Ricardo Salgado refugia-se no desconhecimento

salgado

© Bruno Colaço (http://bit.ly/1MNVOe2)

Há três meses, Ricardo Salgado apareceu na Assembleia da República em excelente forma:

Acção, Abril, accionistas, acções, actas, actividade, activos, actuação, actuações, afectava, afecto, correctas, Dezembro, directa, directamente, directo, efectivamente, efectuar, incorrecto, injectar, interacção, Janeiro, Julho, Junho, Maio, Março, Novembro, objectivo, objecto, Outubro, percepção, perspectiva, perspectivas, projecção, projecto, protecção, protectora, respectiva, respectivos, ruptura, Setembro.

Contudo, hoje, apesar dos nomes dos meses (“em  2  de  Julho  de  2014”, “em 2 de Março de 2015”, “em  3 de Agosto de 2014”, “em 23 de Julho de 2013”, “19 de Março de 2015 “) e de outras excelentes formas ortográficas (“em  todos  os  actos“, “acções da Tranquilidade”, “sobre  as acções“, “novos accionistas“, “respectiva  composição”, “protecção  do  animal”, “actividade financeira”), algumas delas em citações, Ricardo Salgado ensaiou uma mistura ortográfica extremamente perigosa, com “injeção de fundos  privados”, “ativos“, “retificação“, “correção“, “objetivo“, “prospeto” e outras infracções grafémicas.

Salgado disse aos deputados: “Não pretendo – nem nunca pretendi – refugiar-me no desconhecimento”.  Infelizmente, refugiou-se e o resultado é aquele que sabemos. Lamentável, Dr. Salgado. Lamentável.

Comments

  1. Paulo Machête Eusébio says:

    Desconhecimento voluntário, como o das suas decisões empresariais que toda a gente envolvida parece conhecer, excepto ele…

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