Obrigado, Jô Soares

Por tudo que nos deste. Pelas cores com que pintaste sobre o cinzento do Portugal de então. Pelas gargalhadas que nos fizeste dar em dias em que tudo parecia triste e incerto.

Obrigado e até sempre.

#escoladetodasascores

escolatodasascores

dia 18 de junho, em Lisboa

Todos ao monte

Eu vou à farmácia e à funerária, tudo no mesmo dia, num conjunto de iniciativas na área da saúde. Claro que também sou adepto, do SPORTING CLUBE DO PORTO & BENFICA. Sou, também, um fã do Jorge Lopetegui Vitória (sim, do Rui Barros também, apesar dele ser do tamanho de outra candidata).

marcelofutebol

Espelhos d’água


Hugo Colares Pinto

As Cores do Porto 2 – Fotografia

As Cores do Porto – Fotografia

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Numa de ciência e poesia

(Poema de Ofélia Bomba, minha colega, não de cardiologia mas de psiquiatria) 

O ninho

É do azul que parto

Para o percurso único da poesia

Do azul do mar imenso

Do azul intenso

Que banha o meu país

E a minha fantasia

E segue solitário até ao infinito.

Passo pelo roxo da saudade

Nos lírios imortais de Van Gogh

Mistura de óleo e eternidade

De espanto e grito.

Passo, depois, no amarelo vivo

Dos girassóis de Julho em Portugal

E brindo à vida, ao amor cativo

Único, intemporal.

Navego no vermelho. Lume e fogo

Aurora boreal do meu percurso

Em que me perco e quase afogo

E desço à terra, ao castanho baço

Força telúrica a lembrar o curso

Do passado e do presente, num abraço.

Continuo no preto. Tinta-da-china.

Ou numa nuvem carregada de água

Na viuvez duma tarde chuvosa.

Liberto-me no branco em que assisto

À neve, à cal, aos vestidos de noiva

À bata da escola de menina

E paro p’ra pensar. Duvidosa.

Que importa se o teu olhar

É verde ou dourado

Bordado de sol ou de luar

Que importa se o teu sorriso

É um poente

Tinto de promessas quase a naufragar.

Se este poema é um caminho

Tecido de arco-íris e de asas

Onde me aventuro e ouso

E todas as cores do mundo

São o ninho

Em que eu repouso.