
o povo defende-se a si próprio enquanto estuda para entender o mundo
Para os nossos irmãos e para nós que pagamos impostos por sermos pobres, não como os ricos que, por investir, vêem-se livres de taxações. Aniversário da invasão do Iraque e do Afeganistão.
Continuação das meditações sobre autonomia e genocídio, dois conceptos diferentes, mas necessários de analizar
Escrevo ao correr da pena. Como membro de Amnistia Internacional. Pena que tinge a folha branca de preto, da pena a tingir o meu coração de luto. Hoje não consigo acudir aos meus santos padroeiros habituais, como Eduardo Sá, Melanie Klein, François Dolto, Émile Durkheim, Marcel Mauss, Daniel Sampaio, Karl Marx, Max Weber e outros que aparecem nos meus textos. Os autores que me acodem são muitos e estão todos abalados por uma terrível estupidez humana, denominada ambição.
Ambição de querer fazer mais dinheiro, com a desculpa de governar, de proteger os seus fãs no sentido de lhes entregar empreitadas para usarem o trabalho como investimento, esses financistas que governam a nossa vida e só por casualidade, se lembram de nós, o povo que produz, que tem onde estar a horas certas, que tem de se levantar todos os dias, queira ou não, para laborar, sem um minuto de atraso que lhe é logo retirado do ordenado. Ordenado que Portugal usa como metáfora de salário. Ordenado, porque a economia arruma a nossa vida, queiramos ou não, sendo o salário é o seu resultado do comportamento organizado dentro de vida social. Esse salário que enche de lucro ao proprietário, o corregedor do trabalho, o ordenador da vida intra familiar. Pois é ele o ordenador dos nossos afectos, como diz o ditado: em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão. Só que os ditados são frases que revelam a realidade. Essa realidade que é a nossa dependência do proprietário, da fonte de trabalho, da nossa casa, dos nossos impostos, cada vez mais caros pelo incremento do capital. Incrementados por todo ou por nada, como este mês de Julho de 2010. Incrementados, como os bens que precisamos consumir, de nos vestir, de comer, de nos distrair, de sair com os amigos, de ter um Domingo em paz e calma para recuperar as forças gastas durante a semana no esforço de servir. Servir, sempre servir, ao senhor dos anéis de esmeralda e fios de ouro, de alfinete de pérola na gravata, com voz alta e passos marcados pelos saltos duros que confirmam que o seu andar permite o barulho, como uma vozinha a dizer: atenção, que cá vou eu, inclinai-vos, meus operários, cumprimentai-me, meus empregados, dêem-me conta dos vossos inventos, meus técnicos, calem a boca, que falo eu, e tu não dês direito a dizer nada enquanto eu não definir as regras. Como é possível, por amor de Deus, deixar acontecer um acidente tão anunciado, consequência de se ter entrado com armas na casa dos outros, morto os seus filhos, violado as suas mulheres como pilhagem de guerra, rapinado os tesouros da Antiguidade, para roubar o ouro negro qual sangue da terra, que dá riqueza a quem detém nas mãos o poder quais heróis do mundo que soberanamente, pensam convencer, como no caso dos scuts ou da fusão da PT e da CTT. Parlamentos com séculos na prática de legislar dentro de obrigação comum de se ser eleito e representante de um povo que confia neles porque os escolheram para representar, na sua pessoa, a Soberania e, no seu conjunto, a Soberania da Nação. Assembleias desenvolvidas na prática da República em que o Presidente preside mas não governa, é a minha expressão de humanidade perante esses outros Estados, os nossos pares. Como pode um grupo, obrigado pelo voto e na confiança depositada em eles, permitir que aconteça a morte espancada dessa menina de cinco meses, bem como de quarenta vizinhos que entre risos e piadas iam todos juntos ganharem o pão no centro de cidade mais central do denominado Velho Continente? Como deixaram matar tanta gente se sabiam o que ia acontecer? Para de seguida entregarem uma versão conveniente mas nada adequada, feitores da morte de tantos? Dos aferidores do coração de milhões. Hoje estamos de luto porque a Humanidade treme ao pensar que seremos nós os próximos. É apenas ver o debate entre a Comissão Europeia da União Europeia e os Parlamentos locais, nacionais, soberanos dentro do seu território, que não são ouvidos pela Comissão Europeia que materializa e defende o interesse geral da Comunidade Europeia. O presidente e os membros da Comissão são nomeados pelo Conselho da União Europeia, por maioria qualificada, após aprovação pelo Parlamento Europeu. Dizem-nos que vamos pagar o preço da guerra já começada pelo ouro negro e que nunca mãos para, dizem-nos para desculpar a procura do lucro e a acumulação da riqueza em poucas, para nos defendermos do terrorismo. Do terrorismo fundamentalista? Mas, e nós? Esse terrorismo de Estado que envia tropas bem armadas para aniquilar a um povo provadamente carente de armas, por ordem da Comissão Europeia, Comissão apoiada pelas Nações Unidas que falou que ali não entrava nada nem ninguém.
Era a guerra separatista de Eritreia província do Estado da Eritreia, é um país localizado no Chifre da África. A Eritreia faz fronteira com o Sudão a oeste, a Etiópia ao sul, e Djibouti ao sudeste. O leste e nordeste do país têm um litoral banhado pelo Mar Vermelho, tendo contato direto com a Arábia Saudita e Iémen.
Caro Raul…era tão bom,que eles o ouvissem…e lessem!!!
!Caro António,
É evidente que nem sabem da nossa existência! O legislador está ai para ganhar ordenados e andar de país em país… ao nosso custo. Mas, uma ilusão, é sempre bom de ter…
Obrigado por comentar os meus textos! E dar-me ânimo para continuar esta luta que nunca acaba