Novo aumento do preço dos combustíveis: a culpa é de António Costa

O barril de Brent, referência para o mercado de combustíveis português, está hoje a ser negociado ao valor mais baixo desde o início do mês, 20 euros abaixo dos 127,98€ que, na semana passada, a 8 de Março, foram usados como justificação para o violento aumento que entrou hoje em vigor.

Quer isto dizer que os preços vão baixar, de forma proporcional aos aumentos das duas últimas semanas, ou será que as gasolineiras vão fazer o que sempre fazem, que é garantir que a redução do preço, ao contrário de qualquer aumento, só se reflecte daqui por dois ou três meses?

Eu disse gasolineiras? As minhas desculpas! Eu queria dizer António Costa. Porque foi o António Costa que ordenou à GALP, BP e Repsol & Cia que aumentassem os preços, imediatamente, caso contrário ia tudo dentro e as empresas seriam nacionalizadas. Agora vou  acabar de comer o meu gelado com a testa, que o gajo está a começar a derreter e eu não quero ter que esfregar o chão com a fronte, que não estamos em tempo de desperdiçar comida.

Comments

  1. Rui Naldinho says:

    https://pt.investing.com/commodities/brent-oil-historical-data

    Este site tem no histórico, o preço do barril de Brent, em Londres, durante os últimos vinte anos, no mínimo. É provável que se consiga ir mais atrás.
    Quem o quiser consultar, colocando as datas corretas, verificará que no mês de Junho de 2008, ali por volta da segunda metade, entre 15 e 30, o barril de petróleo atingiu num dia dias, o preço de 146,00dólares. Nessa altura os combustíveis eram comercializados em Portugal, com esse preço de referência no Brent, pela “módica quantia” de 1,555€/Lt. Só não consigo precisar se nos referimos à gasolina ou ao gasóleo. Mas para o caso, isso pouco interessa, uma vez que o gasóleo já ultrapassou neste momento os 2,00€/Lt
    A pergunta que eu coloco é esta:
    Será assim tão difícil no plano económico, o governo reduzir as margens e a carga fiscal, para um patamar em que a gasolina sem chumbo 95 não ultrapasse o valor máximo de 1,80€ e o gasóleo 1,70€?
    Ou isso significava a vinda do Diabo?

    • Rui Naldinho says:

      Já agora e em talhe de foice, era bom que António Costa e o PS não se fiassem na Maioria Absoluta.
      Vem aí uma crise. Em cima de uma que nunca foi debelada. Se desta vez os PRR’s, no fundo dívida conjunta da UE, que é na realidade o que aquilo é, ajudam a tapar alguns buracos, uma crise inflacionista e de estagnação económica prolongada, pode não ter solução fácil.
      Com o descontentamento gerado, onde os combustíveis, preços da energia, bens essenciais, começando logo pelo, pão, óleo alimentar, disparam, está criado o caldo perfeito para o governo ficar em maus lençóis.
      Ao primeiro sinal de inversão do sentido de voto da maioria dos eleitores portugueses, criado pelo desgaste do governo e por medidas impopulares, Marcelo não se ensaiará nada em dissolver a AR, de novo, agora que o PSD se prepara para uma nova liderança.

      • Paulo Marques says:

        O que vale é que o resto da Eurolândia continua na mesma, e não há alternativa em deixar o ordoliberalismo em banho maria e financiar as economias, ou corre mal em sítios que não convinha.

  2. esteves aires says:

    António Costa do P”S” , foi criticado politicamente pelo saudoso jurista Arnaldo Matos…E como diria: o Costa é um fulano com tiques a roçar o fascismo, e sempre que pode está ao lado do imperialismo europeu e dos EUA!!!

    • POIS! says:

      O problema é que, na opinião do Doutor Jurista Grande Educador da Classe Operária e do Povo Português…

      Descontando o Costa e tirando o Arnaldo Matos todos são assim, ou para lá caminham. Basta ver e ouvir o discurso que fez lá no cemitério dos Prazeres numa homenagem ao Ribeiro Santos:o único comunista digno desse nome era o comunista morto.

      É caso para dizer: o Arnaldo morreu, o MRPP também e mesmo o “esteves ayres” já não está nada bem.

  3. Júlio Santos says:

    Independentemente das ideologias políticas, que é o que faz supor este post e os comentários que se lhe seguem, o Governo parece estar a desvalorizar as consequências que o aumento desregulado dos combustíveis irá provocar na economia portuguesa, pensando que será por via dos elevados impostos que continua a cobrar nos consumos, que irá equilibrar as contas do orçamento. Então espere pelas sucessivas greves dos camionistas que vão deixar de abastecer o mercado de consumo e, por via disso, a inevitável escassez dos produtos e seu consequente aumento nos preços. A tudo isto, vai somar-se a falência de muitas empresas e famílias que não poderão companhar o inevitável aumento de preços de bens essenciais. A não se tomarem medidas, quanto antes, vai ser uma tragédia humana sem retorno. A preocupação maior, terá que ir para as empresas de transporte baixando-lhes os preços do gasóleo para os valores antes da crise.

    • Paulo Marques says:

      O sr Costa achou que não devia haver orçamento, e o sr Rio acho que ainda podia não haver durante mais mês e meio. Até lá, há que manter a seriedade – onde tem várias à escolha, desde ficar tudo para o orçamento, à transição energética a caracol. As contas é o menos.

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