Mar de Tranquilidade

tranquilidade-banner[Mar de Tranquilidade tem o patrocínio do grupo BES].
Um improvável viajante é desembarcado madrugada adentro algures longe do seu domicílio, regressado que vem do “estrangeiro”, esse país-longe. Dias antes, ao improvável viajante um grupelho de três pós-adolescentes embevecidos por másculas conversas automóveis havia danificado a viatura própria, segurada (ou talvez não) pela Tranquilidade (do grupo BES). Dias antes, isto já lá vai quase uma semana. A viatura fora já recolhida a estábulo próprio e, acredita-se, vistoriada já pelo Tranquilo vistoriador-perito que haveria de deliberar o conserto da mesma e o que mais houvesse.
Entretanto, o apeado cidadão indagara já do que haveria de ser a sua vida móvel daí a uns quantos dias, num tal regresso do estrangeiro-país, e isso haveria de acontecer a uma hora cardíaca, pouco dada a opções de transporte que não a viatura própria. O apeado tomador de seguro aguardaria um contacto, que nunca veio. A única coisa que veio da Tranquilidade foram, e sem atrasos ou delongas, fatia de salário que paga o respectivo prémio anual. Nada mais. E aos domingos não, o serviço de atendimento a clientes só funciona aos dias úteis depois das nove horas.
Entretanto, e porque tudo isto é Tranquilidade (do grupo BES), o apeado e improvável viajante de mil quilómetros e mais, aguarda que um comboio matutino o venha resgatar ao olvido previsível de uma companhia de seguro igual a tantas outras.
Aproveito as normas de procedimento, certamente regulado, e aprecio a Tranquilidade de uma noite de lua cheia.
Vá lá, podia ser pior, ao menos não chove. Obrigado, Tranquilidade!
estacao_comboio

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