Será II

Não pode ser. Ela não tem idade.

Será

que o Montepio é o senhor que se segue? Foi a sensação que me ficou da entrevista de António Costa.

A incompetência de Nuno Crato e a inutilidade da FNE

Nuno Crato sempre foi um incompetente. Os argumentos que utiliza para se defender da decisão do Tribunal Constitucional só ampliam essa incompetência. Que não, que o TC não se pronunciou sobre a Prova, só disse que tinha de ser a Assembleia da República a decidir e não o Governo.
É que, caso não tenha reparado, o Governo era suportado por uma maioria no Parlamento, daí que fosse fácil a sua aprovação. Não quis, fazendo gala de um estilo de governação tipo «quero, posso e mando» e deu-se mal. Azar, a maioria no Parlamento foi-se, a prova morreu.
Quanto a João Dias da Silva, não se percebe muito bem o que continua a fazer no cargo. Ou melhor, percebe-se. Conheci-o em 1993 como Presidente do Conselho Directivo da Escola Secundária de Rio Tinto. Foi há 22 anos e já nessa altura não dava aulas. Sabe bem, o poder, nem que seja um poder sindical que nos permite estar décadas sem exercer a nossa profissão. Sim, a FNE é hoje uma coisa completamente inútil, embora seja muito útil a alguns dos seus dirigentes.
Nada que, de resto, seja desconhecido do seu congénere Mário Nogueira. Mas esse, ao menos, no intervalo dos Memorandos de Entendimento que vai assinando com os Ministros, sempre defende um poucochinho mais os professores.

O que Portugal precisa é de um Arnaldo Matos em cada paragem da Carris

Política de esquerda esta? Isto não é política de esquerda. Isto é tudo um putedo!

É oficial: José Sócrates está em liberdade

e sujeito apenas a termo de identidade e residência e impedimento de sair do país. Pobre António Costa, logo agora que estava a ganhar algum protagonismo!

BES? Está tudo bem!

RSBES

Enquanto nos vamos entretendo com movimentações partidárias e claques histéricas, a vida segue o seu curso e o caso BES também. Na Quarta-feira, o DN noticiava que o arresto de bens dos arguidos no caso – Ricardo Salgado, Morais Pires e José Espírito Santo – tinha sido considerado nulo pelo Tribunal da Relação de Lisboa. Portanto não só ninguém vai efectivamente preso – prisão domiciliária em mansão rodeada de luxo absoluto? Yeah right… – como nem um hectarzinho na Comporta é confiscado aos terroristas financeiros. Os otários do costume que paguem o buraco.  [Read more…]

Fetiches

A revista «Economist» tem uma explicação para os votos na PaF: está tudo nos pés.

Quem maldiz não se coliga

produtos-correntesEis o novo provérbio nascido das entranhas do alto e baixo comentário político, quando se quer explicar que não é aceitável que se aliem ou que se coliguem partidos que já se criticaram no passado remoto ou recente.

Ora, tendo em conta que todos os partidos já disseram mal uns dos outros, há razões suficientes para que as coligações e as alianças passem mesmo a ser proibidas, até em termos retroactivos.

Para que, de futuro, possa haver coligações e alianças, será necessário que os partidos se sujeitem a um processo de desintoxicação (conhecido por desmaledicenciamento) e obrigados a frequentar grupos de apoio, ficando impedidos de se criticarem durante, pelo menos, uma legislatura.

O coordenador nacional desta actividade será o Presidente da República, quando voltarmos a ter um.  E lá vou ter de ligar ao meu mentor:  já não dizia mal do Cavaco há dois dias. Nunca mais é Janeiro, a ver se me livro deste problema.

PACC morreu

A PACC ou PAC ou simplesmente prova dos professores está morta. o Tribunal Constitucional acaba de declarar a sua inconstitucionalidade, fazendo mesmo referência à norma presente no Estatuto. Ou seja, não estão em casa procedimentos ou opções pela forma A ou B. É a própria PROVA. Eis o texto do Constitucional.

Pelo exposto, decide-se:

a) Julgar inconstitucionais, por violação do artigo 165.º, n.º 1, alínea b), da Constituição com referência ao direito de acesso à função pública previsto no artigo 47.º, n.º 2, do mesmo normativo, (i) a norma do artigo 2.º do Estatuto da Carreira Docente, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 139-A/90, de 28 de abril, com a redação dada pelo Decreto-Lei n.º 146/2013, de 22 de outubro, na parte em que exige como condição necessária da qualificação como pessoal docente a aprovação em prova de avaliação de conhecimentos e capacidades; (ii) a norma do artigo 22.º, n.º 1, alínea f), do mesmo Estatuto, na redação dada pelo citado Decreto-Lei n.º 146/2013, que estabelece como requisito de admissão dos candidatos a qualquer concurso de seleção e recrutamento de pessoal para exercício de funções docentes por ele disciplinadas, e que ainda não integrem a carreira docente aí regulada, a aprovação na mesma prova; e (iii) consequencialmente, as normas do Decreto Regulamentar n.º 3/2008, de 21 de janeiro, na redação dada pelo Decreto Regulamentar n.º 7/2013, de 23 de outubro; e, por isso,”

Dito isto, creio que estão de Parabéns TODOS os Professores que nunca desistiram de lutar.

Estão de parabéns os partidos que a seu devido tempo se juntaram à luta contra esta “coisa”.

E, claro, a FENPROF pela forma como SEMPRE se manteve firme contra a PACC.

Parece-me que será de bom tom lembrar Nuno Crato que, de mão dada com a FNE, sempre defenderam a prova. Hoje deve ser um dia triste para ambos.

Aritmética para desentendidos

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Qual é o sentido da política?

perguntou Hannah Arendt em A promessa da política (Relógio d’Água Editores, 2007). «É a liberdade.». Mas a liberdade com «aqueles que são meus iguais» – salvaguardadas todas as diferenças, que subjazem lá no fundo da verdade do que somos, diz-me um gnomo pragmático que, à semelhança e triste exemplo de Francisco Assis, tem o péssimo hábito de se meter onde não é chamado.

No fundo da verdade do que somos (isto é, predadores, até mesmo de nós próprios mediante os habituais jogos de poder, e cujo eufemismo mais popular será na actual semântica de guerra a palavra competitividade), ouço justamente Francisco Assis a declarar que “o diálogo com a direita não está a ser produtivo.”

Não está a ser produtivo para ele e para o sector do PS que representa, pelo que presumo que Assis tudo fará para que venha a sê-lo, obstinado que parece em fazer da política uma coisa sem qualquer sentido.

Selfie PS 1