O discurso que Cavaco Silva não fez mas deveria ter feito


Portugueses,

Tendo recebido os representantes dos partidos que elegeram deputados para a Assembleia da República e estando os resultados eleitorais publicados em Diário da República, compete-me proceder à indigitação do primeiro-ministro com o objectivo de constituir governo.

Os vossos votos determinaram que a força política vencedora não tenha tido maioria parlamentar. Por outro lado, é do conhecimento público que um conjunto de partidos tem procedido a negociações com vista a constituir uma maioria parlamentar. No entanto, não me foram apresentados os termos de um acordo já firmado, que eu pudesse encarar como claro e proporcionador de estabilidade.

Neste contexto, é meu dever indigitar, como Primeiro-Ministro, Pedro Passos Coelho, líder do maior partido da coligação que venceu as eleições do passado dia 4 de Outubro.

Boa noite.


É isto. Sem necessidade de auto-justificações, sem acusações, sem ameaças e assumindo as decisões que lhe competem como Presidente de todos os portugueses.

É chegado o momento de clarificação

Incapaz de um discurso claro e sem meias merdas, Cavaco Silva justificou a sua escolha sem nunca colocar nomes onde eles eram devidos. Com a afirmação seguinte, cabe ao PS/BE/PCP mostrarem se têm cartas para ir a jogo ou se andaram a fazer bluff.

Se o Governo formado pela coligação vencedora pode não assegurar inteiramente a estabilidade política de que o País precisa, considero serem muito mais graves as consequências financeiras, económicas e sociais de uma alternativa claramente inconsistente sugerida por outras forças políticas.

Aliás, é significativo que não tenham sido apresentadas, por essas forças políticas, garantias de uma solução alternativa estável, duradoura e credível.

Cavaco Silva, depois de um enorme preâmbulo, onde afirma que se este governo não ficar em funções será o caos, chuta a responsabilidade para a Assembleia da República. [Read more…]

Entretanto, na sede do Secretariado Nacional de Informação

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Eles estão nervosos. Óptimo.

@Uma Página Numa Rede Social

Um Presidente, um Governo, uma minoria

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Falou o líder dos PaFentos

Alguém sabe a que horas fala o Presidente da República?

Direita e Esquerda

É da natureza das coisas. Um dia ia acontecer. À direita, estão de acordo em tudo.

“Como registo inicial de interesses, deixem-me dizer que não acredito na dicotomia entre esquerda e direita”, CGO, no Aventar

“A representação binária do Parlamento configurada na oposição direita/esquerda é destituída de qualquer tipo de solidez doutrinária ou política.” Assis, no Público.

Aliás, a defesa de trabalho com direitos, a defesa da escola pública em oposição à aposta no cheque ensino, a valorização do sistema nacional de saúde em oposição às seguradoras e aos bancos na medicina privada, são meros detalhes. Nada disso existe. Esquerda e direita é tudo a mesma coisa. Só é pena que os eleitores não pensem assim. Tirando isso, é motivo de sorriso aberto esta convergência entre as direitas. [Read more…]

Cavaco vai falar às 20h

Confirma-se que estava à espera que Jesus ganhasse um jogo na Europa para falar. Tem a palavra o Skenderbeu.

“Portugal deve manter a austeridade?”,

pergunta-nos o The Telegraph. Respondamos.

Conversas em família ou sugestão à direita lusa

Sobre o cenário partidário pouco tem sido dito, em especial, à direita. Os erros estratégicos de Pedro Passos Coelho e, em especial, de Paulo Portas sucedem-se. Confesso, perante tal inoperância estratégica, a minha surpresa. Se, nunca  esperei nada de muito especial do homem com interesses privados, sempre pensei em Paulo Portas como o mais astuto dirigente partidário da nossa praça, apesar de irrevogável.

Mas, a minha surpresa é ainda maior com o silêncio que grassa na nossa Comunicação Social, onde os erros da direita são um tabu. E, porque o Aventar é uma casa de serviço público, resolvi trazer algumas sugestões à direita, onde as conversas em família do familiar do candidato comentador poderiam ser uma boa terapia inicial.

É este o momento. Juntem-se, discutam o que vos tem acontecido este mês e até podem fazer um vídeo ao país com o Professor Marcelo, até porque o domingo à noite está livre em termos de comentadores com mais de um metro e meio. Entendam esta primeira sugestão como uma dica  ao nível da forma. [Read more…]

O que faz falta é vergonha na cara

2015-10-22_10h21_18

Angola tem um regime presidencialista cujo chefe de Estado é José Eduardo dos Santos, também presidente do MPLA, partido que venceu as últimas eleições legislativas (2012). O MPLA é uma derivação do braço do PCP em Angola (década de 1950). Por razões de aceitação internacional, alterou, oficialmente, a sua ideologia, passando do marxismo-leninismo para a social-democracia, conseguindo, depois, ser aceite na Internacional Socialista onde se mantem filiado. Na prática, mantem uma organização, completamente, estruturada, orientada e pensada de acordo com os antigos partidos únicos do bloco de Leste.

É este o Presidente e é este o partido que são responsáveis pela ignóbil e terrível situação atual de Luaty Beirão.

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O meu extremismo é melhor que o teu: a internacionalização do “ressabiadismo” da direita nacional

Dublin, 2014. március 7. A Miniszterelnöki Sajtóiroda által közreadott képen Orbán Viktor miniszterelnök (hátul k) az Európai Néppárt (EPP) kétnapos dublini kongresszusának második napján, 2014. március 7-én. Az elõtérben José Manuel Barroso, az Európai Bizottság elnöke (b), Herman Van Rompuy, az Európai Tanács elnöke (k) és Angela Merkel német kancellár (j). Orbán Viktor mellett balról Nikosz Anasztasziadesz ciprusi elnök, jobbról Laimdota Straujuma lett kormányfõ. MTI Fotó: Miniszterelnöki Sajtóiroda/Burger Barna

Perante o pânico e a agonia que se vivem por estes dias lá para os lados da São Caetano e do Caldas, a artilharia pesada da família europeia de PSD e CDS-PP saiu em defesa dos parentes pobres e descarregou as semi-automáticas no PCP. O Partido Popular Europeu (PPE), pela voz do francês Joseph Daul, acusou  ontem o PCP de ter uma postura em Portugal e outra na Europa:

Os comunistas portugueses no Parlamento Europeu pediram que no próximo orçamento (comunitário) haja uma linha prevista para a saída de Portugal do Euro. Ao mesmo tempo, os comunistas em Portugal dizem que não há qualquer problema e que querem ficar na Europa.

Estou certo que esta declaração arrancou uns valentes aplausos no congresso do PPE. Mas não trouxe nada de novo. É sabido que o PCP é defensor da saída de Portugal da União Europeia mas, infelizmente, esta constatação do óbvio pouco ou nada acrescenta à estratégia dos seus representantes portugueses. Não só porque o PS já deixou claro que a saída de Portugal da UE não está em cima da mesa como o próprio PCP já se mostrou receptivo à aliança de esquerda, o que pressupõe que tal questão integrará o conjunto de cedências que, tal como o PS e o BE, o PCP estará disposto a fazer. Uma não questão portanto. [Read more…]