A democracia é uma chatice…

Confesso a minha quase total ignorância sobre a Islândia. À excepção da música de  Bjork e Sigur Rós ou Eiður Guðjohnsen, um jogador de futebol que andou por grandes clubes do futebol europeu, raramente ouvia falar deste país. Até à crise da Banca e posteriormente ao para mim impronunciável, vulcão Eyjafjallajökull. Após a crise da Banca e mudança política que se seguiu quando a população forçou a demissão do governo, muitos comentadores lusos que suspeito serem tão profundos conhecedores como eu da realidade islandesa, não perderam tempo a tecer loas ao governo social-democrata que assumiu o poder, procurando justificar em Portugal a defesa da tese do “não pagamos”. Com argumentação intelectualmente desonesta, foram omitindo propositadamente a presença do FMI e implementação de políticas de austeridade. Desenganem-se os portugueses que imaginarem que voltarão ao tempo das vacas gordas quando o PS for novamente governo. Procurando mais informação sobre a ingratidão do povo islandês, passei pelo Arrastão, 5 dias ou Jugular mas nem uma explicação, até tropecei na azia de quem se julga moralmente superior. Mesmo os especialistas cá da casa permanecem em silêncio. Não falta em Portugal quem considere apenas legítima a defesa dos seus pontos de vista, uma espécie de superioridade moral. Esquecem que é sempre do eleitor a última palavra…

Comments

  1. studiotendra.com (wp blog, com dois artigos ou coisa que deram várias voltas ao facebook e blogosfera), Birgitta Johnsdottir, ‘The Pirate Party’, etc. (facebook), dará para começar a desembaraçar a meada… Lá como em Portugal e no UK, o eleitorado achou que a direita tem a receita. Como desabafei hoje de manhã ao ler a notícia, ‘they threw themselves to the dogs’. Para além do mais, a primeira ministra que agora sai deu, nos últimos dias que se encontrou no poder, a machadada final na nova constituição, que será agora praticamente impossível de aprovar – e isto embora as hipóteses de o texto ‘crowdsourced’ alguma vez ser aprovado terem sempre sido mínimas, já sob as estipulações iniciais. E a questão da EU vai ainda fazer correr muita água na Islândia. Aguardam-se os desenvolvimentos.
    Mas, é claro, depois de tanta propaganda a maior parte das vezes mal informada sobre ‘a moda da Islândia’, agora teremos muito pouco a dizer – o que há a dizer quando as quimeras tipo D. Sebastião se esvaem em fumaça…?

  2. nightwishpt says:

    Lá como cá têm toda a liberdade de apanhar no cú quantas vezes quiserem.

  3. Por cá não tens qualquer democracia…

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