António José
#2 – Quanto acordo é isto…
ou isto se deslizar umas escassas dezenas de centímetros… [Read more…]
Expor ao vento. Arejar. Segurar pelas ventas. Farejar, pressentir, suspeitar. Chegar.
ou isto se deslizar umas escassas dezenas de centímetros… [Read more…]
Duas petições antagónicas, qual vai ganhar?
A jota anda distraída ou o pote leva-lhes o tempo todo?
Ao ler a segunda, tive que olhar bem para o URL para confirmar que não tinha à minha frente o Inimigo Público.
Cavaco largou mais uma pérola. Para o nosso odioso e odiado Presidente da República, e quiçá para os seus incompetentes assessores de imprensa (qualquer assessor de imprensa já teria dito ao home para estar calado), a polémica gerada por um primeiro-ministro incumpridor ao estado que dirige é ‘cheiro a campanha’ e um ‘jogo político-partidário’ (‘que ele ainda sabe distinguir muito bem’ do que é realmente importante – a banalização da falha cívica do agora primeiro-ministro, na altura, ex-deputado da nação por parte daquele que tem, por ofício, a primária obrigação de zelar pelo estado português é no mínimo indigna, assustadora, reveladora do proteccionismo que Cavaco sempre demonstrou em prol deste primeiro-ministro e contrasenssual ao discurso dos sacrifícios que tanto um como o outro fartaram-se de apregoar e exigir aos portugueses nesta legislatura.
(Com Carlos Cerqueira)
No dia internacional da mulher, o dia em que se lembra que a luta das mulheres por uma vida digna, por direitos iguais não está ainda, apesar de longa, terminada, o Jazz faz Noite ** celebra as vozes femininas do jazz que cantam temas sobre as mulheres. Dos que falam do amor e dos desgostos do coração, próprios de todos, mulheres e homens, aos que nos dizem que as mulheres tudo podem ser e fazer, como os homens.
Este Jazz faz Noite encerra, no entanto, com Bread and Roses, interpretado por Judy Collins, que não é uma voz do jazz. Mas essa luta das mulheres por salários dignos e iguais, que essa canção e o poema (abaixo traduzido por mim) de James Oppenheim nos recordam, não pode e não deve ser esquecida em nenhum 8 de março ou noutro dia qualquer do ano.
As mulheres querem pão e rosas, como os homens, ‘porque os corações morrem de fome’ exatamente como os corpos. [Read more…]
Quando preciso de alento (a que outros chamam esperança) releio Albert Camus. Há nos seus textos, e até mesmo nos mais tardios, uma combinação benfazeja de propriedades apaziguadoras dos inquietos, o sopro da verdade profunda que apenas a arte diz, a voz dessa sabedoria sem época. Um dos seus livros que prefiro é L’été (O Verão), originalmente publicado em 1959. Trata-se de uma compilação de pequenos textos, e num deles, intitulado O exílio de Helena, Camus detém-se no lugar da Grécia na Europa.
Há nos territórios (e numa certa e relativa medida também nos seus passados) da Grécia e de Portugal uma espécie de insuportável beleza do Mundo que aproxima os seus povos: gentes nascidas na angustiante superlativa beleza de lugares que se habituaram a abandonar, para procurar noutras partes do Mundo os modos de vida que nos seus países não têm aparente vontade de erguer. Bastará dizer que, no caso da Grécia, foi um país que teve retornados (em significativa quantidade, comparável à de antigos impérios) sem ter sido colonizador.
Quando Camus refere «o nosso tempo», é evidente que o seu tempo (dele Camus) não é o nosso, mas ao mesmo tempo é, nesse pós-guerra em que escreve Camus que é em certa medida o nosso também. Outros textos dessa recolha chamada O Verão foram escritos antes da Segunda Grande Guerra, outros ainda muito depois do seu término, mas na essência não importam as datas: em pano de fundo está a guerra, e a supremacia pragmática e impositiva da razão técnica sobre a vontade, que é o que vivemos por estes dias. | S.A.
Albert Camus, L’été, «L’exil d’Hélène», 1948
[tradução rápida da autora deste post]
«O Mediterrâneo tem a sua própria tragédia solar, que não tem nada a ver com a das névoas. Certos fins de dia, no mar, junto ao sopé das montanhas, a noite cai na delineação perfeita de uma pequena baía e, provinda das águas silenciosas, emerge então uma plenitude angustiada. Apenas estando lá podemos compreender até que ponto os gregos conheceram o desespero através da beleza, e do que ela tem de opressivo. É nessa infelicidade dourada que a tragédia culmina. (…)
Forçámos a beleza ao exílio, e os gregos limpam as armas para defendê-la: eis uma primeira diferença, que no entanto vem de longe. [Read more…]
Parto do princípio que o cidadão Pedro Passos Coelho terá neste momento regularizada a sua situação com a Segurança Social, tal como milhares de cidadãos portugueses eventualmente poderá ter incorrido em incumprimentos, ficou sujeito a coimas, juros, eventualmente terá beneficiado de prescrições, tudo dentro da legalidade.
Mas Pedro Passos Coelho não é um normal cidadão. Ocupa a função de Primeiro-Ministro e lidera um dos principais partidos portugueses. Quando António Guterres bateu com a porta e afirmou que atrás dele estava o pântano, não poderia ser mais premonitório. Durão Barroso, Pedro Santana Lopes, José Sócrates e agora Pedro Passos Coelho descambaram a política lusa a um nível rasca, jamais visto ou sequer imaginado na choldra em que transformaram o rectângulo. E olhando para o seu mais que provável sucessor, não parece que a coisa venha a melhorar nos próximos anos. Não se admirem, isto resulta do somatório dos jardins de infância laboratórios partidários onde se formam quadros, vulgo jotas, ao estado a que isto chegou excessivo peso do Estado, com inúmeros lugares para distribuir pelos boys de serviço ao governo de turno. [Read more…]
Há umas semanas, algures entre o Teams e o Zoom, o cronista apresentou, entre outros artigos, os New Methods for Second-language (L2) Speech Research, do Flege — e achou curiosa a serendipidade do próximo parágrafo que lhe caiu ao colo, o dos new methods do nosso querido Krugman. A serendipidade. Nada encontrareis igual àquilo. Nada. Garanto. […]
Como escreve Natalie B. Compton, “um urso fez uma pausa para uma extensa sessão fotográfica“. Onde? Em Boulder, CO, nos Estados Unidos da América.
N.B.:
Debate político entre Aventadores. A Esquerda, a Direita, e não só.
A actualidade em análise com as opiniões dos participantes no Aventar sobre a actualidade.
Debate sobre política, sociedade, actualidade, entre outros.
As músicas escolhidas pelos participantes do Aventar com espaço para entrevistas e apresentação de novas bandas, tendências e sonoridades.
Aqui reinam as palavras. Em prosa ou poesia. A obra e os autores.
Rotura? Rotura incide sobre o físico (ligamentos, canos). Ruptura, sim, diz respeito à interrupção da continuidade de uma situação. Ruptura, portanto. *Rutura não existe.
O analfabetismo tem 292 809 pessoas, enquanto no Porto há menos de 232 000 (dados de 2021).
O assunto é tão grave que até partilho um artigo do Expresso.
Amanhã, em Liège, no Reflektor, Thurston Moore Group (com Steve Shelley). Depois de amanhã, em Courtrai (Kortrijk, no original), Lee Ranaldo, com os fabulosos The Wild Classical Ensemble. Só nos falta a Kim Gordon.
Pais pedem aulas extra para compensar efeitos das greves de professores
o Novo Banco começou a dar lucro. 561 milhões em 2022. E tu, acreditas em bruxas?
Durão Barroso não é nem padre, nem conservador: é José, não é [xoˈse], pois não, não é. Irá casar-se (com alguém). Não irá casar ninguém.
no valor de 3 milhões de euros, entraram no país de forma ilegal? Então o Bolsonaro não era o campeão da honestidade?
fixou o preços dos bens essenciais, em 1980, para combater a inflação. O nosso Aníbal já era bolivariano ainda o Chávez era uma criança.
Enforcamento, ataque cardíaco e quedas de muitos andares ou lanços de escadas, eis como se “suicidam” os oligarcas na Rússia contemporânea. Em princípio foram gajos da CIA. No Kremlin são todos bons rapazes. Goodfellas.
Retirar “referências racistas” dos livros/filmes de 007? Qualquer dia, ”Twelve Years a Slave” ou “Django Unchained” serão cancelados.
Foi para isto que vim ao mundo? Estava tão bem a baloiçar num escroto qualquer, tão descansadinho.
E uma linguista chamada Emily M. Bender está preocupada com o que irá acontecer quando deixarmos de nos lembrar disto. Acrescente-se.
Foto: New York Magazine: https://nym.ag/3misKaW
Exactamente, cacofonia. Hoje, lembrei-me dos Cacophony, a banda do excelente Marty Friedman. Antes de ter ido para os Megadeth, com os quais voltou a tocar anteontem. Siga.
Oh! E não se atira ao Pepê? Porquê? Calimero, Calimero. Aquele abraço.
O que vale é que em Lisboa não falta onde alojar estudantes deslocados e a preços baratos.
Onde? No Diário da República e no Porto Canal. That is the question. Whether ‘tis nobler in the mind to suffer… OK.
Maria de Lurdes Rodrigues escreveu uma crónica intitulada “Defender a escola pública”. Em breve, uma raposa irá publicar um livro intitulado “Defender o galinheiro”
Lição n.º 1: Concentrar elementos do mesmo campo semântico. Exemplo: “Erguemos os alicerces necessários para podermos afirmar hoje, com confiança, que não começámos pelo telhado. A Habitação foi sempre uma prioridade para nós“.
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