Da reunião entre BE e PCP pode não ter saído o que tantos desejávamos, mas saiu alguma coisa. Os grandes rios começam por uma nascente, fio de água, ribeiro, e serão os afluentes que desaguam pelo caminho que darão força ao seu caudal.
O encontro das esquerdas terá de acontecer por via daquela velha lei que afirma terem os homens nas circunstâncias históricas complicadas a habilidade de encontrarem o descomplicador apropriado, fazendo hoje o que ontem era impensável. As actuais circunstâncias são mesmo muito complicadas, e sejamos optimistas.
Pela minha parte fica a declaração de que votarei no Bloco de Esquerda em junho. Outras razões não tivesse, esta afirmação do capitalista Alexandre Soares dos Santos, (1,13 milhões de euros de vencimento em 2010):
PS, PSD, CDS e “eventualmente” o PCP deveriam fazer parte deste pacto, afirmou, enquanto o Bloco de Esquerda está “completamente excluído”
plagiando Alberto João Jardim, chegava.
Sobre o PCP, até ao fim da campanha eleitoral, daqui não sairá uma linha de crítica, a menos que o espírito santo (não confundir com o BES) desça à terra, ou caso de força ainda maior ocorra, o que não é provável. Espero que não seja apenas uma pausa, em assumidas divergências com o PCP de janeiro de 1974 até ontem, a bem dizer, já chega.
[…] de muitos dos seus familiares, a cabeça de muito boa gente aqueceu. É natural, até na minha que já declarou publicamente o seu voto passou por uma fracção de segundo um desvio para os lados do […]