José Miguel Júdice oferece hoje um importante contributo para a empreitada de refundação da língua portuguesa actualmente em curso. Propõe o magnata da advocacia nacional que “revolução”, “golpe de estado” e “ruptura” passem a ser lidas como sinónimos de implantação de um regime presidencialista, convenientemente chefiado por banqueiros como Artur Santos Silva (se para tanto se achar “com pachorra”) e “homens moderados”, como António Pires de Lima, e que possa enfim providenciar o clima favorável ao “business as usual ” de que a pátria tanto precisa.
José Miguel Júdice começou por propostas também elas moderadas, como a de que o Estado e as empresas públicas fossem obrigados a ter de consultar as três maiores sociedades portuguesas sempre que necessitassem dos serviços de um advogado. Ao longo das últimas décadas, foi-se contentando com os contratos milionários de auditorias e emissão de pareceres que a sua sociedade foi acumulando.
Mas chega o momento em que qualquer homem com espírito patriótico se indigna com o estado da nação e exige mais. E o mais, neste caso, parece ser um salvador da pátria, que “acabe com estes partidos”. Já a eleições nem uma referência, ou não fossem elas cada vez mais um luxo a que as nações sob protectorado vão perdendo o direito.
Eu que gostava do homem à uns anos. Era um inocente do caraças.
Este fascista já foi do PPD e depois do PSD.
Agora é mais um que quer aparecer acima
dos partidos, leia-se independente!