A doçaria portuguesa: depois dos natas, os papos d’anjo

pasteis de natapaps d'anjo

Primeiro foi o Ministro da Economia e do Emprego a iniciar a saga de notícias sobre a nossa doçaria, evocando os pastéis de nata. Agora são servidos Papos d’Anjo, designação e marca de uma empresa de vestuário de Catherine Monteiro de Barros, cuja insolvência foi deliberada pelo Tribunal de Comércio de Lisboa, segundo notícia do “Público”, da qual reproduzimos o seguinte trecho:

O rol de dívidas que a empresa de Catherine Monteiro de Barros, filha do empresário Patrick Monteiro de Barros, acumulou chega a perto de quatro milhões de euros. O maior credor é o BES, com um incumprimento de quase 1,6 milhões. Aos cerca de 30 trabalhadores ficaram por pagar quase 400 mil. E o Estado também foi lesado: as dívidas ao fisco e Segurança Social totalizam 355 mil euros.

Resta acrescentar que, nos quatro milhões de euros em dívida, se inclui o remanescente de dívida à CGD, no valor de 540 mil euros, relativo a uma operação de ‘leasing’ na compra de instalações, assim como 780 mil euros à AICEP – a empresa recebeu 1,9 milhões ao abrigo do QREN. O Estado português, directamente ou através de instituições, ficará lesado em mais de 2 milhões de euros, caso a empresária e eventuais avalistas não os paguem.

Com todas estas histórias, do ministro Álvaro à fracassada empresária Catherine, parece moda os incompetentes recorrerem a nomes da prestigiada doçaria portuguesa para servir amargos restos de indigesto “fast-food” da actividade económica. Aos contribuintes e naturalmente aos 30 trabalhadores que, no caso da Papo d’Anjo, não receberam 400 mil euros de salários.

Comments

  1. José Galhoz says:

    O Álvaro (ministro) não faz os trabalhos de casa quando vai à Assembleia e, aparentemente, nunca os faz. Se no Canadá também era assim, é natural que não o queiram mais de volta, evitando maus exemplos para os seus alunos. Quanto aos prejuízos para o País, devidos a empresários falhados, bancos falhados, ministros falhados, Governo falhado e corruptos bem sucedidos, há que notar que o Zé pagante, que tudo isto está a suportar, já abrange mais do que o contribuinte normal pois, mesmo os que teoricamente não pagam impostos, são esmifrados através dos aumentos de preços e outras formas mais subtis.

  2. Carlos Fonseca says:

    Caro José Galhoz,
    O Álvaro não faz os trabalhos de casa, porque, pura e simplesmente, não os sabe fazer. Seja em casa, no ministério ou em outro local qualquer. Pelos vistos, só na tal escola de Vancouver, mas mesmo aí não sabemos com que qualidade.

  3. Jose says:

    Ja foi contratada como vice-presidente de outra marca de roupas 🙂 http://boobosh.wordpress.com/2012/01/01/oscar-de-la-renta-childrenswear-line/

  4. Carlos Fonseca says:

    José,
    É o dinheiro do Papá, porque os ‘papos d’anjo’ ficam por nossa conta.

  5. voz do conhecimento says:

    Pelo amor do santissimo sacramento ela e nora de Patrick Monteiro e Barros, nao filha!

Trackbacks

  1. […] da falência da PAPOS D’ANJO, de muito menor efeito mas ainda assim com um custo considerável para os contribuintes […]

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