Ouço o silêncio
dos olhos que se fecham
na falta de esperança.
Amo o silêncio
das cores vivas e do sonho
que nos tece a alma
entre a vida e a morte.
Dói-me o silêncio negro
dos gritos proibidos
e sinto o dourado silêncio
dos gestos da noite
que nos abrem os olhos.
Amargo o silêncio
das horas sem brilho
e vivo o silêncio do mar
que risca na areia a força vencida.
Assumo o silêncio sagrado
da liberdade e da vida
e o silêncio de um céu de fogo
que nos abre a cova na terra fria.
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