Há uns valentes anos fiz este boneco enquadrado numa série a satirizar os partidos. Estava-se no rescaldo à despenalização do aborto e o CDS, Partido do Centro Democrático e Social, agora também Partido Popular, comprovou que o “C” era mais de Cristão do que de “Centro”. O partido que foi umas vezes liberal, outras conservador, já foi contra e a favor do euro e da “europa”, que foi o partido dos pensionistas e o partido do corte das pensões, que já foi, no fundo, toda a coisa e o seu oposto, tem no posicionamento beato o seu real âmago, essa cola que segura a cataventice política que tem sido o seu rumo. Consistentemente, Cristas afirmou neste fim-de-semana que “o meu CDS tem a democracia-cristã no eixo da roda“. Mas que não haja ilusões, se passarmos a ter muitos eleitores judeus, muçulmanos e protestantes, o mais certo é que também esta roda se furará. Entretanto, temos um partido que acumula com congregação religiosa, esse paradoxo no país onde o Estado é laico.
Na direita já se fumam ganzas?
Isenção de IRS das horas extraordinárias para premiar o mérito? O que é que o cu tem a ver com as calças? Até porque é mesmo ao contrário. A necessidade de horas extraordinárias revela mau planeamento, o que equivale a dizer ausência de mérito.
Oposição responsável? Não, demagogia barata e em conta-corrente com a senda austeritária de quando Cristas foi ministra.
Comunhão de bens

Recorte: Público
Podes ficar com as jóias, o carro e a casa. Mas não fiques com os votos.
Atenção
Quero uma paragem do Metro de Lisboa aqui na minha rua.Em Coimbra.Ouviste Cristas?
verdade = ƒ(x), x ∈ {tempo, espaço}
A solução encontrada para o Novo Banco é questionável? Claro que é. Mas o modo como Montenegro e Cristas abordaram a questão é intelectualmente miserável e eticamente repugnante. Quanto ao grau de amnésia patenteado, trata-se já de um problema médico, pelo que não me vale uma palavra.
A Cristas estava lá
Ninguém me tira da cabeça que aquele bebé do Trump estava ao colo da Cristas. É um palpite. Ou, talvez, até mais do que isso. Depois de ouvir a maezinha a falar sobre o IMI e a taxa sobre o sol, o puto desatou a chorar com tanta coerência. Foi isso.
Crista(s)
Ela empertigou-se. Esticou o pescoço, afivelou o ar de um buldogue francês encanitado e falou. [Interessei-me pelo que vinha aí. Que diabo, já passaram algumas semanas e achei que os curto-circuitados neurónios dos dirigentes da direita mais assanhada estavam mais estáveis; e, vamos lá, ela é a putativa nova presidente do partido do Portas].
Começou a falar: falou do primeiro ministro que não ganhou as eleições mas governa, não sei quê do Orçamento e do tio Óscar, pareceu desejosa de que as instituições internacionais pusessem o governo português na ordem, custe(-nos) isso o que custar.
[Tapei o nariz, desliguei a tv e fui apanhar ar. Há coisas que nunca vão mudar].
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“Viver no interior é muito difícil”, constatou o líder do Partido Socialista em Bragança, pensando por certo que os Brigantinos o não sabiam. O senhor Seguro falou assim no início de uma semana de visitas aquelas zonas do país, com o objectivo de “ter um conhecimento mais aprofundado das regiões” e propiciar o que definiu como “um novo olhar”. Atitude que, enfatizou, “não passa por políticas de encerramento, extinção ou deslocação de serviços, colocando áreas tão importantes como a saúde ou a justiça distantes das pessoas”.
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