As escutas, as falsas transcrições e a sua autoria

O Jorge do Fliscornio acusa João Grave Rodrigues de ser o autor das falsas transcrições das escutas. O raciocínio que segue parece-me bem esgalhado, contrariando a minha tese de que quem o fez apenas se estava a divertir, e o fez mal e porcamente.

Pode ser, e claro que pode não ser, e tal como muita coisa dificilmente se saberá ao certo.

Bem vistas as coisas imaginar um diálogo telefónico entre Vara e Sócrates é um exercício de ficção aliciante.

É esse desafio que deixo aos nossos leitores, e aos meus colegas: imaginem um destes diálogos. Prometemos publicar, dentro das regras da casa, que passam pelo bom senso de à custa da ficção ser má ideia insultar terceiros.

Enviem os vossos textos para aventarblog arroba gmail.com.

Cá os esperamos.

 

Professores – desde que cheguem todos ao topo…

…aceitamos tudo e toda e qualquer avaliação porque depois na prática, a teoria é outra ( como dizia alguem ). Não aceitar que haja um número limitado de vagas nos níveis superiores é abrir a porta a que todos cheguem lá acima. E, estando aberta essa porta, como se impede, ou como se explica que a seguir não se encontrem as soluções para que todos tenham excelente e muito bom?

Mário “alucinado” está convencido que a sua lógica é muito elaborada e que poucos a percebem. Dá dois passos à rectaguarda para obter o que verdadeiramente está em jogo. E o que está em jogo é que o PCP tenha a influência junto dos professores que sucessivas eleições lhe negam.

Negociar pressupõe boa fé, encontrar uma solução boa que sirva a todos. Ora a posição dos sindicatos é de quem não se move um milímetro,  ainda por cima, numa pretenção que é injusta para os professores que merecem chegar ao topo. E mais, para os professores que merecem o reconhecimento da nação e dos seus pares, por serem melhores, por terem mérito!

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Maria Eugénia González Castillo

Faz um ano escrevia este texto, com outro título. Mas, por causa da indignação familiar e porque o tempo passa num pestanejar, enquanto acontecem vários outros factos, vou reproduzir o texto em honra de uma grande amiga que na madrugada do 7 de Dezembro, ainda nãoFaz um ano, recebia o seu último suspiro. Apesar de eu não ser homem de fé, deve saber, ao pé dos seus pais, que este Dezembro de 2009, um ano depois da sua entrada na eternidade, uma nova sobrinha neta deve nascer em breve. Tenho a premonição, minha querida Amiga, que deve ser a 26 de Dezembro.Lembras quando falaste com a nossa filha Camila no dia do seu matrimónio, em Setembro do ano passado, esse dia que eu levava a filha ao altar, onde esperava Felix Ilsley, excelente genro, congratulaste-a e desejaste para eles muitos descendentes? Bom, essa  tua, como gosto dizer, neta secundária – nunca tiveste filhos, como narro mais em frente, é resultado dos teus bons desejos. Parece-me que o nome será Elisa, apesar dos pais preferirem o nome Rebeca. Maria Eugénia, é a filha deles, apenas temos que aceitar tu, Amanda a tua mãe e o teu pai Raúl, todos vocês juntos nessa eternidade sem tempo, sem portas nem tecto, minutos ou dias, imaterial, onde descansas de tanta agonia. A tua irmã Gloria, mandou celebrar uma missa em Cambridge, a tua sobrinha Paula na Holanda, uma terceira em Portugal, mandada por mim. As tuas amigas e primas em Santiago do Chile, comemoraram com outra celebração de altar e flores na tua campa: como sabes melhor do que eu, o Chile está em Primavera e as flores duma formosura e odor que até da alegria saber desta homenagem. [Read more…]

Prepotência, Arrogância, Aproveitamento Político?

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TALVEZ DE TUDO UM POUCO, MAS NÃO DEIXA DE TER RAZÃO!

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O Presidente do Governo Regional da Madeira, regressou à sua habitual forma de estar. Com alguma prepotência, com alguma arrogância, com algum aproveitamento político, veio a terreiro defender o que entende ser necessário para o desenvolvimento da sua Região Autónoma. Desta vez pretende que lhe seja concedido mais um empréstimo e faz depender a aprovação do orçamento, em Janeiro, dessa concessão.

Para além disso, e por causa da cada vez maior decadência de Portugal, o povo Madeirense cada vez mais se sente afastado da capital do País.

Poderemos questionar o forma como o faz, poderemos não concordar com algumas das suas atitudes, mas não poderemos em algum momento dizer, que não defende com unhas e dentes as suas gentes, que o nível de vida da Madeira é dos melhores, se não mesmo o melhor, do País, ou que sem ele a Região nunca teria o desenvolvimento que tem hoje.

Há quem diga que é à custa dos continentais, que é à custa do nosso dinheiro, mas tal não é verdade. Se às restantes regiões do País não fossem ciclicamente sonegadas verbas, que o estado central, desvia para a região da capital do que já foi um império, o desenvolvimento de cada uma delas, poderia equiparar-se ao da Madeira.

Mas porque é que não temos por cá, mais meia dúzia de Albertos Joões, a defender, um a um, cada uma das regiões do nosso País,em vez dos «Yess Man» que por aqui temos, todos com medo de perder o tacho que conseguiram à custa da política.

Portugal estaria bem melhor do que está.

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Ambições ou porque é que os humanos nunca estão contentes

 

“Se tivesse o corpo dela”

“Se tivesse os diamantes dela”.

“Se tivesse o dinheiro dele”

“Se tivesse a mulher dele”

A síndroma Vale e Azevedo – perdido o poder…

O caso do título é bem conhecido, após ter perdido o poder no Benfica, Vale e Azevedo viu vir à superfície o que muitos adivinhavam mas não tinham provas documentais, passíveis de serem usadas em juízo.

Com o governo de Sócrates está a acontecer o mesmo, perdida a maioria absoluta, o Tribunal de Contas já levantou cinco casos de contratos com graves irregularidades e onde se enterram, todos os dias, milhões de euros.

O contrato dos Contentores de Alcântara reune à sua volta consensos dificies de reunir, convergindo para uma crítica sem tréguas, atendendo aos quarenta anos de contrato renovado, mesmo antes de terminado o presente contrato, sem concurso público, numa localização muito problemática, que exige milhões de obras à conta do Estado, tudo a favor de uma empresa do grupo Motta-Engil.

Agora dá os primeiros passos a célebre Fundação das Comunicações onde entra o dinheiro do Estado vindo das empresas de telecomunicações, e que é usado na compra de milhares de “magalhães” ao arrepio de concursos públicos, à empresa que depois aparece, qual fantasma de ópera, nas minas de exploração de minério no Alentejo. Amor com amor se paga!

Sabe-se que 2 000 milhões de euros foram adjudicados sem concurso público, não tarda vamos ter que saber a quem foram contratados e vamos ter surpresas, no que diz respeito à sua concentração nas chamadas “empresas do regime”.

Quando falha o equilibrio de poderes sobra o arbítrio, a prepotência ” o quero, posso e mando”, sem vantagem para a democracia e para a transparência.

A pseudo transcrição das escutas Vara/Sócrates é mal esgalhada

Anda por aí uma pseudo transcrição das escutas Vara/Sócrates e é para meninos: a oralidade do texto é confrangedora, e ao que parece o que é realmente transcrito pela judiciária é-o na forma de sumário, e não o é ipsis verbis.

É  tão parva que ambos os lados lançam suspeitas sobre o outro, acusando-o de ser responsável pela falsificação. Parece-me mais de lado nenhum, do lado do pateta que se masturba no anonimatozinho lá de casa, convencido de que anda a influenciar o mundo. Há orgasmos melhores pá, deixa-te disso.

Aventar em manutenção

 

Dentro de algumas horas, o Aventar vai entrar em período de manutenção.

Durante algumas horas iremos estar ausentes para afinar alguns detalhes do blogue.

 

Informamos os leitores que nos acompanham por RSS que haverá, após a operação de manutenção, um novo endereço de RSS, através do qual poderão subscrever todas as actualizações do blogue.

 

Em todo o caso, fica a promessa de regressar em força.

A islamofobia cheira a merda

 Aprendi uma palavra, islamofobia. Tenho algum hábito, quase condescendência, em co-habitar com a imbecibilidade humana, o tanto aperto a mão a um branco como o pescoço a um preto, as mariquices contra e pró, a inferioridade atávica das gajas, etc. e etc. O convívio é tanto que dou por mim a passear pelo lado das piadas racistas, homófobas e machistas, o que não é o fim do mundo mas é feito em ameno convívio com os filhosdaputa, coisa sempre desagradável a partir do nariz. Tenho um olfacto sensível que já sofre com os neo-cruzados, só me faltava uma guerra de religiões para empestar os ares, a pestilência dos cagões num regresso aos anos 30 em todo o seu esplendor, onde estava judeu troquem por islão e lá se levantam os cobardes à procura de um expiatório, bode ou cabra tanto se lhes faz.

O filhodaputa tem de ter medo, porque o medo é uma condição estimável para lhe dar ânimo à fanfarronice. Tem medo de si bate nos outros. Os filhosdaputa são cagões por natureza. E cheiram mal, cheiram a merda

Leiam o excelente destaque da edição de hoje do Público Online, "Discriminação contra muçulmanos está a aumentar em toda a Europa", passem os olhos pelos comentários e percebem logo do que falo e porque tenho a pituitária cheia de esterco mesmo sem ter chegado a fuçar.

GRIPE A

Quando ouvimos na TV que morreram quase 8 mil pessoas de Gripe A em todo o mundo, não temos sensações diferentes do que quando víamos o João Baião e o Macaco Adriano na SIC.

Trata-se apenas de um número e entra quase na definição de entretenimento… Só assim se percebe que um país como o nosso tenha a capacidade de ter três canais de TV com notícias nacionais. 24h.

Voltando ao tema, Gripe A.

Quando o vírus  bate à parte, deixamos o campo da TV e é a realidade crua e dura que nos entra em casa.

Hospital, linha 24, linha saúde pública – as perguntas que fazemos, sem respostas.

As dúvidas são SEMPRE mais que as certezas. O conforto que sentimos é zero.

E no meio disto tudo um pai, de uma criança asmática, com pneumonia… em fase de tratamento, com tamiflu já terminado e sem ver grandes melhoras… faz  o quê?

Vamos lá ver se isto é perceptível

Caro Charles Dickens

Eu sei que é estranho estar a escrever a um escritor que já morreu. Para já, põe-se o problema de como é que vai ler esta carta. Eu sinceramente não faço ideia a quem mandar. Para resolver isto, inspirei-me numa frase que uma vez li: “os grandes homens só morrem quando são esquecidos pelas pessoas”. Era qualquer coisa deste género. E o Mr. Dickens, sendo escritor, ainda mais imortal deve ser. Por isso, penso que vou deixar esta carta num sítio visível para que possa ver. Talvez no parapeito na janela. E decentemente traduzida. [Read more…]

Clube dos Poetas Imortais: António Maria Lisboa (1928-1953)

Poucos escritores portugueses, como aconteceu com o poeta surrealista António Maria Lisboa, que morreu tuberculoso e louco com 25 anos, terão num percurso tão curto como dele, marcado tão indelevelmente a literatura do seu tempo . Em «O senhor cágado e o menino», auto-retrata-se nestas palavras: «O Menino de bronze repousa na solidão da lua nasceu-lhe um olho de chacal que é o animal que só passa nos caminhos livres e são todos – os lobos é que andam à espreita – e o coração é de Leão. E esta é a sua Lealdade e o seu Amor como o Destino e o seu Sentido que tem e chama-se António Maria Lisboa.»

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Os bólides Estatais e a espionagem

Acelerar muito acima dos 50 kms/hora a que sou obrigado por causa dos radares, dá-me o direito de perguntar a que título é que os pópós do Estado são de grande cilindrada. Para andarem a 180/kms/h nas autoestradas ? Não é preciso serem carros de 150 000 euros. Acelerarem para não chegarem atrasados à tomada de posse do Governadores Civis? Não faziam lá falta nenhuma, não é razão para descerem a Avenida da Liberdade a 200kms/hora.

 

Não sei se já foram alguma vez a uma destas cerimónias de Estado. Aparecem lá as altas figuras, que aparecem em todas as cerimónias, fazem plateia, cumprimentam-se muito, mostram-se, grandes abraços ou então muito circunspectos, de grande cerimónia.

 

Estive nuns quantos mas nunca percebi bem ao que ía, bem, quando era o ministro ou o secretário de Estado aí, tudo bem, percebia, era como ir acompanhar a nossa equipa de futebol, mas quando aterrava numa cerimónia onde não conhecia ninguem é que cismava, "isto deve ter um objectivo". E tem!

 

Se está o chefe todo o pessoal tem que se perfilar, ai de quem falta, e então é uma correria, as cadeiras da frente, não chegar atrasado para os cumprimentos, não chegar depois do chefe, fazem a festa deitam foguetes, tudo acaba, com os bólides na rua a impressionar que há ali grandes segredos e grandes cabeças.

 

Ora como quem ía a acelerar eram os chefes dos espiões palpita-me que ou havia espionagem, ou está demonstrado que os espiões obedecem ao chefe !

 

E no meio de milhares de carros civis os dois bólides estatais têm que bater um no outro? Ou isto foi uma manobra digna de espiões para impedir que alguem chegasse a tempo de se mostrar?

 

Está bem, está…