Vasco Pulido Valente, um historiador da I República que se reformou antecipadamente escrevendo excelentes romances históricos, reduz hoje no Público o segundo séc. XIX português a dívida investida nas obras públicas da Regeneração, e cobrada a doer em 1891.
Omitir que no entretanto se construíram as grandes fortunas sempre à pala do estado e suas rendas, onde avultavam as concessões do tabaco, já para não falar de uma cobrança de impostos eternamente favorável aos homens do progresso, ou como os bens nacionais a seu tempo devidamente expropriados aos que os haviam saqueado durante séculos, clero e nobreza, foram de imediato transaccionados em favor da burguesia empreendedora, o caso da Companhia das Lezírias é exemplar, omitir a Inglaterra onde hoje se repete a Alemanha, omitir a realidade ajuda sempre à construção ficcional de um mundo tal como nos dá jeito que tivesse sido.
Hoje, como sempre, revisita-se a História ao sabor do discurso dominante.
A construção ficcional é normal num homem que se envergonha até de usar o seu nome verdadeiro, Vasco Correia Guedes.
Teve de ir buscar os apelidos de um ilustre ascendente por linhas travessas.
Mas o pior de tudo é o ordenado e estatuto de “investigador” sustentado pelos contribuintes dado a alguém que se limita a escrever e vender ficções e croniquetas de jornal.