Novo aumento do preço dos combustíveis: a culpa é de António Costa

O barril de Brent, referência para o mercado de combustíveis português, está hoje a ser negociado ao valor mais baixo desde o início do mês, 20 euros abaixo dos 127,98€ que, na semana passada, a 8 de Março, foram usados como justificação para o violento aumento que entrou hoje em vigor.

Quer isto dizer que os preços vão baixar, de forma proporcional aos aumentos das duas últimas semanas, ou será que as gasolineiras vão fazer o que sempre fazem, que é garantir que a redução do preço, ao contrário de qualquer aumento, só se reflecte daqui por dois ou três meses?

Eu disse gasolineiras? As minhas desculpas! Eu queria dizer António Costa. Porque foi o António Costa que ordenou à GALP, BP e Repsol & Cia que aumentassem os preços, imediatamente, caso contrário ia tudo dentro e as empresas seriam nacionalizadas. Agora vou  acabar de comer o meu gelado com a testa, que o gajo está a começar a derreter e eu não quero ter que esfregar o chão com a fronte, que não estamos em tempo de desperdiçar comida.

A Repsol e as bicicletas

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Será que a Repsol se esquece que a grande maioria dos ciclistas têm também automóvel, onde muitas vezes fazem centenas de quilómetros com a bicicleta no seu interior para participar em eventos desportivos, tendo de o abastecer? 

 Rui Sousa

Durante muitos anos, quer em Portugal quer na Europa, a prioridade foi o automóvel.
Para ligar as principais cidades, construíram-se auto-estradas e vias rápidas que permitem agora viajar em segurança e com maior rapidez. Dentro das cidades, ao maior aumento do uso do automóvel, as autoridades locais responderam com vias rápidas, auto-estradas urbanas, parques de estacionamento em altura ou subterrâneos, grandes rotundas e uma complexa rede de semáforos geridos centralmente.
Os rendimentos das famílias aumentaram e o automóvel felizmente deixou de ser um bem acessível apenas a uma minoria abastada. [Read more…]

Ui que facada no milagre das exportações!

Repsol deixa de comprar gasóleo em Sines” [Expresso]

PPP e o Petróleo Argentino, um combustível original

Uma PPP, sabe-se, é  suportada por contratos legais, fortemente blindados. Independentemente dos serviços abrangidos, vias de comunicação, transporte, unidades de saúde ou outros, é objectivo dominante o sector público garantir resultados lucrativos aos privados, sob esquemas e condições pré-estabelecidos na blindagem contratual.

Portugal, infelizmente, tornou-se um ávido e insaciável utilizador do modelo, desde os tempos de Cavaco Silva, apontado como excelente aluno de Margaret Thatcher, a fundadora e catedrática na matéria, na Europa e no Mundo.

Sabemos, pois, o que é de facto uma PPP e que esta não tem a mínima analogia com processos de nacionalização ou de privatização. Apenas por desconhecimento ou má-fé, se pode afirmar que renegociar PPP é equivalente à deliberação da Presidente Argentina nacionalizar 51% de capital da YTF, propriedade da Repsol. Mas a manifestação de falta de bom senso ainda se torna mais acentuada, quando o autor reincide num raciocínio idêntico em relação à Venezuela. A mistura de PPP com Petróleo Argentino já seria um combustível original, para fazer arder a paciência a alguém ajuizado. [Read more…]

Também há ministros à rasca

Esperamos que esto no sea el principio de una escalada”, disse Juan Manuel Soria, ministro do governo empossado pelo assassino de elefantes perante a nacionalização do saque da Repsol à Argentina.