Isto começa a acontecer com uma realidade que os meus trinta e cinco anos pouco conheciam. Em Julho um amigo, agora o Zé Paulo, outro enorme amigo.
Se a saudade do Adriano foi e é uma coisa para qual não encontro muitas definições, também sinto muitas dificuldades em escrever sobre o Zé Paulo.
Com ele partilhei horas e horas de conversa. Um sindicalista brilhante, um revolucionário em permanência que se batia com toda a força pelas suas ideias.
Ensinou-me o que só os professores de História podem ensinar: o tempo presente é sempre muito “presente”. Temos que olhar mais longe e procurar ser optimista. Há coisas que não se vão resolver hoje. Nem tão pouco amanhã.
O Zé Paulo é um Homem Livre. Não pertencia a grupos nem se deixava amarrar a rótulos.
No que me diz respeito também me marcou muito a forma como ele vivia o BENFICA! Era um verdadeiro BENFIQUISTA! Dizia ele que este não era o Benfica que ele conhecia. O verdadeiro, esse, teria como suplente o Simão. Todos os outros, os mancos do presente, nem para apanha-bolas. O que a gente se riu com as misérias vermelhas!
Também era do Zé Paulo a “Página da Educação“. Um projecto muito interessante que nos marcou a todos! O número dois da revista está pronta a sair – ele “fez o favor” de nos dar esse previlégio antes de partir.
O que dizer mais?
Todos os dias perdemos um pouco mais de nós. Sinto em relação ao Zé Paulo, aquilo que senti em relação ao Adriano. Fui um sortudo em ter vivido com eles. Em ter aprendido com eles.
Espero que consigam, aí em cima, ajudar-me a ser FELIZ.
Obrigado Zé Paulo. Até um dia!
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