Explicado-explicadinho por que motivo o Regime prossegue sendo esta criatura grotesca e terminal que nem acaba de morrer e nem de nos fornecer morte, desgraça e desnorte:
Cunhal não era o único a usar a cassete. Estes primeiros anos criaram assim o absurdo paradoxo que marcou até hoje a vida da III República: aqueles que deviam ser os primeiros a percepcionar os problemas concretos são, na verdade, os primeiros a recusar ver esses problemas. Em consequência, a entrada do FMI em 1977 (e depois em 1983) foi apenas a conclusão óbvia deste estado de coisas. O país tornou-se ingovernável, porque a governação não era o business dos partidos.
Por oposição a estes fdp, cuja missão é governarem-se. O Gaspar deve ir direitinho para a EDP…
Para a EDP estão mais vocacionados engenheiros que tivessem sido ministros das obras feitas, tipo mexias.
Assim tipo gaspares ficam melhor em coisa tipo éfeémi ou bêcêé. Mas ele não vai ficar mal depois de tudo o que está a fazer. As pessoas merecem ser premiadas e há muitas prateleiras para muita gente. Os outros, us piquenos, é que estão sempre feitos ao bife… de cabeça chata.
Com tanta gente em lugares destacados a dizer asneiras, por que raio não haveria o Henrique Raposo de ter direito de dizer as suas.
Há quem culpe os partidos da situação actual fingindo que os partidos são todos iguais e defendem os mesmos interesses. Também o Salazar não gostava de partidos, em especial do PCP.
Se tivessem ouvido melhor a tal “cassete” (é uma cassete bem grande: foi publicado o IV Tomo de Obras Escolhidas e outros se seguirão) não estaríamos hoje nesta triste situação.
Recomendo uma visita guiada à Exposição sobre Álvaro Cunhal para melhor compreender a enorme importância do legado que nos deixou.