O Vítor Cunha muniu-se de cachimbo e lupa e, convencido de que o hábito faz o monge, deu por si a pensar que já era o Sherlock Holmes. Depois de ter lido com alguma atenção o texto da Inês Gonçalves que aqui republicámos, deduziu, julgando-se decerto brilhante, que a Inês se preocupava com assuntos reservados a homens de meia-idade com bigode, já que está cientificamente provado que é necessário possuir ornamentos pilosos na cara e próstatas inchadas para uma pessoa se preocupar com problemas tão chatos como a criação de mega-agrupamentos ou os cortes de horários lectivos.
É claro que o nosso Sherlock quis parecer suficientemente hábil para poder afirmar que nunca tinha dito que a Inês não existia, embora tenha deixado a insinuaçãozita a espreitar com o rabo de fora. Ainda que reconhecendo a hipótese remota de que uma adolescente tivesse um facebook sem o Justin Bieber, Vítor Cunha, esquadrinhando, ainda e sempre de lupa em riste, pôs a mão no queixo e ter-lhe-á cheirado que, a existir uma jovem Inês Gonçalves, o texto talvez tivesse sido ditado pelo misterioso homem de meia-idade, enquanto cofiava o provável bigode.
Pelo caminho, na caixa de comentários, o Sherlock blasfemo ainda teve tempo para, pedagogicamente, explicar à Inês que as suas prováveis preferências políticas a aproximavam de países como a Coreia do Norte, exercendo o seu direito a desconversar e a confundir o fundo das calças com a feira de Beja.
A Maria João Marques, confiando cegamente no candidato a Sherlock, descobre que a Inês não gosta de pintar as unhas, usando de uma argumentação igualmente profunda, aproveitando para lançar umas farpas horrorizadas em direcção às camisolas de Catarina Martins e candidatando-se, portanto, ao prémio Pepa Xavier da blogger mais fútil. É claro que não há, ainda assim, mala Chanel que impeça o pezinho da Maria João de deslizar para o interior da chinelinha típica da calhandreira. Chiquérrima, claro, mas calhandreira: é por isso que termina o seu texto, colocando a hipótese de a Inês ser apenas uma cábula, contente com a greve por adiar exames.
O problema, como de costume, é a realidade: a Inês existe e tem opiniões. Decerto não as terá formado sozinha, porque pensar nunca é um acto solitário, o que não é contrário a pensar pela própria cabeça.
Seria muito mais interessante que o Vítor Cunha e a Maria João, em vez de insinuações malcriadas, aplicassem os seus dotes a contrariar as afirmações da Inês. Não é preciso sequer esforçarem-se muito: basta tentar responder às perguntas colocadas no texto.
Este sr Vítor Cunha, para além de prepotente, é um pseudo-intelectual…
A Inês é a miúda da foto acima, a do cartoon?
Os cábulas não conseguem ter mais que 15, ou se são, ou são profissionais na coisa, ou têm muita sorte. E a gaja tem 18, é logo cábula e do bloco, oh gente triste. Essa senhora bem que podia ter apanhar moscas em vez de ter escrito esse texto miserável.