académico, que sempre se recusou a ser.
Diziam que era um homem bom, eu reconheço que foi um padrão seguro para tantos que, como eu, ainda conservam nas suas estantes a inultrapassável História da Literatura Portuguesa, de que foi coautor. Para todos aqueles que se reveem na literatura como alfobre dos saberes e da identidade de um povo.
E saúdo o idealista que nunca fez das perseguições de que foi alvo, por ter uma alma livre, um muro de lamentações.
Boa viagem, Óscar Lopes.
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