Ce provincial ignorait le grec, et parlait le latin avec un rauque accent espagnol qu’il me passa et qui fit rire plus tard.
— Marguerite Yourcenar, Mémoires d’HadrienGod, how I miss the subjunctive! […] Far be it from me to use the subjunctive in a lecture. But, anyway, I just did.
— John SearleJe pense qu’il faut avoir ressenti ce que Proust a ressenti pour pouvoir trouver du plaisir à la fameuse histoire de la madeleine, pour n’en rester qu’à ça. Et encore, la madeleine de Proust c’est le Don Quichotte contre les moulins: il suffit d’une anecdote pour résumer la totalité du livre.
— Michel Onfray
***
A ortografia portuguesa continua na mesma: estável na sua instabilidade. Repare-se na crónica publicada no Expresso, acerca do jogo de futebol A.S. Roma-FC Porto de ontem. Começa tudo muito bem, do ponto de vista da ortografia portuguesa europeia e da “unidade essencial da língua portuguesa”, com perspectiva (e quartos-de-final, mas não nos dispersemos).
Efectivamente, em primeiro lugar, para impedir o fechamento (ou elevação) da vogal, convém meter uma consoante (como já expliquei aqui e ali): neste caso, o c. Além disso, em segundo lugar, a tão propalada “unidade essencial da língua portuguesa” é mantida pela recaída do Expresso, mas posta em causa pelo próprio Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990: no Brasil, mantêm a perspectiva; por cá, criaram a perspetiva.
Todavia, logo a seguir, a crónica do Expresso resvala para terrenos de 1990, com esta receção.
Portanto, perspectiva por um lado, mas receção por outro.
Quanto ao sítio do costume…
Exactamente.
Continuação de uma óptima semana, se possivel, com mais recaídas.
***
[…] de termos ouvido Searle a pronunciar-se sobre o modo que exprime acções e estados ainda por realizar e hipóteses ou […]