Manuel Pinho, criminoso assumido

É a impunidade a bater recordes olímpicos. Manuel Pinho, socrático e avençado de Ricardo Salgado, assume, com a leveza de quem acordou e se lembrou de se ter esquecido da roupa na máquina por estender, que afinal cometeu vários crimes de fraude fiscal, prática comum – garante – no universo BES.

Mas está muito arrependido.

E ainda vai aparecer um idiota útil qualquer a louvar o arrependimento do criminoso.

Há sempre um idiota assim. É o irmão mais novo do idiota do “rouba, mas faz”.

O Expresso faz 50 anos, o saco azul que o GES usou para comprar jornalistas faz 7

Ora aqui está uma boa ideia para as festividades em torno da celebração dos 50 anos do Expresso: divulgar a lista dos jornalistas que recebiam subornos do saco azul de Ricardo Salgado. Imaginem vocês quem é que não terá sido apanhado lá no meio para se abafar a coisa desta maneira.

Ricardo Salgado e a ala psiquiátrica de Caxias

Irmgard Furchner, uma alemã de 96 anos que, aos 18, era secretária no campo de concentração de Stutthof, começou esta semana a ser julgada por alegadamente ter contribuído para a morte de 11412 vítimas da barbárie nazi. Atrás da secretária.

Furchner não é a primeira nonagenária a ser chamada pela justiça alemã, pese embora as dúvidas sobre o seu envolvimento directo naquelas mortes. Tinha 18 anos, estava, como a maior parte dos alemães daquele tempo, brainwashed pela propaganda nazi, cumpria as ordens – administrativas – que lhe eram impostas e é pouco provável que tenha disparado algum tiro ou ligado as câmaras de gás. Apesar de tudo isto, a justiça alemã não teve dúvidas nem vacilou. A justiça é para cumprir e os alemães não brincam. Talvez isso ajude a explicar muita coisa.

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À custa das nossas possibilidades

NB

Ricardo Araújo Pereira sintetizou o embuste na perfeição, numa das últimas edições do Governo Sombra: imaginem que eu tenho um quilo de maçãs, que me custou 2€, e vendo-o a uma pessoa, que eu não sei quem é, por 1€. E essa pessoa diz-me assim “tens 1€ que me emprestes?”, para me pagar o euro. Eu empresto, e depois peço ao fundo de resolução o euro que falta.

Não, não é nada estranho. Acontece todos os dias, em todo o lado onde o capitalismo é quem mais ordena. Desta vez soube-se, porque, convenhamos, o Novo Banco é um banco em decadência, desde a sua criação, e há muito dinheiro dos cofres públicos que se perdeu por lá, para não falar no Salgado, no Sócrates e nos restantes indivíduos que pilharam o GES, depois do GES ter pilhado meio mundo. E quando estamos a falar de pessoas e entidades caídas em desgraça, a coragem dos holofotes mediáticos tende a aumenta substancialmente. [Read more…]

Universo Espírito Santo – Acusação

Balcão do Banco Espírito Santo na Rua Augusta, Lisboa (2014).

Balcão do Banco Espírito Santo na Rua Augusta, Lisboa (2014)

A 14 de Julho foi tornada pública a acusação do “Caso BES”. A imprensa tem vindo a debitar partes desta acusação ao longo dos últimos dias. No entanto este é um documento importante para referência futura. Penso, por isso, que deve estar disponível na integra, livre para ser estudado e interpretado por todos, agora e no futuro.

Pode fazer o download na ligação seguinte:


2020-07-14 Despacho de Acusação BES

A porta rotativa nunca mais será a mesma

A julgar como certas a informações divulgadas pela imprensa portuguesa, Ricardo Salgado terá escrito um livro de memórias, durante o confinamento de luxo que viveu durante estes seis anos, durante os quais decorreram os vários processos que o visam directamente. Estou expectante, e até disposto a desembolsar mais alguns euros, para ler a vingança do banqueiro. E imagino a quantidade de políticos a quem não deve caber um feijão, perante a possibilidade de verem as suas traquinices público-privadas expostas em praça pública. A porta rotativa nunca mais será a mesma.

Cavaco Silva deve uma explicação ao país. Sem bolo-rei na boca

CSRS

Já era conhecido o papel determinante de Ricardo Salgado e de outros aristocratas da família, nas duas eleições ganhas por Cavaco Silva para a presidência da República, na qualidade de principais patrocinadores das campanhas eleitorais do político mais político da história da política portuguesa. Já é longa, a relação que une Cavaco e Salgado.

Hoje ficamos a saber que esse financiamento, pelo menos no que à eleição de 2011 diz respeito, terá sido canalizado através da ES Enterprises, também conhecido como saco azul do GES, sediado nas paradisíacas e fiscalmente evasivas Ilhas Virgens Britânicas. Compreendem-se agora um pouco melhor as declarações de Cavaco, na antecâmara da queda do império Espírito Santo, quando assegurava que os portugueses podiam confiar no BES. Cavaco não tinha razão de queixa. [Read more…]

Cavaco Silva, o (alegado?) financiamento ilegal do saco azul do GES e as questões que se impõem

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Era uma vez um saco azul chamado ES Enterprises. Um saco azul que serviu, segundo a investigação da Operação Marquês e do caso EDP, para financiar ilustres figuras da nossa praça, como Zeinal Bava, Manuel Pinho ou o incontornável José Sócrates, e um conjunto de jornalistas, por ele avençados, caso que foi revelado pelo escândalo Panama Papers e que o Expresso anunciou com toda a pompa, apesar de, até à data nada mais ter dito a esse respeito. Seria aquele animado grupo que foi esquiar a convite do BES? Não sabemos. Ou será que sabemos? [Read more…]

A Operação Marquês segundo a SIC

Nos últimos dias a SIC emitiu uma série de reportagens sobre a Operação Marquês. Ficam aqui, para vossa conveniência, essas reportagens:

2018-04-16 – Arguidos da Operação Marquês têm até 3 de setembro para pedir abertura da instrução

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Aventar Podcast
Aventar Podcast
A Operação Marquês segundo a SIC







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2 pesos e 2 medidas é que não pode ser, explicações precisam-se…

54 mil Euros pagos em 6 prestações a 3 familiares entre 2009 e 2011, por alguém que tem declarados rendimentos de trabalho dependente na ordem dos 200 mil Euros não parece à primeira vista um assunto de grande relevância. [Read more…]

Panama Papers: à terceira será de vez, Expresso?

Em menos de uma semana, os famosos papéis do Panamá regressaram ao Expresso. Estranhamente, ainda não foi desta que a igualmente famosa lista de jornalistas avençados pelo saco-azul do GES deu à costa. Ontem foi a vez de José Sócrates, o homem que está em todas, cujo nome, avança o Expresso, foi incluído no relatório da Comissão de Inquérito do Parlamento Europeu sobre os Panama Papers. De estranhar seria se não fosse, ou não tivessem sido eles, os papéis, o momento Eureka da Operação Marquês. [Read more…]

Ricardo Salgado e Cavaco Silva

Desenganem-se aqueles que julgam que daqui sairá alguma acusação de que Cavaco Silva foi um politico corrupto, até porque todos sabemos que seria preciso, ao comum dos mortais, nascer duas vezes para ser mais honesto que o político mais político de todos os políticos, que apesar da sua condição gosta de falar dos políticos e da situação deste país como se não fosse nada com ele.

Acontece que, e à luz dos mais recentes desenvolvimentos em torno da operação/processo/caso Marquês, sabemos hoje que existem fortes indícios – vá, vamos todos fazer de conta que respeitamos o princípio da presunção da inocência – de que Ricardo Salgado abriu os cordões à bolsa para corromper grandes figurões como José Sócrates, Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, apenas para citar alguns nomes. E que, para aqui chegar, foi preciso mover mundos e fundos, que levantam questões pertinentes sobre aquilo que parece a microscópica ponta de um gigantesco icebergue. [Read more…]

Operação Marquês e Panama Papers: e a lista dos jornalistas avençados, pá?

Era uma vez uma lista de jornalistas, avençados por um saco azul do GES. A lista, parida por um papel do Panamá, fez correr rios de tinta, originou indignações e debates acesos, prometeu mundos, fundos e um escândalo sem fim, até que se perdeu, entre as brumas da memória.

Já lá vai cerca de ano e meio desde que o Expresso soltou a bomba. Desde então, os Panama Papers perderam relevância noticiosa, pelo menos por cá, e já quase ninguém se lembra deles. São uma recordação longínqua, armazenada algures, entretanto substituída na ordem do dia pela sucessão de grandes questões que todos os dias emergem, sejam elas a crise na Catalunha ou a aventura de Madonna, na sua incessante busca de residência fixa na Lisboa das rendas exorbitantes. [Read more…]

O Expresso perdeu o pio há 345 e meio

O print screen que abre estas linhas foi sacado hoje, pelas 13:50h, quando esta posta acabou de ser escrita, pelo que se encontra já desactualizado. Trata-se do contador criado pela página de Facebook Os truques da imprensa portuguesa, que hoje regista a passagem de 345 dias e umas quantas horas, minutos e segundos desde que o Expresso anunciou a famosa bomba, que dava conta de uma lista de jornalistas avençados pelo saco azul do GES, revelada no âmbito do escândalo Panama Papers. Uma bomba que nunca detonou e sobre a qual o Expresso continua a recusar qualquer tipo de explicação objectiva. [Read more…]

Morreu Francisco Canas

Denunciante do testa de ferro do GES, personagem chave do caso Monte Branco.

Será que algum dos avençados dos Panama Papers ameaçou cortar a publicidade ao grupo Impresa?

Impresa

No dia em que se assinalam 100 dias desde a promessa do Expresso de revelar a lista dos jornalistas e políticos avençados pelo saco azul do GES, recupero este recorte que encontrei na página Os truques da imprensa portuguesa e que parece revelar algum aperto financeiro para os lados do império Balsemão, isto apesar do “prémio extraordinário de mérito de carreira” atribuído ao administrador Pedro Norton, no valor de 583 mil euros. Perante este sinal de aparente fragilidade nos cofres do maior grupo de comunicação social do país, vem-me à memória aquele célebre episódio em que Ricardo Salgado decidiu fechar a torneira da publicidade ao grupo Impresa e que me leva à seguinte conclusão, um tanto ou quanto conspirativa, reconheço: terá a lista do saco azul do GES nos Panama Papers algum grande financiador de publicidade no grupo de Balsemão para que, 100 dias depois, continue abafada?

100 dias depois, o Expresso continua em silêncio

PP

As horas passam, os dias passam, as semanas passam, os meses passam e não tarda muito começarão a passar os anos também. Era o grande escândalo do século, tudo que era cão grande estava lá metido, havia um saco azul do GES para pagar avenças a jornalistas e a grandes figuras de Estado e o colapso do sistema espreitava ao virar da esquina. O relógio, esse, não mais parou de contar. [Read more…]

Uma palmadinha na mão de Ricardo Salgado

RSCC

Ver Ricardo Salgado a ser condenado pelo Banco de Portugal a pagar uma multa de 4 milhões de euros, como pena pela venda de papel comercial do GES a clientes do BES, mostra que o ex-Dono Disto Tudo ainda é o Dono de Muita Coisa. Ricardo Salgado chegou a receber “presentes” de 14 milhões de euros, de José Guilherme. Para Salgado, 4 milhões de euros é um valor simbólico, uma mera palmadinha na mão.

A venda de papel comercial do GES, um grupo falido e que nada valia, lesou mais de duas mil pessoas, a quem o ruinoso negócio roubou um total de cerca de 500 milhões de euros. Muitas das pessoas que foram enganadas e levadas a subscrever o negócio perderam as poupanças de toda a sua vida de trabalho. Ver Salgado a livrar-se deste problema, pagando 4 milhões de euros, equivale a dizer que, efectivamente, o crime compensa.

E é nestas alturas que dá jeito ter Carlos Costa como governador da entidade que supervisionava a actividade de Ricardo Salgado e que, agora, livra o ex-banqueiro desta situação com uma multa simbólica. Apesar da sua absoluta inutilidade como regulador da actividade bancária, Carlos Costa foi sempre defendido pelo PSD, que escolheu reconduzir o Governador no cargo, enquanto durou o Governo de Direita. Aliás, não foi por acaso que o jurista que saiu em defesa de Salgado, no caso do “presente” de 14 milhões de euros, foi João Calvão da Silva, o homem que Passos Coelho escolheu para Ministro da Administração Interna, após as Legislativas de 2015.

Entretanto, os lesados do BES poderão vir a perder cerca de metade de todo o dinheiro que perderam com a compra do papel comercial do GES, o que, para muitas famílias, poderá ser ruinoso. Quanto a Ricardo Salgado, apesar da multa simbólica, a defesa do ex-líder do BES já anunciou que irá recorrer da sentença aplicada pelo BdP. Na prática, isto significa que há fortes probabilidades de que a multa de 4 milhões de euros será reduzida para um valor bem inferior.

Dá que pensar, não dá?

Via Uma Página Numa Rede Social

BES, Banif e a inutilidade do Banco de Portugal

Banksters

A banca portuguesa é sempre sólida e generosa com os seus administradores e accionistas até ao dia em que a bolha rebenta e os comuns mortais são chamados para a resgatar dela própria, sem que nunca se encontrem culpados ou se confisque o resultado da pilhagem da mafia bancária. Eles comem tudo, não deixam nada e ainda ficamos nós sem nada que comer. [Read more…]

Ricardo Salgado refugia-se no desconhecimento

salgado

© Bruno Colaço (http://bit.ly/1MNVOe2)

Há três meses, Ricardo Salgado apareceu na Assembleia da República em excelente forma:

Acção, Abril, accionistas, acções, actas, actividade, activos, actuação, actuações, afectava, afecto, correctas, Dezembro, directa, directamente, directo, efectivamente, efectuar, incorrecto, injectar, interacção, Janeiro, Julho, Junho, Maio, Março, Novembro, objectivo, objecto, Outubro, percepção, perspectiva, perspectivas, projecção, projecto, protecção, protectora, respectiva, respectivos, ruptura, Setembro.

Contudo, hoje, apesar dos nomes dos meses (“em  2  de  Julho  de  2014”, “em 2 de Março de 2015”, “em  3 de Agosto de 2014”, “em 23 de Julho de 2013”, “19 de Março de 2015 “) e de outras excelentes formas ortográficas (“em  todos  os  actos“, “acções da Tranquilidade”, “sobre  as acções“, “novos accionistas“, “respectiva  composição”, “protecção  do  animal”, “actividade financeira”), algumas delas em citações, Ricardo Salgado ensaiou uma mistura ortográfica extremamente perigosa, com “injeção de fundos  privados”, “ativos“, “retificação“, “correção“, “objetivo“, “prospeto” e outras infracções grafémicas.

Salgado disse aos deputados: “Não pretendo – nem nunca pretendi – refugiar-me no desconhecimento”.  Infelizmente, refugiou-se e o resultado é aquele que sabemos. Lamentável, Dr. Salgado. Lamentável.

Sentimento de injustiça

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Sentimento de injustiça é vermos alguém ir a tribunal por roubar um pacote de polvo no supermercado, isto sem ser anedota, e assistirmos a uma mega fraude económica, com repercussão em todos nós, sem ninguém atrás das grades.

O Credit Suisse ajudou a vender milhares de milhões de dólares de títulos das sociedades veículo offshore, compostos maioritariamente por dívida do Grupo Espírito Santo, a clientes do Banco Espírito Santo, noticiou ontem o “The Wall Street Journal”. O jornal avança que o grupo bancário suíço terá ajudado a desenhar os títulos destas sociedades veículo, do GES, que foram posteriormente vendidas a clientes do BES.Citando documentos oficiais e fontes próximas do processo, o jornal diz que muitos dos clientes desconheciam que esses veículos tinham como activos a dívida das várias entidades que compunham o Grupo Espírito Santo e que, aparentemente, serviam de mecanismo de financiamento do império da família. A informação surgiu depois de, na apresentação dos resultados do segundo trimestre, o banco ter dado conta de quatro veículos de investimento que estavam fora das contas do banco e que tiveram de ser consolidados nas contas e obrigaram à constituição de provisões consideráveis. [i online]

Ricardo Salgado atrás das grades? Espírito Santo seja louvado!

Prisa

(faço votos para que passes a ver o sol neste enquadramento Ricardo. Mas se puder ser pior, fica já aqui a garantia que rezarei 2 tercinhos ao Espírito Santo, ok?)

O mais certo é estar cá fora dentro de algumas horas mas no momento em que escrevo estas palavras, o destacado terrorista financeiro Ricardo Salgado está detido para interrogatório o que, enquanto contribuinte que alimentou parte da actividade criminosa da família deste sujeito, só me pode encher de felicidade. Agora que o império se desmorona, o homem que o DCIAP garantia há um ano e meio não ser suspeito na investigação do caso Monte Branco/Akoya volta a encontrar-se com a justiça no âmbito do mesmo caso. Faço votos que passe lá o resto da vida e, se possível, que alguns dos seus familiares pertencentes à mesma célula terrorista lhe sigam as pisadas.

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BES providencial

A procissão do BES ainda vai no adro e já as intenções de voto no PSD+CDS sobem, enquanto Passos reafirma a «desnecessidade» do Governo em resgatar o Grupo Espírito Santo.

Banco de Portugal garante que o BES está sólido

bes-solido
O Banco de Portugal reafirmou ao Expresso que a situação no BES está sólida. Porque é que haveríamos de duvidar?

Pânico na Comporta

bolsa

A CMVM acaba de suspender a negociação das acções do BES na bolsa de Lisboa. Para além de uma acentuada queda dos títulos do banco na ordem dos 17%, que arrastou consigo o PSI-20 que seguia a perder 4%, ficamos também a saber que a exposição do BES ao GES é de cerca de 980 milhões de euros. Riscos sistémicos? Naaaa, está tudo bem! Não vai custar um cêntimo aos contribuintes. Mas pelo sim pelo não, alguém avise a Dona Inércia que poderá em breve deixar de ganhar tanto como o Ronaldo…

Alguém quer vir brincar aos pobrezinhos para a Comporta?

Asneira, da grossa

Dá-se o caso de a Oi não fazer parte do clube de amigos encostados ao Estado Português e a viver dos impostos pagos por alguns portugueses. Por essa razão, a decisão da PT emprestar 900 milhões de euros ao GES, ou seja, cerca de metade dos seus activos, não passará em claro, como aconteceria se estivéssemos perante uma bpn-íce, na qual até se tornou em problema público o que era um buraco privado.

Venha ou não a dar-se o caso do GES conseguir pagar o empréstimo, e falido como está as probabilidades de não pagar são elevadas, nunca uma administração digna desta designação aprovaria este empréstimo. E o curioso é que não aprovou. Este empréstimo foi autorizado sem ir a conselho de administração. Parece que há uma coisa a que se chama de Regulador, o BdP, e outra designada CMVM, questões de formalismo que em nada impedem as negociatas, como é bem patente neste caso. Eventualmente haverá uma outra coisa a que alguns chamam de Justiça e que terminará em prescrições e sem consequências, como vem sendo hábito.

Não se tratasse de uma empresa estrangeira e já os nossos bolsos estariam a arder, como nos swaps e nas rendas eléctricas. Preocupante é que tratando-se do país que é, Portugal, e do banco que é, o do regime, espera-se o pior, que a abundante promiscuidade entre banca e política encontre forma de resolver o problema deles indo-nos ao bolso na mesma.

Cereja no topo do bolo da novela Espirito Santo?

O Estado venezuelano tornar-se accionista “relevante” do GES. Avante camaradas!

Trapacices financeiras em offshore

Paraíso Fiscal

No labirinto da trapacice financeira, todos os dias são um rebuliço. Lê-se hoje nos jornais cá do Rectângulo, que o todo-poderoso Ricardo Salgado e o seu protégé Amílcar Morais Pires, homem de currículo que se impõe, poderão ter recebido pagamentos, na ordem dos milhões de euros, directamente do BES Angola. Sim, esse mesmo, o tal que “perdeu rasto” a 5,7 mil milhões de euros.

Ao que tudo indica, os dois terão recebido 27,3 milhões de euros, através de duas empresas, a Savoices e a Allanite, empresas essas que constam na lista de clientes da Akoya, a empresa de gestão de fortunas no epicentro do caso Monte Branco. A quantia terá sido transferida pelo BES Angola para contas bancárias na Suíça. Trapacice financeira que é trapacice financeira tem que ter offshores pelo meio.

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O labirinto do verdadeiro poder

BES

Segundo o Expresso, a Portugal Telecom investiu, já durante o ano de 2014, 900 milhões de euros no Grupo Espirito Santo. À primeira vista parece simples mas não é, pelo menos para mim que sou leigo nestas coisas da trapacice financeira. Ler uma notícia destas, para mim como para a esmagadora maioria dos portugueses, é como estar perdido num labirinto de bancos e sociedades gestoras de participações, onde quase todos são accionistas uns dos outros e em cujos conselhos de administração abundam destacadas figuras dos 3 partidos do arco da governação, não vá ser preciso um “empurrãozito” aqui ou acolá.

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E quanto tempo demorou este circo?

Absolvidos todos os arguidos do caso Portucale

Mais um rato parido pela justa montanha. Agora é de pedirem indemnização por terem sido perseguidos estes anos todos.