Ora aqui está um bom partido

Joana Amaral Dias sai do «Juntos Podemos» e cria o «Agir»

E se fosses chamar parvo a outro?

passos relvasPassa pela cabeça de alguém, na plena posse das suas faculdades mentais, que as contribuições para a segurança social sejam voluntárias?

Passa. Pelos sonhos húmidos de um neoliberal, que de resto muito simplesmente pretende a pura e simples extinção do estado providência substituído-o pelas seguradoras, haja quem puxe lustro ao lucro, e pela de um primeiro-ministro  eleito com a maior colecção de mentiras até hoje vista, convencido de ter enganado uma vez os idiotas que nele votaram e imaginando os mesmos repetidamente estúpidos, ao ponto de o reelegerem.

Mas há ainda pior neste caso. João Ramos de Almeida chegou a esta conclusão: [Read more…]

asfixia

Schauble sabe-o perfeitamente. Se os gregos atingirem os pretendidos 3% de saldo primário orçamental (sem juros) conseguirão atingir a meta à custa de uma enorme crise humanitária e política no país. Dada a posição geopolítica dos gregos no controlo do mediterrâneo, não interessa nem à Europa nem aos EUA ter ali um estado colapsado, passível de receber a qualquer momento a influência de 3 ameaças: a perigosa extrema-direita grega, o fundamentalismo islâmico ou a influência russa.
Dada a actual dívida dos gregos (240% do pib, mais coisa menos coisa), mantendo-se o pib grego numa condição coeteris paribus durante as próximas décadas, Atenas demorará cerca de 60 anos a tornar a sua dívida sustentável, isto é, se no decorrer dos tempos não criar mais dívida. A dívida grega é pura e simplesmente impagável ou pagável à custa de um século de sofrimento do povo grego. Compreende-se o medo de varoufakis nas negociações: financiamento a curto prazo. Sem financiamento a curto prazo, nenhuma ideia que o governo grego tenha para inverter a situação será concretizada não existe fundo de maneio para a concretizar, tão pouco para o país cumprir as suas obrigações. [Read more…]

Factor BES

O BES foi ao Factor X

E foi muito bom:
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a história de passos, o sortudo

Já diz o ditado popular que os impostos são tão certos como a morte. Retirando a palavra impostos, colocando a palavra contribuições, o milagre segundo são pedro é difícil de explicar.
Todos os meses, mais tarde ou mais cedo as contas hão-de bater que nem mísseis nos nossos costados. Umas, de forma involuntária, com cariz coercivo, escondidas por detrás de um contrato social de difícil descodificação que estabelecemos com o estado na nossa folha salarial. Nunca nos foi perguntado se queríamos pagar impostos para receber bens e serviços do estado, sempre nos foi exigido como uma norma de conduta comunitária. Outras, de forma voluntária através da figura jurídica do contrato-adesão. Se queres o serviço de um privado, ou aceitas, pagas e tens ou não aceitas e não tens.
O milagre segundo são Pedro é esquisito e ao mesmo tempo irónico. São Pedro desconhecia a dívida porque, vá-se lá saber houve uma falha de um sistema informático. [Read more…]

Pais do Amaral, o inquisidor

guilhotina

Os livros ardem mal, avance a guilhotina.

É o capitalismo, estúpido

continenteJá tivemos algumas experiências semelhantes no Aventar:  um artigo que denuncia uma situação serve de rastilho para outras denúncias que explodem na caixa de comentários. No L’obéissance est morte desabou um verdadeiro continente sobre as práticas laborais da família Azevedo, gente que passa por honesta e honrada (e não foi bem assim que o pai Belmiro se lançou nos negócios).

Da compilação que fizeram, seleccionei alguns exemplos do capitalismo neoliberal em todo o seu esplendor. Também podia chamar a isto cambada de filhosdaputa, ou parafraseando Boris Vian, havemos de vos cagar em cima, a empresa até é do norte, mas fiquemos pelo capitalismo. Este é mesmo selvagem, ainda é ilegal, mas fica impune. Testemunhos do Homem Sonae, como lhes chamou em tempos Belmiro: [Read more…]

Postcards from London #5

Do a thing a day that scares you

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repetimos as coisas, quase sempre, quase todas as coisas. como se fosse a primeira vez e fosse tudo sempre novo. assim é nas viagens. em toda a parte, suponho. falo da maioria das pessoas. creio haver uma minoria que já nada repete. e se fecha ao mínimo desgosto ou susto. gosto de pensar que é mesmo uma minoria, mas na verdade não tenho a certeza.

não que eu seja particularmente destemida ou corajosa. Mas gosto de começos. do princípio. quando tudo se anuncia e é possível. não é, no entanto – acho – possível estar sempre a começar qualquer coisa. uma viagem, um texto, um trabalho, uma amizade, um amor, tudo. Começamos tudo muitas vezes e acabamos tudo vezes demais. tudo com idênticas repetições, mas que, a cada vez, nos parece diferente e novo. escrevo isto no avião e se calhar porque me sinto sempre frágil aqui. E hoje é também do cansaço do fim desta pequena viagem, outras vezes repetida mas, sim, desta vez anunciando não sei bem o quê, um pouco assustador.

ao acordar esta manhã estava um sol encantador. arrumei por isso as tralhas rapidamente, tomei o pequeno almoço servida pelas miúdas portuguesas que me trataram como se fossem a minha mãe, ou seja, com muito mimo, deixei a mala no hotel e saí para a rua. lembrei-me de voltar a covent garden e assim fiz. apanhei o metro para leicester square e caminhei um pouco até ao mercado animadíssimo como dele me lembrava. e com sol, como nunca o tinha visto. turistas misturados com locais, porém numa proporção desequilibrada a favor dos primeiros, é evidente. ando por ali, sento-me ao sol, fumo ao sol, sou um pequeno gato ao sol, esta manhã. há palhaços, homens-estátua, equilibristas, vendedores de tudo e de nada que (me) importe. coisas pequeninas, que na sua maioria não servem para nada, objetos diversos, quinquilharia. como nem sequer tenho fome, não gasto um cêntimo, devia dizer um ‘penny’, em covent garden. apenas aproveito o sol para olhar para as pessoas na sua vida pachorrenta de domingo. enquanto estou ao sol lembro-me da noite de ontem, no pub. o peixe e as batatas fritas e uma conversa inesperada à chuva. nada que vá começar, seja como for. [Read more…]

Passos Coelho, as dívidas, as prescrições, os pagamentos, as mentiras e as desculpas esfarrapadas

passoscoelhoEste exemplar da espécie humana nunca deixa de me surpreender, malgré tout!

Senão vejamos: Passos Coelho não pagou à Segurança Social as contribuições devidas durante um período em que recebeu com Recibos Verdes;

A primeira desculpa, idiota, é que entretanto pagou apesar de a dívida já estar prescrita. Ora isso não é possível. Nenhuma contabilidade suporta a entrada de uma “receita” sem título justificativo válido. Como tal, a Seg. Social já lhe devolveu, ou ainda vai devolver, o dinheiro.

(versão integral em: http://wp.me/p29WGc-Ad )

Salário: bugigangas, bibelots, cenas assim…

bibelot

“O pagamento do trabalho é feito com artigos de decoração, de excelente qualidade.(Mesas, cadeiras de rattan,madeira ou ferro; espelhos, pequenos moveis, candeeiros de mesa e tecto, e muitas outras peças.

Lava a cela Zé!

Prisioneiro nº 44 do Estabelecimento Prisional de Évora atacado por contingente de pulgas. Uma das pernas do recluso terá sido ocupada pelas forças rebeldes.

Passos Coelho: entre a irresponsabilidade e o incumprimento

Passos Coelho divida SS

Foto@Mentiras de Passos Coelho & CIA

No fim de contas, esta história da dívida de Pedro Passos Coelho à Segurança Social até acabou por correr muito bem ao ilusionista de São Bento. A situação irregular emergiu, o regime apressou-se a criar um cordão sanitário em torno do primeiro-ministro, alegando erro dos serviços administrativos, e por fim, cereja em cima do bolo, Passos Coelho, o magnânimo, decidiu mostrar ao país toda a sua generosidade e pagou a sua dívida, apesar de, e aqui partilho das dúvidas do perigoso cata-vento Rebelo de Sousa, ser difícil de perceber como se paga voluntariamente uma dívida já prescrita que, por ter prescrito, deixou de existir.

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