Afinal temos um governo verdadeiramente socialista

Reparem.
O.K…. só mais um pouquinho.
Vá lá. Fechem a revista – eu espero. Isso, já minimizaram a janela das mamocas larocas do Ricardo Araújo Pereira na Playboy deste mês? Essa brasa que serviu de capa à ex-mítica revista da nossa juventude!
Então estão prontos para a defesa da honra deste governo e, ainda por cima, a defesa é feita por mim, que de honra nada sei. Quer dizer, até sei um pouquinho, mas isso fica para mais tarde.
Afinal o governo é realmente socialista – vejamos: a acção social escolar pretende, segundo a Visão, “garantir a igualdade de oportunidades de acesso e sucesso escolares a todos os alunos” e “adequar medidas de apoio sócio-educativo destinadas aos alunos inseridos em agregados familiares cuja situação económica determina a necessidade de comparticipações financeiras”. É também este organismo que é responsável pelo fornecimento de refeições em escolas de todo o país. ”

MarioLinoI

Pensem comigo: dar o dinheiro às famílias poderia ser um problema – elas não o saberiam gerir.
Dar de comer aos putos? Uma possibilidade, mas também não me parece que seja realmente necessário cumprir tal necessidade porque com a falta de papel higiénico nas casas de banho das nossas escolas, o melhor é mesmo não comer para não ter que perceber a sua ausência. [Read more…]

Coulrofobia é um estado ausente do aventar

Vejamos: o que pode ser melhor tema para uma noite na blogosfera do que o debate em torno de “A Zézinha no parlamento a vociferar contra alguém“?
Sendo que esse alguém pode muito bem ser ninguém, mas alguém o saberá, porque eu, um zé ninguém, nada sei de ninguém.
Agora imagine, caro leitor, agora que tirou o indicador esquerdo da narina direita, que chegava a casa, começava a tratar da sopinha e da caldeirada de raia (se me permitem, um intervalo, para dizer o quanto gostei de saborear este Bathoidea), ligam o canal x e: pasme-se, uma tia de direita óscula o provinciano (a definição é auto-biográfica) com um impropério digno de qualquer casa de chá da linha.
E eu, qual peixinho de aquário em gabinete de dentista, abro a boca de espanto: ai!
Olha… eu a pensar que a miúda que hoje vi à porta da escola a chamar peixeira à mãe de outra (sim, é verdade! A mãe da hostilizada é mesmo peixeira, isto é, vende peixe) era mal -educada.
Exemplos… Pois claro, também não me parece bem. Ou antes, seria muito pior se eu chegasse a casa e no noticiário das 20h visse a zézinha a óscular na face o ricardinho (não o nosso, claro, porque nós aqui no Aventar não sofremos de coulrofobia).
Sim. Pior do que isso só a raia cair mal, mas não há nada que um bom copo de coca-cola não resolva.

A senhora da DREC que nunca o foi e já não o é

Parece que a Directora Regional de Educação do Centro já não o é. Até parece que nunca o foi. Parece uma brincadeira? É mesmo. As Federações Distritais do PS da zona (Coimbra, Viseu, Guarda, parte de Aveiro e parte de Leiria) gostam muito de cargos, e trabalhar ao pé do Dolce Vita deve saber a muita gente como dolce vita. A anterior Directora reformou-se, e tudo leva a crer que em Lisboa não fizeram bem as contas à vida. Deviam saber que nestas coisas convém consultar as tais federações, e distribuir bem as prebendas. Na DREC como em todas as direcções regionais.

Noutra versão sobre os acontecimentos (e que me parece acumulativamente muito credível) havia um melindre:

O alegado melindre, explicou a mesma fonte, consiste no modo como lidaria a titular da DREC com o dossiê dos contratos de associação com o ensino particular depois de ter intervindo amiúde nesse domínio enquanto inspectora.

Ora conhecendo o peso político que o ensino particular tem em Coimbra (contratos de associação é aquela banhada em que o estado paga a um privado para aceitar alunos do público, a custos bem superiores), a pressão pode ter vindo também daí.

E agora siga a dança, com novos pares.

Actualização: as meninas é que sabem:

As meninas não têm andado com muito tempo para rescrever Uma Aventura da DREC. Mas a nossa prima,  que alterna à beira do Rodizio Real, garante  que Beatriz Proença saiu para entar Alcídio Martins Faustino,  que se levantou do governo civil de Viseu (onde foi chefe de gabinete e governador) para ceder o lugar a  Miguel Ginestal, o camarada que foi derrotado por Fernando Ruas e impedido por Sócrates de voltar para o Parlamento

..

Cara ou coroa?

O post de João José Cardoso sobre Miguel Sousa Tavares obrigou-me a algumas considerações.

 O Dr. Miguel Sousa Tavares tem uma habilidade, já muito antiga, para dar uma no cravo e outra na ferradura. Parecendo que é uma virtude, dado que pretende mostrar uma independência que não está nem do lado do cravo nem do lado da ferradura, não o é.

 E não o é, porque quem padece é o pobre bicho. Neste caso, eu não me importo de passar por bicho, e de a minha mente passar por ferradura.

 O Dr. Miguel Sousa Tavares não é um intelectual de meia tigela, como tantos outros. Se o fosse, eu não lhe daria o martelo nem submeteria a minha mente às suas marteladas. Por não o ser, e por escrever bem, eu leio-o, umas vezes com gosto e outras com desgosto. Com gosto, não pelo facto de estar de acordo com as minhas ideias, e com desgosto, não porque esteja em desacordo com as minhas ideias. [Read more…]

Porto!

Às vezes SABE BEM ser mauzinho

 

 /></a><br /> …existe beleza e utilidade — dizem que o macerado de urtigas é bom contra os pulgões.<br /> Colocar 500g de urtigas frescas ou 100g de urtigas secas em 10 litros de água durante dois dias ou então deixar curtir quinze dias.<br /> Aplica-se a primeira forma imediatamente sobre as plantas atacadas. A segunda, deve ser diluída, sendo uma parte da solução para 10 partes de água.<br /> Se alguém experimentar, gostava de saber o que aconteceu.</p> 		     	      </div> 		<br clear=

 

Aproveitando o facto de elas estarem a crescer desalmadamente e me inundarem o quintal, fiz hoje a primeira Sopa de Urtigas da minha vida. Ainda por cima, parece que as ditas fazem bem e são afrodisíacas.

É claro que não disse nada à família. Deixei-os comer a sopinha toda até ao fim e perguntei-lhes se tinham gostado. Hum, estava boa, disseram todos.

Era a minha deixa para desvendar o segredo. Já era tarde para protestos.

Home sweet home


Pois é, o Aventar está de volta ao WordPress, a sua casa de sempre. Ultrapassados os problemas com os «hackers» asiáticos, voltámos a encontrar o nosso lar, janota como sempre e imensamente cosmopolita. De onde estou, já vejo o Blasfémias e o magnífico Carlos Abreu Amorim. E mais atrás um bocadinho, ali está o Arrastão, sempre com o Daniel Oliveira no comando. Olha, é o 5 Dias! Olá 5 Dias, está tudo bem? E o Paulo Guinote, e o Aspirina… Ena, tantos senhores, já tinha saudades…
Realmente, o WordPress é um mundo e foi para esse mundo que nascemos. É uma relação perfeita, um amor que nem um indiano maroto pode matar. Nos nossos 9 meses de vida, comemorados com alguns dias de atraso, é realmente um prazer voltar a estas bandas.
A última palavra, essa, fica para o Sapo, que tão bem nos albergou nos últimos dois meses. Era uma casa pequenina, amistosa e confortável. Na Maria João Nogueira, encontrámos uma anfitriã excelente e que só merece o nosso agradecimento. Os Blogs do Sapo são bons, mas para um blogue normal.
O Aventar não quer ser normal. Quer mais, muito mais do que isso.

O assassinato politico, desmerecida punição

asmãos

Recebi ontem uma homenagem, criada por Carlos Loures e que, gentilmente, me dedicou, para assinalar as exéquias de Victor Jara, 36 anos depois da sua morte, realizadas em Santiago do Chile a 3 Dezembro do corrente ano, trinta e seis anos após o seu assassinato no Estádio Nacional do Chile. As suas mãos encantaram o povo, que andava sempre atrás dele, para ouvir as suas canções e lançar vivas a um operário que soube aprender música, crescer dentro de uma vida pobre, e ajudar à eleição de um Presidente. As mãos de Victor Jara não eram esguias, mas fortes; mãos de um trabalhador usadas para o romance, especialmente quando cantava a sua música: Te Recuerdo, Amanda, nome de uma das sua filhas. Nome de um dos seus amores. Mãos partidas e desfeitas pelas botas dos soldados que gritavam: canta agora! Um operário com voz que percorreu o mundo. Por temor, os cobardes torturadores esconderam o seu corpo, após dias de tortura, seguida de morte. Diz a história que a sua fortaleza permitiu que nenhum som de dor sai-se da sua boca, boca que sabia cantar mas não chorar.

Victor Jara vai enterrar após trinta e seis anos da sua morte

Victor Jara vai enterrar após trinta e seis anos da sua morte

Mãos proletárias que fizeram cantar o mundo. Durante o seu funeral, milhares de operários acompanharam-no ao longo de oito horas a andar até ao cemitério dos heróis do Chile.

[Read more…]

O circo saiu à rua num dia assim

Já tínhamos o “circo” da Fórmula 1, o “circo” em que se transforma, por vezes, o futebol nacional, o verdadeiro e real circo, aquele espectáculo de saltimbancos que corre o país de lés a lés.

Agora temos o “circo” do Parlamento. E com  direito a palhaçadas e tudo… Que dois belos minutos. Que dois belos exemplos. Será que estamos a pagar a deputados ou a artistas saltimbancos?

http://sic.sapo.pt/online/flash/playerSIC2009.swf?urlvideo=http://videos.sapo.pt/oI8zghL3Ws9mvmVzp3Hw/mov/1&Link=http://sic.sapo.pt/online/video/informacao/noticias-pais/2009/12/troca-de-insultos-entre-maria-jose-nogueira-pinto-e-deputado-socialista-ricardo-goncalves09-12-2009-.htm&ztag=/sicembed/info/&hash=FF3C1208-4291-4FCC-8A32-9B9AB0E99B57&embed=true&autoplay=false

Cepticismos

Se o novo Airbus A380 lhes caísse na sopa, haveria dois tipos de cépticos a dividirem a incredulidade entre si: os que fechariam os olhos para poderem afirmar não haver evidências e os que jurariam não existirem provas científicas a suportar a tese de que um Airbus pode cair num prato de sopa, especialmente no seu.

Ironias à parte, vem isto a propósito das mil e uma discussões acerca das alterações climáticas surgidas agora, em torno da Cimeira do Clima.

O problema é que as questões ambientais ultrapassam largamente as ( graves ) mudanças do clima.

A palavra-chave para discutir hoje o ambiente é sustentabilidade e as perguntas a que todos ( cépticos incluídos ) têm que responder são, por exemplo: O crescimento demográfico é sustentável? Os níveis actuais de consumo de bens e produtos nos países desenvolvidos são sustentáveis quando os chamados “países emergentes” atingirem outros patamares de riqueza? A ideia de desenvolvimento económico constante é sustentável? O crescimento económico baseado no aumento infinito do consumo é sustentável? A livre circulação de produtos – a ponto de uma mera refeição ser composta, muitas vezes, por alimentos provenientes dos cinco continentes – é sustentável?

A lista de perguntas poderia multiplicar-se. Mas é em relação às respostas que eu, nestes casos, sou céptico.

Copenhagen Diary: COP15 UN Climate Change Summit

É natural sermos desiguais…e é bom!

O nosso ADN é 99% igual ao dos nossos “primos” chimpanzés. É espantoso como o 1% que falta faz toda a diferença. Agora se pensarmos que este 1% é diferente nos milhões de seres humanos, tornando-os seres únicos, ninguem é igual a ninguem, percebemos que na verdade “é nos pormenores que está Deus” ! Nos pormenores que fazem a diferença.

Uma sociedade, que observe um certo número de condições, ter pessoas diferentes no que diz respeito à inteligência, à capacidade de trabalho, à propriedade, à riqueza, é uma sociedade vigorosa!

Primeiro, se uma sociedade cresce no seu todo, cria riqueza, é possível que todos vivam melhor, embora não igualmente.

Segundo, se uma sociedade é capaz de criar oportunidades iguais para todos, embora saibamos à partida, que nem todos as vão aproveitar da mesma maneira.

Terceiro, que todos tenham direito a uma vida digna, direito à saúde, à habitação, à cultura, embora alguns vivam em palacetes.

Se uma sociedade conseguir as condições descritas, não é ilegítimo, nem imoral que as pessoas possam fazer diferentes opções de vida, que as levarão a diferentes patamares de bem estar, de conhecimento, de cultura.

É esta diversidade que dá vigor à sociedade e que a torna competitiva, que a leva a procurar novos caminhos, novas formas de bem estar que, mais tarde ou mais cedo, todos usufruirão.

O problema está na ambição desmedida, na necessidade doentia de poder, na incapacidade de olhar os outros como seres diferentes, mas com a mesma dignidade.

E não há um nenhum sistema de organização da sociedade que, só por si, mude o Homem !

É por estas razões que a sociedade liberal é a que melhor responde àquela diferença, melhorada pelos apoios do Estado providência, da prestação de saúde universal, do acesso à Educação…

Imperfeita, injusta, mas a melhor de todas…

Contrapartidas – só ignorância ?

A síndroma Vale e Azevedo está para durar. Perdida a maioria absoluta, o PS confronta-se com os fantasmas que varreu para debaixo do tapete, não desapareceram, continuam lá.

Agora é o caso das contrapartidas da compra de armamento militar e da frota de aviões da TAP. Um antigo deputado do PS, Ventura Leite ( já não és deputado, portas-te mal…)assinou um relatório onde se levantavam graves denúncias e atropelos ao cumprimento dos contratos. A ele juntaram-se dois empresários ( dos poucos que não têm medo)o Henrique Neto, da Ibermoldes e o Presidente da Autosil, acreditaram nas patranhas, não venderam um tostão furado.

A realização das contrapartidas não chega aos 30%, quer dizer andam, 70% a “ver quem os vai apanhar”, o equivalente a muitos milhões de euros. Submarinos, helicópteros, aviões e outas coisas sem importância e baratinhas…

Tudo a voar ou a ir ao fundo como é próprio de aviões e submarinos!

As Honduras muito bem explicadas a Miguel Sousa Tavares

Recordo que a pergunta do tal referendo que Zelaya tentou organizar era “¿Está de acuerdo que en las elecciones generales de 2009 se instale una cuarta urna en la cual el pueblo decida la convocatoria a una asamblea nacional constituyente?”; ou seja, a questão a referendar era se, no dia das eleições gerais (as tais que ocorreram na semana passada) deveria também ser votada a eleição de uma assembleia constituinte. Ora, tal nunca poderia servir para Zelaya se candidatar a um segundo mandato, como MST escreve: mesmo que a tal constituinte retirasse a proibição constitucional da reeleição, isso ocorreria já sob um novo presidente.

no Vento Sueste

Serão os bichos como as pessoas?

   

É a grande dúvida que sempre tive. Desde o dia que as minhas filhas queriam gatos e porcos de índias ou hamsters em casa, também denominados marmotas-da- alemanha, para tratar e tomar conta deles em casa.Com um carinho, que era impressionante! Eu sempre tinha gostado de cães e cavalos, mas fora de casa, no seu sítio, como essas casotas para os cães e o estábulo para os cavalosMais impressionante ainda, eram as comidas especiais preparadas por elas, mas compradas pelo pai. [Read more…]

O ónus da prova socialista

É o Estado de Direito que está em causa. Nem mais! Basta o Ministério Público verificar a conformidade entre o que se tem e o que se declarou às finanças.

E, perante a desconformidade, o cidadão mostrar onde ganhou a taluda, o totoloto ou a herança da tia Joaquina.

Não há nenhuma inversão de prova, o que se pede é que as pessoas que ocupam determinado cargo ou apresentam níveis de vida incompatíveis com os rendimentos que auferem, os justifiquem. Afinal, é o que nos fazem todos os anos com a declaração de IRS, se os nossos rendimentos variarem, por comparação, as finanças vão fazer perguntas.

E nas empresas a questão é a mesma, a declaração de IRC é para mostrar se sim ou não, houve rendimentos. Na dúvida, as finanças averiguam.

E, para já, as finanças podiam começar a taxar a diferença entre o que se possui e o que se declarou, e numa segunda fase o Ministério Público, se se justificasse, promover a parte criminal.

Quando o PS está envolvido em tantas suspeições não ajudar, dá que pensar!

A máquina do tempo: esquecer ou não esquecer

 Dizem-me que já não tem interesse falar nestas questões do fascismo, do nazismo, do Holocausto, da resistência à tirania… Que já não se usa, que são temas muito batidos. É precisamente por isso, por «já não ter interesse» que não me calo e nunca deixarei de falar nesses temas que já foram vistos por milhares de ângulos e que, mesmo quando julgamos estar a ser originais, mais não fazemos do que repetir o que outros já disseram. Não me importa, pois trata-se, não de uma questão de originalidade, mas de um imperativo – não esquecer.

 Tenho aqui falado da grande quantidade de franceses que, durante a ocupação alemã (1939-1944), colaborou com os invasores nazis. Porém, é preciso dizer-se que muitos outros, resistiram, organizando-se e lutando. Muitos deles pagaram com a vida essa patriótica atitude. Dizer-se que a França resistiu heroicamente à ocupação germânica, seria um exagero e um falseamento da verdade histórica. Tão grande e tão grave como dizer-se o contrário. É que a verdade tem sempre, no mínimo, duas faces.
 

[Read more…]

Factual

Sob o lema “El periodismo no se vende, se compra” um conjunto de jornalistas vizinhos lançaram o projecto “Factual“, um trabalho que invejo: como eu gostava de estar envolvido num projecto assim! De uma qualidade impressionante, a todos os níveis. Descobri-o através do blogue de Miguel Carvalho, ESTE, e fiquei viciado.

suscribe_234X90

A não perder esta pérola – (Sevilla la Puta): Si te sobran cinco millones de euros, puedes hacer que cierren una ciudad de un millón de habitantes para que te des los garbeos que quieras. Eso es lo que se dice que ha pagado la productora de la película Knight and day (bonito juego de palabras, no digas que no) a la ciudad de Sevilla…(para ler o resto basta clicar AQUI).

Será verdade?

Será verdade?

 Há dias, um amigo meu, engenheiro e dono de uma oficina de automóveis disse-me, para meu grande espanto, que os carros trazem sempre uma avaria programada para determinada quilometragem. É uma espécie de taxa.

 Avaria que pode consistir numa desactivação de uma função importante do automóvel, recuperando dez a quinze minutos depois, tempo suficiente para o dono do carro se mentalizar que tem de o levar ao concessionário. Uma vez aí come pela certa. Diz o meu amigo que é uma “taxa” pré-programada. Diz ainda que não tem provas formais, mas toda a gente da área sabe disso.

 Vem isto a propósito do que me aconteceu. Tenho um carro, um Mercedes, que vai fazer, dentro em breve, quatro anos. Nunca teve nada. Há dias, sem mais nem menos, precisamente na viragem dos 100.000 Km, a caixa de velocidades, automática, avariou, e manteve-se avariada durante cerca de quinze minutos. Ao fim deste tempo, tudo voltou ao normal.

 Claro que levei o carro, de imediato, à Nasamotor, onde me disseram que o problema era na unidade de válvulas electrónica, que deveria ser substituída. O carro agora estava bem, mas pela certa que iria ter o mesmo problema. Perante isto mandei substituir e deixei lá mil e quinhentos euros.

 Apalermado é pouco para me definir. Que dizem os amigos?

Sócrates e Souselas

Coimbra conheceu José Sócrates como o ministro que ofereceu à Cimpor de Souselas combustível à borla na forma de resíduos tóxicos. O país viu nele um homem rijo, ou como diz a direita, um reformador.

Em Souselas foram pioneiros na admiração, não parando de votar PS depois de terem recebido uma requalificação urbana e os filtros que as chaminés da cimenteira nunca tinham tido.

Em Coimbra, e é toda a cidade que leva décadas de asfixia soprada da Cimpor pelos ventos dominantes, resistiu-se, uma palavra muito cá da terra, anos 60, e desistiu-se serenamente depois, tipo anos 80.

Acabados os recursos jurídicos, recordo a luta contra a co-incineração, e contra uma personagem que ninguém imaginava chegar ao papel de chefe. Construía então como ministro do ambiente a sua rede de cumplicidades no aparelho do PS, e ganha agora, muitos anos depois, a sua primeira grande batalha política. Gentes pouco recomendáveis, negócios misturados com arrogância e propaganda, estava ali o ambiente que nos governa.

Pode vossa excelência pôr a garrafa à espera do dia em que a co-incineração começar a tempo inteiro, a Cimpor respirará de alívio por finalmente ser contemplada com a benesse. Nós é que não.

fotografia denúncia coimbrã

Disso estamos livres

Hoje assinala-se o Dia Internacional de Luta Contra a Corrupção. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, já veio apelar à luta contra um tipo de crime que é sempre intencional e que impede o desenvolvimento das sociedades.

Este ano, o tema do Dia Internacional de Luta Contra a Corrupção é: "Não permitamos que a corrupção mate o desenvolvimento".

Mais uma vez, este é um dia que dedicamos aos outros países, tipo africanos, latino-americanos, até mesmo EUA e alguns europeus, como a Itália. Aqui, no nosso cantinho, não padecemos desse mal. Ufa.

Dia 20 de Dezembro

Será antes?

Pergunta básica

Vamos imaginar que eu não percebo nada de economia. Não deve ser assim tão complicado porque se trata de algo absolutamente verdadeiro.
O PIB de Portugal não tem crescido, certo?
Escrito de outro modo…
Vamos imaginar que Portugal é uma família com duas pessoas: as Empresas (entenda-se Capitalistas) e os Trabalhadores.
Ora, se o que esta família (Portugal) ganha tem sido sempre o mesmo (para ser simpático) e o lucro das empresas aumenta, quem é a parte que está a ficar sem o que é seu?

Se calhar esta ideia é demasiado elementar, mas alguém poderá ajudar a esclarecer?

Quique, Reyes e Simão, ou o hábito de levar no corpo!

Há coisas que nunca mudam!

Há tempestade no horizonte

O Dubai anda com uma mão atrás e outra à frente, vale-lhe pertencer aos Reinos Árabes Unidos que podem muito financeiramente, e não o deixam cair. Muitos investimentos públicos, muitos serviços financeiros e de lazer, muita economia de casino, uma dívida colossal que não consegue pagar.

Agora está aí a Grécia, com uma dívida maior que a nossa, sem indústria e agricultura que dê consistência à sua economia. Vive dos serviços, turismo e pouco mais. Se a Grécia não se aguentar no euro quem se perfila a seguir? O paraíso socrático!

A UE não vai deixar, porque isso seria uma machada no Euro e na coesão da UE, mas a situação da Grécia, não pode deixar esquecer a Islândia cheia de serviços e que tambem anda com uma mão à frente e outra atrás. E a pedir para entrar no UE!

Portugal está numa situação muito pior que a que nos pintaram nos últimos quatro anos. O déficite está nos 8.7%, a dívida nos 100%, o crescimento é abaixo de zero, o desemprego está acima da barreira mítica dos 10%.

E é nesta situação que querem construir o TGV, autoestradas e outros megainvestimentos, com recurso à dívida externa que não conseguimos pagar. A notação financeira de Portugal já baixou para medíocre o que quer dizer que os investidores olham para o país como potencialmente, incapaz de cumprir e, como sinal que o dinheiro, se o emprestarem, vai ser mais caro. Mais risco de incumprimento, mais caro!

Como é que se paga a dívida se não crescemos? Criar riqueza é que é o ponto, pedir dinheiro emprestado e fazer obras de betão todos fazem. Todos andam preocupados menos o Primeiro Ministro que, qual tolinho, salta de alegria no meio dos escombros…