Jornalismo neurótico

Não vou comentar o desempenho de Sócrates. Haverá muito quem o faça e a minha opinião negativa sobre a personagem não deixa dúvidas. Mas dispus-me a ouvir. Não há possibilidade. O revoltante jornalismo por encomenda de entrevistadores que se portam como aqueles cães pequenitos que ladram constantemente por tudo e por nada, que nos dão umas ferraditas nas calças em regime de toca e foge, na ânsia de agradar ao dono, não o permite.

São jornalistas fala-barato, que adoram ouvir-se e não suportam a fala do interlocutor, não lhe permitem um minuto seguido de argumentação. Pensam eles que estão a ser duros. Estou a vê-los no bar lá do sítio, gabando-se aos seus comparsas de que “torceram” o inimigo. Mas, no fundo, estão só a ser incompetentes e grosseiros para com o entrevistado e, sobretudo, para connosco, o público.

Uma entrevista dura e exigente não é nada disto. Exige gente preparada a sério, que saiba pôr questões pertinentes e implacáveis, mas que saiba, também, ouvir o entrevistado no sentido de, a partir das suas respostas, o interpelar sem concessões mas, também, sem provocações infantis. A entrevista de Sócrates foi insuportável. Mas, sejamos honestos, desta vez a culpa não foi do ex-primeiro ministro mas dos jornalistas que nem sequer perceberam a encomenda que, mais que provavelmente, os seus mandantes lhes fizeram. No fim de tudo isto quem me lê deve estar a pensar que estou solidário com Sócrates. Não se trata disso. É que este tipo de jornalismo não o atinge só a ele, nem principalmente a ele. Por isso, protesto. Como cidadão que quer os direitos respeitados.

Avariou…

tv avariada

… a ver vamos se ainda está na garantia. Terão já passado os dois anos?

#socratesrtp E o BPN, pá?

Digam-me o que eles não perguntam e responderei quem são.

#socratesrtp

PEC 4: a troika sem troika é que era porreira, pá.

Os professores explicados aos não professores

Ser Professor é um problema, principalmente, quando queremos explicar o que se passa com os professores aos que não são professores.

Prometo que não vou contribuir para a retórica da classe de que se trabalha muito, de que se leva trabalho para casa, que…  Vamos esquecer isso tudo e olhar para o momento com um outro olhar – o olhar de pai.

Vejamos:

– de acordo com o Sr. Ministro Nuno Crato teremos em Portugal cerca de 105 mil docentes nos quadros e, um pouco mais de 10 mil contratados. Ou seja, em menos de 600 mil funcionários públicos, temos cerca de 115 mil professores. Logo, quando o Governo tem como prioridade despedir pessoas (há quem lhe chame poupança) diria que, 1 em cada 6 terá que ser professor.

– nos dois últimos anos o MEC recorreu a duas armas: despediu docentes a contrato e empurrou mais uns milhares (20 mil) para a aposentação.

Aparentemente, nas Escolas, do ponto de vista dos pais, continua tudo a correr com relativa normalidade. Mas, então, isso significa que Nuno Crato tinha (tem!) razão quando dispensou tantos Professores? [Read more…]

É a narrativa pá!

Narrativa, narrativa, narrativa, narrativa, narrativa, narrativa…

Ligar

entrevista-socrates-rtpAo contrário do que pressagia o João Paulo, é tempo de ligar.
@ Campanhã.

Desligar

Acho que está na hora!

desligartv

As incoerências de Cavaco Silva

O Presidente da República, o Mais Alto Magistrado da Nação, tem estado a exercer uma função marcada por níveis qualitativos de desempenho e imagem dos mais baixos, no conjunto das ‘performances’ de todos os Chefes de Estado pós-estabilização da democracia – bem sei que sondagens são meras sondagens, como argumentam políticos e comentadores; porém, se este conceito é verdadeiro para o actual presidente, também o deveria ter sido para os antecessores no cargo.

Na visita a uma empresa de peixe congelado, criticou:

jogadas político-partidárias que não acrescentam um cêntimo [à economia] [Read more…]

Globalização das lojas vazias no País dos pobrezinhos

Goran-Divac_Cavalo-de-troia

Embora os governantes estejam constantemente a apregoar as políticas de apoio ao desenvolvimento económico do País (as que ainda hão-de vir, dizem), a verdade, clara como água límpida, é que a economia portuguesa está de rastos. Sabêmo-lo todos, nós os seus moribundos e ex-consumidores frenéticos – nós os aburguesados dessa opulência doce e gorda que sucedeu sem transição à miséria endémica que vemos agora a espreitar no horizonte miserável e familiar daquilo a que chamamos destino. No entanto, acabo de descobrir a que ponto isso é verdade e grave. Se já me tinha apercebido do estranho fenómeno que transformou, desde o passado dia 1 de Janeiro, a facturação com ligação directa ao Ministério das Finanças numa ida aos infernos para a generalidade dos comerciantes, [Read more…]

Passos Deve Demitir-se. E já!

nada mudarOs resultados da política deste Governo são para esquecer no estrito âmbito da economia. Talvez nenhum outro fizesse melhor no plano financeiro, mas isso só sublinha a completa e execrável actuação no plano mais importante de todos numa governação vinculada a um Povo e honesta para com ele, que a possibilitou: proteger e salvaguardar as pessoas, evitar, com o máximo de empenho possível, um empobrecimento aviltador e indigno dos mais vulneráveis. Creio que Passos foi dando mostras de um vazio e uma insensibilidade que, no fundo, repetem tudo quanto passámos e suportámos com José Sócrates. Num, a corrupção de Estado, intrincada, enraizada, tentacular, sufocante, ambiciosa, insaciável, grotesca. Noutro, a frieza, a traição à palavra dada, a mentira banalizada, a lentidão na velha reforma do Estado, e um tipo de desprezo pelas pessoas concretas, que Sócrates nunca disfarçou, traduzido em boa parte das medidas e das políticas covardes e consecutivas do que vinha de trás, do Acordo Porcográfico à plácida não hostilização do que de pior e mais negro corrompeu e passou impune no socratismo. Passos é, por assim dizer, um continuador e um conservador do Sistema Político-Partidário Putrescente que José Sócrates levou à perfeição, sistema que enclavinha e estrangula o Regime, sistema que resume e rasura o Regime. Passos veio para não mudar coisa nenhuma. Passos é Sócrates. Downgrade dele. [Read more…]

Há quem nos diga que os porcos voarão

Santana Castilho *

1. Quando, em dois de Janeiro passado, antecipei nesta coluna o descambar da situação do país, logo no fim do primeiro trimestre da execução do orçamento de 2013, não fui original. Tão-só acompanhava a voz dos que não acreditavam que algum dia os porcos voassem. Aumentou o desemprego. Cresceu o défice e a dívida. Galoparam a recessão e o sofrimento dos portugueses. E, enquanto a realidade evidencia que nenhum problema foi resolvido e todos se agravaram, há quem diga, de cara dura, que é uma questão de tempo, que sim, que os porcos voarão.

2. Crato regressou da sua viagem à volta da Terra, em 14 dias, depois de a troika ter aviado a sétima avaliação. Fez bem. Assim, a troika decidiu por ele, sem lhe perguntar se concordava com a chuva. Nada do que se passa, aliás, depreende-se das declarações do ministro à chegada, tem a ver com ele, porque, disse, “… o mundo está a mudar muito depressa …”, “… a situação política é volátil …” e, além disso, “… não há nenhum ministro que decida tudo por si…”. Querem razão mais científica e tempo mais propício para um saltinho à China, Chile e Brasil?

3. E que se passa, afinal? [Read more…]

Sexo-Emboscada

Há quem perca a cabeça só para lhe sentir o cheiro enganador. [Read more…]

O espião que voltou para o quentinho

não será excedentário?