O criminoso volta sempre ao local do crime

Ângelo Correia no Prós & Prós discutindo as nossas secretas. Para a semana Vale Azevedo e Duarte Lima falam sobre os problemas da justiça.

Diz-me com quem andas

Secretas: Deputado Ricardo Rodrigues solidário com Silva Carvalho

Há Uma Linha que Separa o Cu das Calças

Vi claramente visto, hoje, no Parlamento, Passos Coelho limitar-se a isto: ser absolutamente sério e transparente ao demonstrar milimetricamente nulo o envolvimento do Governo na disputa comercial sem olhar a meios Ongoing / Impresa ou na equação de poder interno Secretas / Público. Tal como o humorista Marco Horácio da Silva Faustino, o Ministro-sem-pescoço Relvas foi protegido pelo corpo todo que Passos interpôs. Vi também, mas de esguelha, que os herdeiros da ultramanipulação mediática e das mais asquerosas práticas contaminantes e promíscuas de spin Estado-Partido-Governo-PS que marcaram a negro todo o consulado do Filho da Puta Perlimpimpim nada tiveram a aduzir ao debate senão parangonas manhosas e viciadas. Observei que, a espaços, o Tó Zé Seguro bocejava, apoiando com a mão o fleumático duplo queixo. Estava certamente a meditar na agenda para o crescimento e o emprego perlimpimpim, coisa que ainda não explicou como se engendra.

Que cozinhado é este sr. ministro Relvas?

1.      Miguel Relvas, Ministro dos Assuntos Parlamentares, foi ouvido recentemente na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, na Assembleia da República, a propósito das suas “ligações” ao Ex-Chefe das Secretas;

2.      Ex-Chefe das Secretas, que segundo declarações públicas, terá enviado a Miguel Relvas, diversos “clipings” e um plano de Reforma dessas mesmas Secretas, propondo para directores do SIS e do SIED funcionários da sua confiança e nomes que não deveriam assumir cargos dirigentes;

3.      O Ministro dos Assuntos Parlamentares, que inicialmente desmentiu a recepção dos ditos “clipings” e do Plano para as Reformar, acabou por admitir agora no Parlamento a recepção via mail dos referidos documentos, aos quais garantiu nunca ter respondido.

4.      Chegados aqui, a 1.ª conclusão, é que Relvas mentiu!… E mentiu, porque negou primeiro, o que mais tarde confirmou. [Read more…]

Carta do Canadá: A deferência ministerial

Por entre jactos de  imundice que jorram da sujeira do chamado  “caso das secretas”,  as primeiras páginas dos jornais informam: “Relvas recebia mensagens a que respondia “por deferência”.

Fico pasmada com esta originalidade à portuguesa. Na verdade, num daqueles países democráticos e normais, um ministro que receba mensagens clandestinas dum funcionário pago com os dinheiros públicos, chama a polícia e obtem garantias de o caso ser julgado em sede própria. Isto é, mostra deferência pelo lugar que ocupa e pelo povo que lhe paga a cadeira ministerial e as mordomias inerentes. Numa palavra: respeita e dá-se ao respeito.
Mas também fico edificada com a mensagem que o ministro Relvas fez passar com esta actuação e que o povo unido registará na memória para o que der e vier. Há cerca de um ano morreu subitamente em Toronto um jovem português, o Tiago Lopes, trabalhador que entrou no Canadá  como turista, a exemplo do que largas centenas de compatriotas têm feito movidos pelo desespero de não arranjarem trabalho em Portugal. [Read more…]

Então era isto????

Ora vamos ver se percebi a notícia do Expresso:

O Jorge Silva Carvalho enviou umas mensagens de telemóvel e uns mails a várias pessoas. Entre elas Miguel Relvas e Marco António Costa. Nas referidas mensagens/mails deu palpites sobre o futuro do SIED, do SIS e, quem sabe, prognósticos sobre o Porto-Benfica.

Tanto Marco António Costa como Miguel Relvas, segundo o mesmo Expresso, não responderam. Mais, nenhum dos palpites foi seguido. Foi isto, não foi? Então, qual é a notícia? Onde está o problema só para eu perceber a chamada principal de capa.

Agora pergunto aos leitores: quem nunca recebeu uma SMS ou um mail ou os dois por junto e atacado de amigos, conhecidos e outros bitaiteiros sobre: a escolha da namorada, a cor da gravata, o melhor automóvel a comprar, aquele terreno que é uma pechincha ou mais sei lá o quê? Olhem, falo por mim: já recebi vários tipos de palpites por SMS/mail e já dei outros tantos. Sobre questões profissionais, sobre bola, música, blogues, etc.

Parece que já estou a ouvir alguns leitores a dizer: pois, mas tu não és ministro. Pois não. Mas todos nós, em determinados momentos da nossa vida, pelas funções que temos, seja no público ou no privado, já fomos “alvo” de inúmeros palpites e outras tantas “pressões” ou “cunhas”. Eu volto a perguntar: é crime uma pessoa receber um SMS/mail com conteúdo do género? Pior, afirmando o Expresso que os dois políticos em causa nem responderam e sabendo todos nós que os palpites não foram tidos em conta, a que se deve semelhante destaque? Como diz o Nuno, uma não notícia…

Quem atira a primeira pedra?

Já vos ocorreu…

…que todo este banzé maçónico seja apenas isso mesmo, ou por outras palavras, uma altercação entre regateiras? É que o hermeticismo da coisa já tem duzentos anos e os resultados, de tão ofuscantes para o bem estar de Portugal, estão à vista de todos. Já liquidaram o seu regime da Monarquia Constitucional, já dissolveram o seu regime da iª República, já fizeram cair o também mais que seu regime da 2ª República – até o venerando Carmona era irmão, assim como o Presidente da Assembleia Nacional – e pelos vistos, preparam-se para mais um “render da guarda”.

As canastronas são agora os senhores Balsemão/Bilderberg e Vasconcelos/lojinha Ongoing, pois o que está mesmo em causa, mais não é senão o mesmo móbil de sempre: d-i-n-h-e-i-r-o.

Quais “trilogias”, quais “grandes princípios”, qual carapuça…

KIT ESPIÃO, um utensílio completo

Estou a pensar lançar no(s) mercado(s) uma promoção que, entre outras coisas, lhe assegurará, caro leitor, várias promoções e uma verdadeira carreira.

Esqueça os filmes do 007 e os romances policiais de Graham Greene, esqueça as pistolas, os tiros, as perseguições nocturnas, a vida sempre em risco. O Kit Espião Séc. XXI é, na verdade, muito simples, mas completo. Um telemóvel, vários cartões com números diversos para despistar escutas, uma boa agenda de contactos bem colocados, uma lista de devedores de favores, material de chantagem em suportes variados, um avental para certos rituais, um martelinho, um triângulo e uma cadeira de executivo pronta para instalar em gabinetes que passará a chefiar. O preço? É secreto, mas muito compensador.