A flexibilização das leis do trabalho é repetida receita do FMI e da Comissão Europeia para vencer o problema da competitividade e do desemprego em Portugal. O nosso governo, servil e obediente, nem hesita. Hoje, o Conselho de Ministros legislará de acordo com a receita.
Se em anterior, e de certo modo recente, revisão do Código de Trabalho, já tínhamos entrado na farsa, agora cantamos, tonitruantes, a presença. O socialista Sócrates, no seio da família europeia, exultará amanhã estar a governar um País reverente e até humilde na partilha da soberania – o social-democrata Coelho, a quem este trabalho sujo servirá de proveito, mantém-se naturalmente calado e sereno.
Há evidências de que a citada flexibilização é, de facto, uma farsa. Veja-se, por exemplo, o que diz hoje The Guardian, ao denunciar o agravamento do desemprego para 2,5 M de pessoas no Reino Unido. Um país de leis laborais flexíveis; assim como os EUA, citado no último parágrafo do jornal inglês, que não logram baixar dos 10% de desemprego. Que medidas terá o FMI para estes casos?
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