Cortes natalícios

Contos Proibidos: O I Governo de Mário Soares. Dividir para reinar numa corte de intrigas. O Secretário de Estado Manuel Alegre.

continuação daqui

«Conforme prometera antes de ser eleito, o general Ramalho Eanes convidaria o secretário-geral do Partido Socialista para formar o I Governo Constitucional após o 25 de Abril. Tomaria posse no dia 23 de Julho de 1976 e duraria pouco mais de um ano, caindo precisamente no dia em que Mário Soares celebrava os seus 53 anos de idade. No dia em que chegara ao governo, Soares «não percebia nada de economia, podia ser um ás na política mas na economia era um zero» e dada «a forma displicente com que [tratava] dos números que traduzem a realidade económica, trocando os milhões e os milhares», muitos se perguntavam se «deveria ter sido [ele] o primeiro-ministro do I Governo Constitucional, apesar de o Partido Socialista ter ganho as eleições?»
Muito provavelmente, se Portugal vivesse num regime democrático normal, a resposta seria não mas, em 1976, considerando que o secretário-geral do PS rejeitara a proposta de Sá Carneiro, só existiam dois homens com autoridade política para chefiar o governo de Portugal. Mário Soares e Salgado Zenha. [Read more…]

Banksy em Guimarães?

Parece que sim. Guimarães é fixe!

Dia 5 há propaganda aos clubes de vídeo mas já anunciam hoje

A Associação do Comércio Audiovisual de Obras Culturais e de Entretenimento de Portugal (ACAPOR) vai apresentar uma queixa-crime contra mil portugueses por pirataria de filmes através da Internet.” – conta o Público. E como o vai fazer? entregando uma lista com mil endereços IP’s à justiça. E como obtiveram eles tais endereços? Espiando ilegalmente comunicações privadas entre cidadãos.

Para os leigos na matéria: imaginem que uns caramelos se metiam a interceptar chamadas telefónicas e depois apresentavam queixa porque tinham escutado conversas privadas onde se referiam eventuais crimes. Depois imagine a Procuradoria Geral da República a rir-se.

A estupidez vai mais longe: a Associação dos Chulos do Audiovisual e das Obras Culturais e de Entretenimento de Portugal (que representa entidades arqueológicas do tipo clubes de vídeo) afirma que os endereços  abrangem “todos os distritos do país“. Ora em Portugal é possível saber através de um IP qual o fornecedor de serviço (ou empresa se for o caso) a que pertence. Distritos deixem-me rir: se estiver em Trás-os-Montes o seu IP estará atribuído à empresa que lhe fornece o acesso à Internet, o que pode corresponder ao Porto ou a Lisboa. É certo que por ordem judicial todos os IP’s são posteriormente identificáveis, mas isso é outra conversa.

Nem sabem do que falam. Depois admiram-se que lhes aconteçam acidentes do género que a imagem documenta.

BPN: mais um desvio de 500 milhões de fundos públicos

 

bpn

Há notícias pouco precisas sobre o investimento público na nacionalização do BPN. Umas vezes fala-se de 4,7 mil milhões de euros, outras de 5,2 mil M. Independente do valor ser o primeiro ou o segundo, foi, de facto,  uma operação pesada e desastrosa para as finanças públicas, feita pela CGD com o aval do Estado (Ministério das Finanças). O argumento do governo sustentou-se no objectivo de evitar o abalo do sistema financeiro nacional. Conversa fiada!

A imprensa dita de referência, DN, Expresso e Público, anuncia a hipótese – mais do que certa, obviamente – do Governo investir no BPN mais 500 M de euros, cerca de 0,3% do PIB, para resolver a “insuficiência de capitais e a falta de cumprimento de rácios prudenciais” denunciadas pelo Banco de Portugal. [Read more…]

"Derivados" presidenciáveis


Aproveitando as “derivadas” prerrogativas institucionais, o Sr. Cavaco Silva, prestou-se ontem a um tragicómico espectáculo bem montado junto dos sem-abrigo. Convenientemente ensanduichado por franjuda “betada” do gabinete de campanha, o sempre boca-meio-aberta/atarantado recandidato, regressou aos tempos do choradinho e na verdade, ele, mais que ninguém, deve fazê-lo. A maior parte da esfomeada e friorenta assistência, consiste nos “derivados” – como agora se usa dizer, tudo é “derivado” – do seu brilhante exercício como primeiro-ministro dos tempos das vacas-gordas.

Entretanto, o BPN – outro “derivado” dos áureos exercícios dos yuppies cavaquistas -, banco dos “amigos presidenciais”, vai custar mais 500.000.000 de Euros aos contribuintes, ou contas mais explícitas, um “derivado” submarino que seria bem necessário à Armada.

Reticências e “derivados” à parte, ainda estamos à espera de uma atitude semelhante à deste Senhor que em azada hora exigiu ao seu primeiro-ministro, o NÃO AUMENTO da dotação outorgada à Chefia do Estado.

Vetar e promulgar leis de lavagem de dinheiro

Cavaco Candidato

Um ano e meio dá para voltas de 360º (como por vezes por aí se diz em béd-math). Como se aqui mostra, dá inclusivamente para promulgar a lei que regerá a própria campanha eleitoral.

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Sócrates já teve momentos de lucidez

Este recorte circula por aí. Resume muito bem os últimos anos da História de Portugal.

Quem o terá entrevistado para o DNA?

em nome do pai, e do filho e do esp…

A criança traída. Canção sem Palavras.

A fórmula é conhecida no mundo cristão, seja ele Romano, Ortodoxo, Calvinista, Presbiteriano, Adventista, ou outro. É a fórmula usada no ritual de entrada de uma criança no mundo social. Tenho referido, noutros textos meus, que os seres humanos são inaugurados na interacção social, por meio de ritos. Rituais, nos quais a Igreja Romana é prolixa. Outras Igrejas têm apenas dois rituais de iniciação: o baptismo e o matrimónio. Eventualmente, os Presbiterianos a Ceia do Senhor ou Comunhão.
Confissão, apenas os Romanos e a Alta Igreja Anglicana ou High Church da Grã-bretanha, que Isabel I, teve o cuidado de guardar para si, para os seus pares e para o futuro. Para saber mais, é preciso ler os meus textos dedicados a esta temática, ou os textos dos cientistas da Religião, os que estudamos a Religião como uma instituição social, organizada pelos seres humanos, como definem Ludwig Feurebach em 1821,

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Sumario breve do ano 2010 e prognóstico de 2011

2010 – Ano difícil para os Portugueses e para as Instituições representativas do Estado.

Pela 1ª vez se começou a ter consciência, embora vaga, da crise económica, social, financeira, política e cultural em que o país estava mergulhado, fruto também da  mundialização, sem se conseguir atinar com um rumo definitório.

Temos um país dividido entre oposições de bota abaixo, e um Governo entediado em contradições, com medo de falar verdade aos cidadãos, muito acusado, de estar envolvido em corrupção sem nada ter ficado provado, mas com visível desgaste, sendo a corrupção  uma das mais graves doenças da nossa sociedade,que urge combater em todas as frentes.
As mudanças estruturais que o país precisa, para enfrentar a globalização, que é um desafio a todo o Ocidente, e que o Governo deve empreender, têm sido adiadas, ou amaciadas, por razões de conveniência eleitoral.Acertou nas energias alternativas,e   na procura de mercados emergentes, mas são  alternativas que levam o seu tempo a organizar se .

Agora, é confrontado,por causa da dívida soberana , com exigências  que vêm do exterior, BCE e FMI, e que as oposições aproveitam, em coligações negativas, com o fito quase exclusivo de aumentar o seu score eleitoral. [Read more…]