FutAventar – Braga…

…O Campeão de Inverno 2009.

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Pois tá claro!

O Bastonário da Ordem dos Médicos tem toda a razão: corre-se o risco de haver excesso de médicos em Portugal. E é fácil de ver isso em qualquer centro de saúde. Mesmo naqueles que não têm médico de família. Ou nos hospitais em que o médico fala em galego.

O problema em Portugal não é a falta de médicos, mas sim o excesso de doentes.

Há doentes a mais, meus amigos.

Não foi à toa que se introduziu “taxas moderadoras” já no tempo dos governos de Cavaco Silva, porque já então se percebeu que era preciso moderar o povo que tinha a mania de ir para os hospitais fazer exames, cirurgias e afins.

Isto não pode ser!

É como a Justiça: ela funcionaria bem melhor se não fossem tantas pessoas e empresas a recorrer a ela. Por isso se está a desviar os assuntos paras as conservatórias, para os notários, julgados de paz e afins. Para libertar os tribunais dessa gente que vai para lá atafulhar tudo com processos só porque alguém lhes deve dinheiro, ou porque querem partilhar bens comuns, ou porque lhe deram nos olhos, ou seja lá pelo que for.

Há doentes a mais.

Há gente a pedir Justiça a mais.

A continuar assim, vai ser necessário começar a exportar mais gente para o estrangeiro, pois a emigração forçada pelo alto desemprego que vivemos não parece chegar…

É Natal, pá!

É usual serem aplicadas sanções económicas ou boicotes a países cujos regimes violam os Direitos Humanos, ou desrespeitam imposições da ONU, ou por outra razão “qualquer”.

Até nós tivemos em Portugal uma campanha para que não se comprasse produtos feitos na Indonésia porque ocupava ilegitimamente Timor.

Curiosamente hoje já não nos importamos, por exemplo, que constantemente sejam executados chineses. Aliás até se dá benefícios fiscais ao comércio chinês. E, acrescentando o facto de venderem de tudo mais barato do que no comércio tradicional, percebe-se como não há terra que não tenha a chamada “loja dos chineses”.

Que diabo, sempre vendem produtos mais barato. E para quem tem de (sobre)viver com pouco, até mesmo essa coisa da qualidade de que tanto falam os nossos políticos, são para carteiras que não da maior parte do pessoal. Porque a qualidade importa algo que não é lá muito compatível com o nosso nível de vida: encarece.

Também não nos preocupa que a China seja um dos maiores poluidores do planeta que habitamos (embora o Tio Sam continue a liderar). Queixamo-nos que as radiações estão no auge, que sofremos com isso, mas barato é barato e em tempos de vacas magras há que fazer pela vida.

Em Copenhaga, a China até se diz muito preocupada com a defesa do ambiente, e que tem levado a cabo um enorme esforço para reduzir os níveis de poluição. Imagino mesmo que venha a curto/médio prazo a substituir os fuzilamentos por enforcamentos que têm um impacto ambiental menor ( a começar em sede de poluição sonora).

Assistindo ao corrupio das compras de Natal, entre grandes superfícies e o comércio tradicional, é fácil de ver que nas secções de brinquedos, os carros comandados e as bonecas feitos no oriente não dão hipótese aos brinquedos europeus. Até mesmo porque pelo preço de um ou dois brinquedos europeus compra-se, do oriente, tudo para filhos e sobrinhos e canalhada em geral. E mesmo grandes marcas ocidentais, de ambos os lados do Atlântico, produzem os seus artigos na China.

Nestes momentos, as teorias da defesa dos Direitos Humanos, do ambiente e da aposta na qualidade para vencer os desafios do futuro, ganham contornos de ridículo.

Só uso o pé direito para andar


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Ele há dias assim. O bloguista refractário e preguiçoso, levanta-se bem disposto e finalmente decide interromper um longo e imperdoável silêncio.

Na véspera, exausto, entrou tarde e apressado em casa. De fugida beijou a mulher, cheirou o perfume do tacho, fez uma festa ao cão, abriu uma cerveja e sentou-se na cova do sofá. Pegou no comando e acalmou. A primeira parte ainda não tinha acabado. Mas, porque o vício é maldito e o  zero a zero persistia, puxou de um cigarro. A mão esquerda –  o bloguista é canhoto – ensaiava ainda a trajectória que lhe levaria o lume do isqueiro à ponta do paivante, quando o puto, também canhoto, na esquina direita da área maior do lado esquerdo da defesa, bateu no esférico, com o lado direito da bota esquerda. A bola, tão caprichosa como o puto, descreve um duplo arco, na horizontal e na vertical. Bate no relvado maltratado, trai o crédulo keeper e aloja-se nas malhas laterais do segundo poste. Era o primeiro. O bloguista, mais tranquilo foi pôr a mesa que a mulher reclamava. Disfarçou o melhor que soube a pressa do comer. Dispensou a sobremesa e urgente, pediu licença.

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O capitalismo é reformável?

Copenhaga levanta muitas questões, uma delas é esta. A que título as geraçõess vindouras e os povos que ainda não alcançaram o bem estar, estarão preocupados com este sistema, que se mostra injusto, poluente, mas o único que cria riqueza acumulável?

O que se vê é que as gerações jovens consomem muito mais do que a minha geração, o que não impede que todos estejam a favor do ambiente, contra a destruição do planeta.

A verdade é que, ou há alguem capaz de renunciar ao consumo, a este nível de consumo, ou então a saída é o sistema, destruindo, ser capaz de inventar formulas e conceitos que só o desenvolvimento da tecnologia e da ciência permitem. Acabamos com o desenvolvimento assente no petróleo, por esgotamento deste, mas a tecnologia das pilhas, por exemplo, permite manter o modo de vida com vantagens ambientais. Mas antes da existência das pilhas ninguem acredite que os automóveis vão deixar de entrar todos os dias na cidade.

Aqui não funciona o altruísmo nem a solidariedade, funciona o consumo e o bem estar, por isso, não vale a pena fazer de conta que o problema é do sistema.

Mas, por outro lado, coloca-se a questão. Mas, então, o capitalismo é a fase final do desenvolvimento da Humanidade? Está tudo inventado com o capitalismo? Não há formulas alternativas mais justas e mais equilibradas social e sustentavelmente?

O que está á frente dos nossos olhos em Copenhaga, como já todos perceberam, é os países que estão acomodados a guardar o seu quinhão, e os países em vias de desenvolvimento a precisarem de poluir mais para chegarem aos níveis de bem estar que a sua população exige!

E a verdade é que não se vê alternativa, a não ser talvez, o bom senso! Nós todos, os que poluem mais deixar de poluir tanto, para que outros possam poluir um bocado. É isto, uma saída sustentável? Não é! A população que espera a sua vez é muito mais numerosa que a que goza previlégios de bem estar. É a tecnologia e a ciência que irão abrir novos caminhos sustentáveis e menos poluentes?

Ao fim de todos estes anos de procura de novos sistemas de produção e repartição, onde estão as alternativas?

Deixem-se de mariquices, e tratem mas é das coisas sérias

Em relação à instituição casamento estou de acordo com o Ricardo Teixeira: “Não consigo deixar de olhar para o casamento como o mais balofo património da heterosexualidade e o mais tolo acto de sexismo militante.”

Em relação ao casamento gay estou-me igualmente nas tintas. Acompanhei no seu início alguns dos primeiros movimentos de defesa dos homossexuais enquanto absoluta minoria, humilhada, perseguida, causa com que evidentemente estou. Agora há prioridades e patitices. Prioridade é por exemplo isto:

Gays, travestis e transexuais condenados à prisão em Belo Horizonte ganharam uma ala especial na penitenciária masculina de São Joaquim de Bicas. Aberta há um mês, a ala permite, por exemplo, que as travestis e as transexuais mantenham os cabelos compridos, o que não podia ser feito em presídios comuns. A ala ainda está em fase experimental e já conta com 37 presos. Além de valorizar a autoestima dos presos, a ala também prevê a diminuição da violência e a preservação da saúde, já que os homossexuais são as principais vítimas sexuais das prisões.

Sucede que nestas causas também há classes. E os movimentos LGBT não parecem estar preocupados com o que se passa nas penitenciárias, lugar por excelência onde vai parar o pobre (e aliás os pobres mesmo pobres,não se casam, que custa dinheiro, juntam-se). Ainda me desperta uma vaga solidariedade contra a estupidez humana a entrada em cena da ICAR e demais reaccionários defendendo a família, dizem eles, como se esta fosse una, a tradição como se o casamento de hoje tivesse alguma semelhança com o de há 50 anos, no seu eterno absolutismo somado à abelhuda mania de meter o nariz  no sexo dos outros. Só por isso se houver referendo como pelos vistos vai haver ainda sou capaz de ir votar. Só para chatear, que bem o merecem. E sinceramente, por muito que isso me estranhe, estou com estas cavacais declarações:

Interrogado se, então, o casamento entre pessoas do mesmo sexo não é para si uma prioridade, o Presidente da República reiterou que é com os «quinhentos e muitos mil» desempregados que está preocupado.

Com esses e com os que são enxovalhados por conta da sua opção sexual também, mas isso já não se pode pedir ao homem que vai receber o Papa na condição de Presidente da República crente.

A menina Constança

Um dia, em Castelo Branco, apareceu-nos um carrão à porta do Liceu com uma passageira que, para nosso espanto, era uma aluna vinda de Portalegre, segundo se segredava. Aquilo, carro e menina a sair do bólide, deixou a maioria com os mesmos sintomas da Gripe Espanhola, que grassava então .

Era alta e grande, uma mulher para os seus 16/17 anos , nuito vistosa, vestia de maneira que a maioria de nós parecia um pedinte. E com a sorte muito própria que tenho, para mal dos meus pecados, teve que aterrar na minha turma.

Na minha turma vegetava o José Jacinto Beato, que tirava duas cadeiras por ano e o Pratas que ainda tirava menos, eram os mais velhos e os mais incorpados. Tinham mais dois, três anos que os normais, chamesmo-lhes assim, o que naquela idade é uma calamidade. Terceiro (no físico, que não na burrice) estava este vosso amigo que lá ía acompanhando os seus ídolos que namoravam e arranjavam uns bailes, numas casas do pai do Freixo (esse do pato que fala sozinho, o ventríluco da TVI).

Bem, o nosso professor, Moura Pinheiro, (o tio-avô da jornalista, segundo julgo saber) homem de muitas idades, com o seu ar de quem nem todos os dias batia bem a bola, vá de reunir os três para a conversa a querer saber qual de nós namorava a menina Constança. Que não, nenhum de nós namorava, se nos viu a acompanhá-la era só isso, companhia. Pois sim, pá, quero ver qual de vós é que a “engata” e relatórios frequentes acerca do assunto.

Bem, por aquelas alturas havia os exames, e se na maioria o copianço resolvia a questão, nas orais, e a Inglês, era quase intransponível. Derrotado por esta dificuldade incontornável, pára o carro do Dr. Moura Pinheiro e dá-me uma boleia até ao Liceu. Então, pá, como vai a menina Constança ? E eu ó sr. dr, isto anda mal, agora vou para a oral de Inglês e é chumbo certo. De Inglês? é pá, eu sou o presidente do juri, diz-me o professor, e eu habituado ao desenrascanço, vi logo ali uma hipótese. Ó sr dr. podia ajudar-me, eu estudei bem aqui uns textos e o sr dr. escolhe um destes que eu li com mais cuidado. Qual?, pá? pode ser este dos desportos (ele ao fim de semana ía ver os jogos do Benfica e Castelo Branco, e eu era jogador do BCB).

Eh, pá, lês aquilo bem, pergunto-te qual é o desporto que praticas, se conheces outros desportos, por esta ordem, e andou…olha para mim, com ar maroto e eh, pá, tens que me contar como é isso dos bailes com a menina Constança.

Li o texto com impecável pronúncia Londrina, não percebi mas respondi às duas perguntas, e pode sentar-se, já cá cantava mais uma disciplina, com grande desespero do Beato e do Pratas que chumbaram mais uma vez.

E quanto à menina Constança ? Nunca lhe toquei o que não impediu a descrição de uns tangos “à maneira” braço enroscado na cintura delicada e ” cara na cara” à Buenos Aires!

PS. dedicado ao Beato e ao Pratas que já cá não andam.

Convite – cidadãos por Lisboa

CONVITE A TODOS OS AMIGOS DO JARDIM DO PRÍNCIPE REAL

QUE FUTURO PARA O JARDIM DO PRÍNCIPE REAL

PARTICIPE NA SESSÃO PÚBLICA A REALIZAR HOJE 6ª FEIRA, 18 DE DEZEMBRO, DAS 21H00 ÀS 23H00, NO AUDITÓRIO QUINTANILHA, DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DE LISBOA, COM ENTRADA PELA PORTA DO JARDIM BOTÂNICO, À ESCOLA POLITÉCNICA.

CONVIDADOS OS EX.MOS SENHORES:

PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA, DR. ANTÓNIO COSTA;

VEREADOR DOS ESPAÇOS VERDES DA CÃMARA MUNCIPAL DE LISBOA, DR. JOSÉ SÁ FERNANDES;

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO FLORESTAL NACIONAL, ENGº AMÂNDIO TORRES;

DIRECTOR DO IGESPAR DR. GONÇALO COUCEIRO.

PRETENDE-SE COM A SESSÃO DISCUTIR DE FORMA ABERTA, ESCLARECIDA E CIVILIZADA O PROJECTO EM CURSO NO JARDIM DO PRÍNCIPE REAL, EM ESPECIAL, COMPREENDER QUE FUTURO DEVE ESTAR RESERVADO AO JARDIM DO PRÍNCIPE REAL.

 

Pobre José, é difícil estar à altura de Deus

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A igreja (anglicana) de St Matthew-in-the-City, em Auckland, Nova Zelândia, decidiu, para lançar uma discussão sobre o dogma da imaculada conceição, afixar este cartaz defronte do seu edifício.

“O que estamos a tentar fazer é obrigar as pessoas a pensar mais sobre tudo o que o Natal representa. Trata-se de um Deus masculino que enviou esperma para uma criança poder nascer, ou é antes sobre o poder do amor numa figura vista e representada através de Jesus?”

Naturalmente já foi alvo de diversos ataques, por palavras, com tinta  e à navalhada.

Fundamentalistas todas as religiões os têm. E quando ouvem falar de sexo puxam sempre de pistola. Eu diria que ofensiva é a ideia de práticas de bestialidade com uma pomba, mas isso sou eu que nem gosto de pombas nem acredito no Espírito Santo.

O mistério de um inocente convite

O mistério de um inocente convite (suspense final)

 -Em conclusão: creio que o melhor é marimbarmo-nos contra os mandamentos da santa madre igreja e fazer a mesma merda que eles, qual fidelidade qual gaita, qual adultério qual carapuça, qual até que a morte nos separe! Encontros secretos só de mulherio, ou então uma greve geral, uma nega geral, como manda a força revolucionária tão característica do nosso povo.

 -Ouça lá ó senhora…senhora presidiária, a senhora nem parece que é deste mundo! A senhora nem parece mulher de marido, ou lá o que é! O que funciona para o homem não funciona para a mulher. E o que funciona para a mulher não funciona para o homem. Nunca ouviu falar dessas coisas…essa da nega geral…já viu?! Até faz rir! Eles vão esfregar as mãos de contentes, e facilmente vão virar o feitiço contra o feiticeiro!

 -Para além de ficarem sem as suas estritas e já estreitas obrigações, então é que não lhes vão faltar pretextos para outros encontros com o paradigma da modernidade! Nesta altura da natural e feminina ausência das regras, a ausência de regra faz a desregra e atira-os inevitavelmente para onde eles ainda vejam regras.

 A minha amiga presidiária que está atrás das grades por ter chamado filho da puta, de caras, a um grande político e gestor, que tem dois Bentley, tês vivendas e quatro apartamentos, quatro piscinas, cinco saunas, e uma filha muito feia, e que se abotoou com largos milhões de euros do erário público, aprendeu algumas coisas comigo. [Read more…]

A Central de Compras do SNS

Qualquer grupo empresarial tem como prioridade criar uma central de compras. As razões são óbvias, desde a compra de grandes quantidades com os descontos possíveis, até à certificação dos fornecedores, por razões de qualidade e de cumprimento de prazos.

Estas centrais de compras podem ser uma plataforma informática, onde as várias instituições carregam as suas necessidades, por produto, quantidade, prazos e, com muito pouca intervenção humana, prepara os dossiers para decisão.

No que diz respeito ao Serviço Nacional de Saúde, com tantos hospitais e centros de saúde, a poupança ronda, seguramente, milhões de euros. Oitocentos milhões, segundo o economista que estudou a questão. É mesmo incompreensível que esta estrutura nunca tenha sido criada, embora se perceba os muitos interesses agregados, contudo o Estado não tem que os alimentar .

Espera-se agora que não seja um pretexto para encher com mais uns boys e girls, e que não inventem, porque esta solução está há muito implementada nas empresas e basta seguir as boas soluções. Ao nível do fornecedor as vantagens tambem são muitas porque pode programar as suas produções em grandes quantidades, com os respectivos custos bem mais baixos. Acresce as entregas, o embalamento, tudo concorre para que haja um enorme corte nos preços, com vantagens para todos.

Quanto vale o Vale do Tua

No debate realizado pelo Movimento Civico da Linha do Tua, a 17 de Janeiro de 2009, Livia Madureira, professora auxiliar da UTAD, explora a questão “Quanto vale um Vale Natural?” na medida em que ele é constituído por elementos visíveis (e economicamente valorizáveis) mas também por muitos elementos que não são habitualmente contabilizados.

O Vale do Tua vale pouco quando usamos os indicadores habituais, por exemplo pessoas, riqueza, centralidade“, aliás pode comparar-se o território a uma pequena cidade com população envelhecida e pouca actividade económica, sendo a que existe relativamente frágeis (agricultura e serviços públicos)

Para além disso é uma comunidade com pouca voz na medida em que o território está fragmentado por diversas unidades administrativas, e para haver uma abordagem integrada ao nível do vale é necessário que os 5 concelhos cooperem entre si.
Finalmente, no cenário de construção da barragem, a discussão a seguir é saber se se vão fazer barragens como se faziam há 50/60 anos atrás e principalmente como vão ser definidas as compensações a atribuir.

A este propósito referiu que sob a o “chapéu” da Directiva de Responsabilidade Ambiental a criação de mecanismos de pagamento por utilização, ou seja pela extracção de recursos naturais seria uma medida natural a aplicar.

Podem descarregar o programa directamente ou subscrever o podcast através deste link .
Duração Total: 18:03

Aventar Podcast
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Quanto vale o Vale do Tua
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O passado presente na Ásia

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Há uns 17 anos, estava com uns amigos no River City Center de Bangkok, situado mesmo ao lado da nossa espectacular embaixada. Este centro comercial diferenciava-se da costumeira imagem que temos destes aglomerados lojistas, porque consistia numa verdadeira arca de tesouros. As muitas dezenas de estabelecimentos dedicavam-se exclusivamente ao comércio de antiguidades e objectos de decoração. O esplendor oriental, a recriação de réplicas perfeitas de Art Deco, esplendorosas árvores decorativas em dimensão real e construídas com ágatas e outras pedras semi-preciosas, as porcelanas, lacas, bronzes, jades e madeiras cheirosas, fazem-nos mergulhar nos luxos de outros tempos, coexistindo exuberantemente com peças do mais atrevido e depurado design de gosto ocidental É o melhor centro comercial que já visitei e sempre conta com uma visita minha, para “ver as novidades” que me são tão caras.

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A máquina do tempo: onde está sepultado Federico García Lorca?

Este poema, um dos mais conhecidos de Federico García Lorca, descreve o ambiente trágico que rodeia uma tarde de touros. O autor do vídeo aplicou as palavras do poeta à tragédia da Guerra Civil de Espanha em cujo vórtice o autor de «Romance sonâmbulo» (a que o poema pertence) seria implacavelmente sugado.

Tinha prometido dedicar um destes textos ao grande poeta andaluz e hoje a nossa máquina vai começar a visitar a vida de um grande escritor, uma das âncoras da língua castelhana – Federico García Lorca. Chegou a altura de pagar essa dívida. Embora, neste primeiro texto, digamos que vou abordar, não propriamente a sua vida, mas as incidências da sua morte. E faço-o com a pergunta: onde está o corpo de Lorca? [Read more…]

Um castigo severo para as bestas

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Que espécie de monstro é o cabrão que espetou 50 agulhas dentro do corpo de uma criança de dois anos? Havia agulhas metálicas espalhadas pelo tórax, abdómen e pernas, uma delas perfurou um pulmão.

Conheci o caso ontem, bem cedo. Mas as informações eram ainda superficiais e não se sabia ainda o que estava na origem deste caso insólito. Aguardei. Os exames mostraram que as agulhas não podiam ter entrado no corpo por acidente. Havia algo mais.

Agora sabe-se que foi o padrasto da criança que colocava as agulhas no corpo da criança. Não por um qualquer estranho tratamento por acupunctura mas por vingança da mulher e mãe do menino e por querer deixa-la por uma amante.

O cabrão foi ajudado por duas mulheres, sendo que uma delas faria parte de uma seita religiosa, de bruxaria ou alguma merda do género.

A criança está internada nos cuidados intensivos e os médicos analisam agora quais as agulhas que podem ser retiradas sem causar danos e quais as que serão deixadas dentro do organismo do menino.

Quanto aos energúmenos em causa, oxalá tenham o devido castigo.

Os constitucionalistas não gostam dos gays…

É só olhar para a sua interpretação :

Jorge Miranda : “A Constituição define o casamento como uma união heterossexual”

Paulo Otero : O PR tem vários argumentos para enviar o diploma para o TC”

Manuel Costa Andrade :” O PR pode legitimamente ter dúvidas quanto à constitucionalidade do casamento homossexual”

Jónatas machado : ” enviar a proposta para o TC é uma forma inteligente do PR passar a batat quente para o tribunal”

” O facto de a Constituição estar alinhada com a Declaração Universal dos Direitos do Homem, que consagra o direito ao casamento entre homens e mulheres,” é um dos argumentos de Jorge Miranda e Paulo Otero.

Paulo Otero diz ” que os heterossexuais têm direito à exclusividade no uso do termo “casamento” – e a não serem confundidos com o vínculo jurídico homossexual.”

Costa Andrade alerta que quando foi feita a “Constituição portuguesa o termo “casamento” remetia para a união entre homens e mulheres. Assim, não basta mudar a Lei, mas tambem a Constituição.”

Jorge Miranda : ” A Constituição define o casamento como uma união heterossexual, pois um dos seus pressupostos é a filiação”

Paulo Otero : O diploma será sempre inconstitucional”

Mais do que um problema jurídico é um problema de sociedade.

Carta ao Pai Natal v3.0

Querido Pai Natal,

Gostaria de rectificar o pedido de presente de Natal que te enviei por e-mail. Sei que é a terceira vez que o faço, e peço-te desculpa por isso.

Primeiro, foi o leitor Blu-ray, que te tinha pedido para poder ver os vídeos do caso Freeport em alta definição.

Mais tarde mudei de ideias, é verdade, quando passei a pedir-te um leitor MP3 (era um iPod touch, lembras-te?) para poder ouvir as escutas do caso Face Oculta com a maior qualidade possível.

O facto é que, por muito que me custe, queria mesmo fazer-te um novo pedido. Não por imitação, não por inveja, mas por mera inspiração, sabes? É que li recentemente algo que me fez abrir os olhos e ver claramente o que realmente quero, o que realmente me faz falta.

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O pai natal é do benfica, já sabíamos, assim até dá mais gozo

Nomear o Calabote Baptista para o joguito de Domingo, somado a um campo onde, viu-se agora, passou um cortador de relva tipo manada muito certinha de elefantes pelo corredor central, é típico da época e da boçalidade do actual treinador do clube que disputa o campeonato lisboeta.

Na falta de melhor são sempre formas de criar à partida alguma igualdade entre as equipas, num jogo pós Di Maria, e já agora que se despediu com um golo com letra no alfabeto gostei de ver este puto jogar por cá, antes de ser vendido a baixo preço sabe-se lá para que campeonato.

Alguns milhões de portugueses alimentam assim veleidades, devaneios,  a esperança que falecerá antes do peru e do bacalhau que se queria seco ao sol, antes da demolha e cozedura solsticial.

Não havia necessidade, que o Sport Lisboa leva esta temporada bom avanço sobre o outro Sport. Nem a há, porque o ano civil vai passar com o grande Braga à frente, e o FCP a ter de pensar se este até não será um bom ano para ganhar a 3ª Liga dos Campeões, e deixar-se ficar no 2º lugar local. Tanto o actual treinador como o próximo o merecem.

Feitas as contas, o hexa batia a seguir certinho com a reposição da verdade estatística (quem ganhou mais campeonatos) e histórica (quem os mereceu) no futebol lusitano, como dizem os gajos que ainda pensam que o Viriato era pastor e português. E que tudo decorra com tranquilidade, normalidade, e Paulo Bento volta como comentador de jogos, já temos saudades tuas, a sério, ouvir-te hoje em dia com o Jesus de goela aberta é um poema.

O encenador

Com os factos e as verdades que foi varrendo para baixo do tapete a virem à luz do dia, Sócrates encena factos políticos que nada têm a ver com a situação do país.

Um a um os países vão tomando consciência da situação gravíssima a que se chegou e tomam medidas dolorosas, absolutamente necessárias para enfrentar a crise, que em todos os casos subjaz à crise internacional. A crise estrutural há muito que está instalada, a crise de cada um dos países, essa, é que vem à tona, enquanto a crise internacional desaparece. Quem tem dúvidas veja como o desemprego cesce à medida que as empresas fecham.

Em Portugal, acossado pelas políticas que teimosamente implementou nos quatro anos de poder absoluto, Sócrates tenta fugas para a frente, como os faustosos megaprojectos que custam o dinheiro que não temos, e encena o casamento gay e a regionalização, com a esperança que seja essa a agenda política.

A verdade é que o casamento gay é inconstitucional, não sou eu que o digo, são os constitucionalistas “pais” da Constituição e vai morrer na praia do Tribunal Constituicional. Virão as acusações costumeiras que o não deixam governar, numa tentativa de virar a comunidade gay contra a oposição.

A seguir vai encenar a “regionalização” num momento em que não se reunem as condições políticas para tal discussão. Não só não constitui uma questão central (essas ,infelizmente, são as económicas) como a oposição não vai embarcar em mais uma “palhaçada política”, quando não se vê como se vai consultar a população, (que já disse uma vez não,) e saída de um periodo eleitoral prolongado, a que acrescem custos financeiros imensos que o país não tem .

Convem lembrar, que para além dos méritos que a regionalização traz, a sua implementação tem custos políticos e financeiros imensos, muito maiores do que qualquer outra eleição, até porque nas outras o investimento inicial já está feito.

Estamos, pois, na encenação do quadro final, sem apoteose e sem chamada à boca de cena!