Vaselina
Aos queridos comentadores que andaram por aqui esta tarde: doeu? Olha que chatice …
Grândola Vila Morena
Aqui numa arrepiante versão do Vítor Rua. Também pode cantar em casa.
Hoje…
…muitos amigos meus vão “para a rua contra a troika”. Que tudo corra bem, sem violência. Com Liberdade. Sempre.
Ainda não é desta que vou convosco. Um abraço!
Salgueiro nas matas
Se uma instituição precisa de alguém para limpar uma mata é porque há um trabalho para fazer. Se há um trabalho para fazer, num país civilizado, há um emprego para oferecer, incluindo salário, descontos, direitos, deveres, enfim, respeitando-se o empregador e o empregado, como é próprio de um mercado laboral de um país civilizado. [Read more…]
Uma Geração Equivocada
Ainda há poucos meses alguns “estudantes” se manifestavam e indignavam porque a Reitoria da UM proibira certas praxes dentro do campus de Gualtar. E nos fora da especialidade, os adolescentes mostravam-se muito descontentes. E insultavam quem deles discordava.
Perguntei se se manifestariam quando, lá para fevereiro, houvesse colegas a desistir das aulas pelo não pagamento atempado das bolsas de estudo.
Não me responderam. E ainda não me convidaram para uma manif solidária…
Geração na merda!
A morte dos portugueses
«Nunca uma situação se desenhou assim para o povo português: não ter futuro, não ter perspectivas de vida social, cultural, económica, e não ter passado porque nem as competências nem a experiência adquiridas contam já para construir uma vida.(…) O poder destrói o presente individual e colectivo de duas maneiras: sobrecarregando o sujeito de trabalho, de tarefas inadiáveis, preenchendo totalmente o tempo diário com obrigações laborais; ou retirando-lhe todo o trabalho (…) O português foi expulso do seu próprio espaço continuando, paradoxalmente, a ocupá-lo. Como um zombie: deixei de ter substância, vida, estou no limite das minhas forças – em vias de me transformar num ser espectral. Sou dois: o que cumpre as ordens automaticamente e o que busca ainda uma réstia de vida para os seus, para os filhos, para si. (…)
Este Governo transforma-nos em espantalhos, humilha-nos, paralisa-nos, desapropria-nos do nosso poder de acção. É este que devemos, antes de tudo, recuperar, se queremos conquistar a nossa potência própria e o nosso país.» José Gil na revista Visão
Não te esqueças de ficar em casa
Fica em casa, pá. Eu sei, isto não vai lá com manifestações, pá. Só à bomba pá, com a malta toda a cercar S. Bento. Fica em casa, é onde a tua garganta fica bem.
E tu, fica em casa. Continua com medo. Esconde-te debaixo da cama. O medo não te dá asas, dá-te pior ainda, vais ter tudo aquilo de que tens medo, uma boa razão para que fiques em casa, à espera que venha.
Fica em casa. Não queiras saber da política. Ela continua a entrar-te por baixo da porta, mas em casa é que estás bem. Em casa podes não ter pão, mas queres lá saber, os outros que decidam da tua miséria.
Fica em casa. E não te esqueças de repetir amanhã que estás farto desta merda toda, isto não pode continuar assim, cambada de gatunos, mas repete apenas em casa, para que ninguém te ouça, o governo é para ti uma coisa de estranhos. Não aprendas a democracia que não vale a pena.
Cantar a Grândola em Alvalade
A ideia é uma boa ideia. Espero que as claques não sigam para S. Bento.
Das aldrabices da contra-propaganda
Diz-nos o Rui Carmo que os promotores da manifestação de 2 de Março são aldrabões. E porquê? porque alguém numa imagem de propaganda usou uma foto de Istambul, e porque os organizadores são do BE.
Esqueceu-se da propaganda com uma fotografia de black panthers, outra de Carmen Miranda, de um clássico cartaz norte-americanos e de uma fotografia de uma manifestante soviética, como não reparou num conhecido restauro de Cecilia Gímene e numa gravura do Titanic, nem numa avózinha ciclista suponho que londrina, já não falando das capa de discos dos Clash ou dos Beatles.
Quanto ao organizadores, remete-nos para um texto publicado no Facebook por Filipe Castro, administrador da Informação de Mercados Financeiros, SA, o qual se limitou a “transcrever um texto privado” assinado por HE. [Read more…]
2 de Março. É hoje.
Às vezes perguntam-me. Querem saber o que me move, como se lutar pelo meu país e deixar um futuro aos meus filhos não fosse motivo bastante para gastar dias e noites a insistir em acordar quem ainda dorme. Como se não percebessem como é que se arranjam forças, todos os dias, para acreditar que um dia pode ser. Às vezes respondo, e conto como foi por causa disso que me vi obrigada a fazer escolhas, de como percebi que a crise é uma senhora de costas muito largas que escorre pelo canto da boca dos vampiros, enquanto atiram migalhas à base da pirâmide. Eu vi. Senti. Ninguém me contou. E que é minha obrigação alimentar os meus filhos tanto quanto é minha obrigação deixar-lhes algum legado, ensinar-lhes que não vale tudo, mesmo quando à volta todos nos querem fazer crer que estamos loucos.
E é por isso que saio à rua no dia 2 de Março. [Read more…]
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