Busca, facho, busca

O Luis Rainha encontrou uma curiosa página na net, que lhe inspirou este desabafo:

Adoro tiranetes sempre com a boca cheia de “liberdade” mas que na volta gostam mesmo é de castrar as liberdades dos outros. Agora, andam por aí estes cromos armados em paladinos de umas tais “ideias grandes”. Que implicam, na maioria das suas “propostas”, proibir alguém de fazer alguma coisa. Aborto, divórcio, casamento homossexual, eutanásia, procriação medicamente assistida; os alvos do costume, em suma.


Soltámos os perdigueiros cá da casa. Ora bem, o endereço pertence a uma senhora chamada Adriana Telles de Menezes. A senhora chamada Adriana Telles de Menezes é proprietária de mais páginas, como a Plataforma Resistência Nacional e o Grupo de Amigos de São Josemaria (não, não linko, por causa do mau cheiro). Não parece tratar-se de um pseudónimo de Isilda Pegado, mas anda lá perto. E fica tudo explicado.

Comments

  1. Não posso deixar de concordar. Se há direita que me faz particular espécie é esta ortodoxa católica, cuja finalidade se esgota nos temas fracturantes, mas que não hesita
    em ir ao beija-mão socratino.

  2. Rodrigo Costa says:

    … Como já referi anteriormente, noutros comentários, sou contra as proibições, porque acho que devem ser as pessoas a fazer ouso do senso, embora, como se compreenderá, em caso de excessos, alguém tenha que fazer prevalecer os equilíbrios —veja-se o caso dos representantes do FMI, que, em duas penadas, fizeram o diagnóstico e passaram a receita. E os pais servem para quê?…

    No meu entendimento, sem obrigações nem impedimentos, faltou que, durante um período estabelecido e de acordo com o tempo necessário para colocar o Páis nos eixos, fosse nomeado um governo constitído por pessoas estrangeiras, a única forma de, para além de evitar as promiscuidades, garantir que o programa acordado fosse cumprido.

    Sobre o resto: aborto, eutanásia, casamentos homossexuais, etc, etc, etc, etc, é evidente que se trata de questões debatidas em sociedades perturbadas, em que a coluna das prioridades está adulterada.

    1- O aborto é, para mim, a necessidade de impedir que mais criaturas nasçam sob a vigência de tempos que não são felizes. Isto é, a necessidade de impedir a proliferação de vítimas. É esta a razão por que, desde o início, fui e sou a favor.

    2-A eutanásia, o reflexo de sociedades que não têm tempo nem qualidade de vida que permita a profilaxia e os cuidados; compreendendo, no entanto, haver casos em que o que está em causa é o sofrimento definitivo, incontornável, a degradação constante. Objectivamente, sou a favor

    3-Casamento homossexual: a instituição da anormalidade. Não é por uma questão de preconceito, outro ou ou religioso —tenho um Deus que é só meu, porque não gosto de ajuntamentos. Sei, porque tenho amigos, que a homossexualidade não é contagiosa, mas é, de facto, uma anomalia —refiro-me, naturalmente, à que é devida à disfunção hormonal. À de fetiche, há quem, chame também, opção na orientação sexual; eu chamo-lhe desorientação mental.

    Sempre achei que, mesmo entre um homem e uma mulher —se não for obsoleto—, a relação, a comunhão de tempo e de espaço, pode ser consumada e mantida sem necessidade de diploma ou qualquer tipo de visto ou registo institucional, a não ser por questões de “negócio”.

    No entanto e para além disso, o casamento, como Instituição —que nunca usei, apesar de ter comungado tempo e espaço com outra pessoa— foi criado dentro de determinados pressupostos, para celebrar a união, de facto, entre casias de heterossexuais, apesar de não haver outros, mesmo que se esprema a semântica.

    Portanto, ser-se homossexual, ter-se uma relação que se quer consumada pelo casamento, é o mesmo que, não sendo, advogado, eu cismar que quero pertencer à Ordem dos Advogados, ou a outra qualquer, sem que eu reuna as condições estabelecidas. Só isso.

    Quanto à adopção —contra o que, como é meu costume, não erguerei, politicamente e intituidamente, outra palha—, acho-a uma anormalidade muito maior. Desde logo —a modos como quem, não podendo ter um filhos, tem gatinhos—, porque se trata de outro fetiche, que pode ser pior: por alguma razão, em regra, as lésbicas adoptam meninas, e, eles, meninos. Salva-se, apenas, a coerência.

    Acho, acima de tudo, que as sociedades devem interrogar-se, fazer análises e procurar resolver todos ou a maior parte dos seus problemas; e, parecendo os menores, mas não sendo, os afectivos, os que provocam todos ou quase todos os desvios —a normalidade, quer queiramos, quer não, alheada da nossa vontade e consciência, tem padrões. Está provado que ninguém consegue comer de cabeça para baixo, porque contariaria a força da gravidade.

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