É quanto vale para o PS a Cultura. No Orçamento do presente ano vale 0.4% do PIB e em 2008 valia 1%. Felizmente que já não vai poder decidir sozinho se não íamos ficar sem Cultura no Orçamento, grande medida para baixar a despesa do Estado.
É por isso que os nossos monumentos, Património Mundial, estão tão mal tratados, que os nossos teatros, como diz a Carla, são entregues a espectaculos mil vezes vistos, que não há apoio a jovens artistas .
Mas só para consultores estão lá inscritos 400 milhões, não vá faltar consultorias a dizer o que é preciso para convencer o pagode. Isto é de uma pobreza que mata, isto só pode vir de alguem que não lê um livro e que não vai a um museu, como é que se esquecem os nossos monumentos magnificos, velhos de séculos, é assim tão dificil perceber que podemos ter um turismo fluorescente só à volta do nosso património histórico? Que poderia pagar a manutenção e as melhorias nesta área em que somos tão ricos?
Por essa Europa fora, nas visitas ao património, tudo é de um profissionalismo que só pode emergir do grande amor que se tem pela Cultura do país, há uma política cultural que está bem presente nas organizações das visitas e dos espectaculos. Aqui a Cultura não só desapareceu do orçamento como o próprio ministro anda há muito desaparecido .
Agora temos uma política assaz curiosa. As empresas de construção civil são obrigadas a contribuir para a reabilitação do património. Como fazem? O custo fica logo no preço pago nas adjudicações ?
A cultura tem valido sempre muito pouco nos distintos governos. E a falta de amor à cultura é um tema antigo neste país. Não se vê grande indignação com esse abandono da cultura e com a dormência do Ministério da Cultura (quanta gente sabe o nome do ministro que substitui Isabel Pires de Lima?). 0,4 é vergonhosamente ilustrativo desse desprezo.
O problema também está nos portugueses que dedicam muito pouco do seu tempo na procura, visita, …e como a solicitação portuguesa é pouca vão deixando andar a coisa e o turismo português não passa de um restaurante aqui, uma feira acolá, … qual ver pedras, lugares mágicos, falar com pessoas… isso é coisa de gente que não tem mais nada que fazerEm Campo Maior existe um posto de turismo que há mais de um ano mudou de sítio… demorei 1h30 para o localizar porque ninguém me sabia informar… afinal há mais de um ano que estava provisoriamente na biblioteca e, quando lá cheguei (às 12h15m) informaram-me que tinha fechado pelas 12h portanto que voltasse pelas 14h… farta de ter dado tantas voltas à estátua do Comendador rumei para Elvas (gente simpática no turismo) e depois fiz-me a Badajoz..
O ministro que substituiu Isabel Pires de Lima? Pensei que a pasta estava sem titular desde que ela saiu!
Pois, Ricardo, está tudo dito. É o José Pinto Ribeiro.
Eu sabia. 🙂
calculei que sim, depois da previsão da remodelação ministerial que publicaste
De facto, é difícil encontrar na história da pasta da Cultura um ministro tão medíocre. Há quem diga que foi nomeado por engano, devido a uma confusão de nomes. Se não houve engano no nome, houve, por certo, equivoco sobre a sua capacidade.