Paulo Portas acusou hoje Carlos César de ter “fome de poder” devido à insistência do socialista na demora de Pedro Passos Coelho em apresentar o novo governo e respectivo programa de governo. Eu não sei se Carlos César tem ou não “fome de poder“, é possível que tenha. Mas tenho sérias dúvidas que a sua “fome de poder” resulte em perdas de 2,3 mil milhões de euros na bolsa de valores e na subida dos juros da dívida para a casa dos 8%. Independentemente das palermices que se digam em tempo de campanha. Haja bazófia!
O desespero do PàF atinge o climax
quando o deputado do PSD Hugo Soares cita José Sócrates no Prós e Contras para reforçar o seu argumento. Aplausos!
O iminente golpe de Estado
A direita radical tem feito referências constantes a um golpe de Estado em curso. E se há uns dias parecia paleio de fundamentalista, a verdade é que o perigo parece ser real. A concentração de tanques que podemos ver na imagem não deixa margem para dúvidas. Devemos ter medo, muito medo, trancar bem as portas e enviar todas as crianças para fora do país que os comunas vão levá-las todas para o pequeno-almoço. Abençoado Cavaco Silva que não olha a meios para proteger a democracia do perigo esquerdista. Cavaco e os democratas que conhecem o valor da tradição e que se sublevaram contra o ultraje que foi a eleição de Ferro Rodrigues, que acha que pode ser eleito só porque teve a maioria absoluta dos votos dos deputados eleitos. Maioria? Qual maioria qual quê? Respeitem mas é a tradição seus norte-coreanos!
Cavacout por justa causa
Perante a possibilidade do Presidente cometer um erro histórico e constitucional, como é que se pode colocar o senhor out, ainda antes das eleições? Na Constituição não encontro.
Marcelo lança a confusão entre as hostes do PàF
Por esta é que eles não esperavam. Deviam mas não esperavam. Passos Coelho bem alertou o partido, em Janeiro de 2014, quando afirmou que o candidato presidencial do PSD não podia ser um “protagonista catalisador de qualquer conjunto de contrapoderes ou num catavento de opiniões erráticas em função da mera mediatização gerada em torno do fenómeno político” que buscasse “popularidade fácil“. Mas Marcelo, para o bem e para o mal, é tudo isso e muito mais e a possibilidade de causar estragos num partido nervoso e em risco de desintegração é elevada. [Read more…]
Fórmula “ Cavaco “ = ( BE + PCP ) = (550.892 + 445.980 ) = 996.872 votos = 0
Na declaração do presidente da república, ao País, no dia 22 de Outubro, Cavaco Silva em muito ultrapassou aquilo que se espera do mais alto magistrado da nação. Um presidente da república deve ser um moderador, nunca um analista ou comentador político.
Entendo que, em momento algum, não deve ser colocada em causa a indigitação de Pedro Passos Coelho para primeiro-ministro, mas é inaceitável a segunda parte da sua intervenção em que faz considerações, análises e comentários políticos sobre alguns dos partidos com vasta representação parlamentar.
O PR não pode interferir, nem tem voto na escolha do programa do governo. Esse papel cabe à Assembleia da República, nomeadamente aos deputados. Mas também nesse campo Cavaco Silva errou. De forma alguma o PR pode implicitamente apelar à insubordinação dos deputados dando lugar a uma “ limianização “ do Parlamento.
Pílula (ou supositório) para a memória
Estreou ontem na RTBF dividido em três episódios: 1) “Le Possédé“; 2) “L’Homme Rouge“; 3) “Le Maître du Monde“. Mantém-se a qualidade da série Apocalypse, da autoria de Isabelle Clarke et Daniel Costelle, sempre comentado por Mathieu Kassovitz.
Mais uma excelente pílula (ou supositório para outras visões políticas) para a memória.
Mar de Tranquilidade
[Mar de Tranquilidade tem o patrocínio do grupo BES].
Um improvável viajante é desembarcado madrugada adentro algures longe do seu domicílio, regressado que vem do “estrangeiro”, esse país-longe. Dias antes, ao improvável viajante um grupelho de três pós-adolescentes embevecidos por másculas conversas automóveis havia danificado a viatura própria, segurada (ou talvez não) pela Tranquilidade (do grupo BES). Dias antes, isto já lá vai quase uma semana. A viatura fora já recolhida a estábulo próprio e, acredita-se, vistoriada já pelo Tranquilo vistoriador-perito que haveria de deliberar o conserto da mesma e o que mais houvesse.
Entretanto, o apeado cidadão indagara já do que haveria de ser a sua vida móvel daí a uns quantos dias, num tal regresso do estrangeiro-país, e isso haveria de acontecer a uma hora cardíaca, pouco dada a opções de transporte que não a viatura própria. O apeado tomador de seguro aguardaria um contacto, que nunca veio. A única coisa que veio da Tranquilidade foram, e sem atrasos ou delongas, fatia de salário que paga o respectivo prémio anual. Nada mais. E aos domingos não, o serviço de atendimento a clientes só funciona aos dias úteis depois das nove horas.
Entretanto, e porque tudo isto é Tranquilidade (do grupo BES), o apeado e improvável viajante de mil quilómetros e mais, aguarda que um comboio matutino o venha resgatar ao olvido previsível de uma companhia de seguro igual a tantas outras.
Aproveito as normas de procedimento, certamente regulado, e aprecio a Tranquilidade de uma noite de lua cheia.
Vá lá, podia ser pior, ao menos não chove. Obrigado, Tranquilidade!
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