Sou internacionalista – por convicção não sou muito dado a estas coisas de países, de pátrias. Há povos, há culturas, mas não há divisões. Só deve haver uniões e pontes.
Quase sempre o que nos une é muito mais do que aquilo que nos separa. Já o escrevi aqui no Aventar que me mete uma tremenda confusão como é que deixamos, tranquilamente, morrer gente do outro lado do “rio Mediterrâneo” apenas porque nasceram do outro lado. É um determinismo que não compreendo e não aceito.
Seria por isso absolutamente favorável à chamada do Liedson à selecção de futebol (prefiro isto a selecção de Portugal).
Seria, mas não sou.
Para ganhar e apenas ganhar já tenho um clube. Não preciso de outro. A selecção deve ser algo de diferente – tem que ser amor, paixão, dedicação e nunca interesse. Se um jovem vem com os pais de outro país e cresce em Portugal, é português. Se um desses jovens que os nossos clubes vão buscar ainda meninos aos países do terceiro mundo, aceito com reservas, mas o.k..
Convocar um cidadão que ao fim de uns anos se sente identificado com o país e que por isso se naturaliza… Não simpatizo com a convocação, mas ok…
Agora… pedir a naturalização porque a equipa de futebol do país onde trabalha tem pouca gente para marcar golos. Isso não posso aceitar.
Escrevo este post depois do Liedson ter marcado o golo que nos permitiu não perder na Dinamarca.
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