Podem dizer o que quiserem. Podem correr e saltar. Gritar e esbracejar. Rir ou chorar. Não vale a pena. Se o Juiz Ivo Rosa está certo, a justiça está podre. Se o Juiz Ivo Rosa está errado, a justiça está igualmente podre. Porquê? Simples:
Se o juiz Ivo Rosa estiver certo nos fundamentos da sua sentença, escusam de vir dizer que temos um Ministério Público incompetente, uma Policia Judiciária azelha e um Juiz Carlos Alexandre que é uma marionete. Não. O que ali está é muito pior. É uma manipulação para decapitar um antigo Primeiro Ministro, o seu partido, o maior banco privada à época. Foi uma tentativa de Golpe de Estado. É um país podre onde só nos resta partir para a desobediência civil e a luta armada para depor toda esta corja.
Se o juiz Ivo Rosa estiver a manipular os factos, então a gravidade não é menor. Estamos perante uma justiça corrompida nos seus alicerces. Estamos perante a prova provada que existe uma justiça para os poderosos e outra, totalmente diferente, para os restantes portugueses. É a total podridão e só nos resta seguir o mesmo caminho: desobediência civil e luta armada.
Como não acredito em nada e muito menos na capacidade dos portugueses se revoltarem para lá do fora de jogo mal assinalado, só resta enviar as mais sentidas condolências perante o anúncio de que Portugal morreu. Agora, só vos resta continuar a pagar. Seja impostos, multa por estar dentro do carro a comer uma sandes, taxas e taxinhas e os salários de toda esta malta que vive no Estado e do Estado. E agora, se não se importam, vou ali ver os Donos da Bola que já bastou passar o dia todo a ver os Donos Disto Tudo a rir. Rir a bom rir de todos nós, os pacóvios.
Rest in Peace.
Tão perto, e tão longe. Não, não está morto por haver regras a cumprir, está morto, e não é sozinho, por se ter minado a confiança nas instituições democráticas para produzir uma mão cheia de nada e continuar a dividir o país com o acessório sem que se discuta mudar nada.
Porque não se vai discutir que leis é procedimentos se devem mudar para aumentar a confiança e transparência, vai-se discutir porque não vai a julgamento alguém apesar do MP não ter nada a apresentar por anos de trabalho a desperdiçar recursos, e, pior, fazer julgamentos na praça pública.
Quem quer que o estado nada faça, sobre medo de passar pelo mesmo, está de parabéns. só não espere que se combata a crise, isso seria em interesse próprio e não dá.
Creio que nunca concordei tanto com o Moreira de Sá.
Portugal não morreu hoje: continuará a existir porque não é uma pessoa ou uma entidade que possa acabar de um dia para outro, sem uma invasão ou asteróide ou terramoto.
Mas o país que tinha ainda alguma ténue esperança, alguma fé na decência, aquele país que valoriza – sem se rir – a ‘confiança nas instituições’, esse país morreu hoje. O Ivo matou-o.
E quem voltar a falar em ‘exagero’, em ‘não vamos generalizar’, ou em ‘conversa de taxista’, ficou hoje provado, ou é otário ou é pulha. Em ambos os casos é parte do problema.
Este regime fede. Este país fede. Não agora: há décadas.
Já ninguém o pode negar. Isso acabou. Isso hoje acabou.
E, a menos que tivesse mentido, ter confiança na justiça é acreditar em acusações vagas, em que faltam, à vez, como, quando ou porquê, e contradizem-se com frequência, e devia-se cancelar, perdão, condenar quem não gostamos com qualquer teoria mal escrita porque viveu acima das possibilidades? É uma boa maneira para que ninguém decida nada.
Até consigo acreditar que os seus comentários sejam bem-intencionados; que esteja a dizer, como o Naldinho, que não basta condenar um pulha, temos de condenar todos; que o que faz falta é mudar o sistema, etc.
Mas entenda que os seus comentários hoje são como entrar no velório de uma pessoa que foi violada e cortada aos bocados, para dizer aos presentes que há injustiças mais graves no mundo. Além de desajeitado, deixa mau gosto na boca e corre o risco de soar a branqueamento deste pulha – este, não outros; não o sistema, não o universo; este pulha aqui e agora.
Este pulha, após passar seis anos a gozar-nos e a enterrar o país em calotes criminosos, foi para o luxo de Paris.
Conhece Paris? Aquilo é bom. E é caro. Nem é preciso ser luxo; é tudo caro. Imagine o luxo.
Depois foi mandar bitaites e choradinhos na TV.
Depois passou uns confortáveis mesitos na choça, da qual saiu para mais luxo. E agora vai passar dias, semanas, anos a dizer que foi uma pobre vítima. Até pode voltar à pulhítica.
Até este pulha ter o que merece, este país não merece nada.
Bom, mas temos a coisa de para ter o que merece temos que saber o que fez, quando, como, e quem esteve involvido. E, no mínimo, tivemos um MP incompetente ao ponto de se borrifar para as respostas, mas isso era ser simpático. Tivemos um MP, nem eleito, nem com controlo democrático, a fazer jogo político sabe-se lá com que interesses: não foi a determinação da verdade, tal os buracos na acusação visíveis à qualquer leigo, não foi a justiça, tal os atropelos à mesma, não foi pedir outra moldura ou enquadramento, porque preferiram que se fizessem julgamentos públicos, nem tão pouco fazer serviço público, de tão nulo que é grande parte do papel.
A ver se nos entendemos, aquilo que é público são suposições. Isso temos todos, não é para isso que são bem pagos e que se orçamentam tantos recursos.
Jogo político? Espero que não esteja a sugerir que o Trafulha é perseguido por razões políticas. Não o tenho na conta de imbecil, e ninguém pode ser tão ingénuo.
Julgamentos públicos? Homem, basta um dedo de testa para perceber o pulha que ali está. Basta ouvi-lo dois segundos, basta conhecer-lhe 1/10 do currículo, basta ter uma noção apenas superficial dos seus compinchas e da máfia sucateira que saqueou e saqueia o país.
O MP é uma merda, a Justiça é uma merda? De acordo. Mas não queira por um segundo fazer de conta que só isso está aqui em causa; ou que a impunidade deste pulha é tolerável a qualquer criatura que não habite um esgoto.
Este FDP devia ter uma multidão à espera dele com malhos e cordas. Dele e do Ivo. Não defendo que os pendurassem; mas precisamos urgentemente que eles tenham medo disso.
Ele pode ser corrupto e perseguido político ao mesmo tempo; já o tinha dito, um dia.
A lei é o que é, e ainda não ter ouvido um argumento sobre o que possa estar mal fala alto (fora a coisa do enquadramento no IRS, o texto da lei é a salganhada habitual).
Afinal de contas, não falta gente que acredita que levou Portugal à bancarrota, coisa que nem chega a falsa. E se formos ao PS, também tivemos a palhaçada política do caso Casa Pia.
E sobre as prescrições do iluminado submarino que comentará amanhã, alguém se queixa? Silêncio, que a lei é a lei, paciência. E foram mais caros.
Falso. o juiz Ivo não matou ninguém que não estivesse já morto. Limitou-se a constatar que todo o processo estava mal construído e ele não tem culpas disso. A sua longa declaração foi uma aula magistral apontando o que estava mal e ensinando como fazer bem. Teve muita coragem, o homem.
Música angelical de fundo, com muitos passarinhos a trinar. Tão mavioso texto é música para adormecer papalvos, que cada vez mais escasseiam para desconsolo do autor. Vamos erguer uma estátua a homem tão corajoso e humilde mestre e educador, pois então!.
Aguardemos pois, pelo veredicto do Tribunal Superior.
Depois, vou aguardar com curiosidade a “epístola” do Sr. José Oliveira, caso se confirme a tendência relativamente às decisões deste “iluminado” Juiz, que, na sua opinião, ontem deu uma “aula magistral”.
Ele é a última flor do deserto da Justiça portuguesa. Um autêntico lírio no charco.
O gesto que o juiz duvidoso está a fazer é para nós ou para o socrates??!!