Ainda a propósito deste post.
Não gosto deste Governo, abomino a sua política, mas a verdade, quando existe, também é para se dizer. No mesmo dia em que enviei o mail a denunciar a situação, recebi uma resposta de Ana Venâncio, assessora do director do Centro Distrital do Porto da Segurança Social, Sampaio Pimentel, reencaminhando o caso e pedindo celeridade na sua resolução a quem de direito. Resposta pronta e eficaz como se impõe quando estão em causa os legítimos interesses de um contribuinte. Nesse mesmo dia, quando cheguei ao Centro Infantil de Valbom para recolher as minhas crianças, lá estava um aloquete a impedir a entrada de automóveis no átrio da instituição, acabando com a insegurança dos seus utentes.
Infelizmente, foi «sol de pouca dura». A Cruz Vermelha, tomando-nos a todos por imbecis, decidiu logo no dia seguinte deixar o aloquete apenas pousado em cima da corrente de ferro em causa, permitindo assim que qualquer um a abra e entre com o seu automóvel no espaço que devia ser sagrado para as crianças. Foi assim, por exemplo, que uma carrinha da própria Cruz Vermelha violou a corrente e entrou para o átrio do CIV. Do seu interior, saiu uma senhora perfeitamente saudável que – supõe-se – tinha medo de mexer o cu por uns míseros 10 metros – a distância entre o parque de estacionamento e a porta da instituição.
Como é óbvio, pedi de novo o Livro de Reclamações e informei a Segurança Social do sucedido.
P. S. – As fotografias que ilustram este post são do Parque Infantil do Centro Infantil de Valbom. Um espaço com uns 10 mil metros quadrados de extensão. Um verdadeiro luxo quando comparado com aqueles infantários de prédio que nem espaço exterior têm.
Desde que a Cruz Vermelha passou a gerir a instituição, as crianças deixaram de poder frequentar o Parque Infantil. Que agora está desoladoramente vazio, dia após dia, uma dor de alma!, enquanto dezenas de crianças, quais animais encurralados, passam o dia enjauladas no interior.
A Cruz Vermelha alega razões de segurança. Coitadinhas das crianças, podem cair e magoar-se no piso de borracha. Já levarem com um carro em cima, para a Cruz Vermelha, é questão de somenos.
Conheço o Centro Infantil de Valbom e conheço pessoas que se empenharam para que ele fosse, hoje, uma realidade. Pessoalmente não consigo ter um juízo definitivo sobre as diferentes entidades que estiveram ou estão a gerir o equipamento. Não compreendo porque é que um simples aloquete que permite aumentar a segurança das crianças é aberto ou retirado em benefício de quê?
Há sempre em Portugal atitudes de chicos-espertos ou de mandões a soldo de outros mandões.
Lamentável.
É para näo estranharem quando o ex-jardim for transformado em condomínio de luxo fechado…