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Diz que é preciso despedir funcionários públicos (4)
Laranja do Algarve é que não
O problema do nosso país não teve a sua origem apenas no lapso de Paulo Portas ou na carta de Vítor Gaspar. O erro tem pelo menos dois anos e foi assinado, de cruz, por todos os portugueses que votaram neste conjunto de incompetentes.
Digamos que esta semana foi apenas a apresentação pública do sumo concentrado que tem estado na base da bebida servida pela TROIKA aos Portugueses. Palpita-me que o sumo tinha acabado e Cavaco, talvez a pedido da Maria, mandou vir mais um frasco de concentrado. Para que tudo fique na mesma, claro.
E dentro do frasco original, vinha um bando de gente mal preparada que chegou ao governo achando que tudo se resolvia cortando. Dois anos depois está mais que provada a falência da receita – temos mais desempregados, maior dívida e o défice com um valor historicamente elevado. O problema, repito, não está em saber se Paulo fica ou sai, se o Gaspar tinha razão ou, até, se foram os Professores que provocaram esta confusão no governo. A receita do sumo está errada e, além do sabor, temos que deixar os sumos concentrados e passar a servir um sumo natural de frutas nacionais, pêra rocha, por exemplo. Laranja do Algarve, por causa das confusões, será de evitar.
Cavaco Silva e os seus boys têm uma intenção clara – permitir aos grupos económicos a entrada na Saúde, na Educação e na Segurança Social. E, só vão desistir, quando o conseguirem. É por isso, que não podemos continuar a beber este sumo de segunda. Portugal e os portugueses precisam de voltar a ter economia e para isso o mercado interno tem que voltar a ser uma aposta central do governo. Não podem continuar a cortar nos salários e nas aposentações – podem, por exemplo, dispensar todos os assessores e agências de comunicação que por estes dias encheram os jornais, as televisões e a blogosfera de pseudo-informações. Fica a sugestão…Mas, mais laranjas é que não.
Fé nos burros
Há uma exposição fotográfica no Parque Monsanto de Lisboa a qual, por momentos, julguei que fosse propaganda política como as habituais “vote em mim”. Mas não, é mesmo sobre os quadrúpedes da espécie asinina e nada tem a ver com estes que nos governam. E se eles, contrariamente aos asnos, têm sido burros! Basta observar as metas com que se comprometeram e onde chegaram: [Read more…]
Portugal precisa de um novo partido
A catástrofe estava anunciada: PSD e CDS entraram em agonia, avizinha-se o velório. Em próximas eleições ficarão reduzidos aos fanáticos, que votam ali como se de um clube de futebol se tratasse. Basta pensar na abada que vão levar nas autárquicas, e o PSD é um partido de caciques locais, gente que não sabe fazer mais nada e detesta ficar no desemprego, e passará em breve ai ajuste de contas.
Ora em democracia, mais que não seja por uma questão sociológica, a direita faz falta. Alguém terá de representar os patrões que já puxaram o tapete aos coveiros no governo.
A política tem horror ao vazio, precisamos de um novo partido de direita que faça a travessia do deserto que se avizinha. E não se esqueçam de incluir uns bons camelos.
Governo de salvação internacional
Muitos têm sido os que procuraram identificar os culpados locais dos estranhos acontecimentos que têm marcado a actualidade política nos últimos dias em Portugal. Mas o que esta dita “crise política” e o seu desfecho revelam é o domínio dos interesses extra-nacionais e a afirmação, em todo o seu esplendor, de uma realidade que a maioria tem sub-avaliado, naquela negação de quem fecha os olhos para não ver o que contudo será verdadeiramente irrevogável, e a que apenas factores exteriores, ou uma não-expectável posição radicalíssima de um outro Governo (que não vai existir antes de 2015, creio) poderiam fazer inflectir: a perda de soberania, até agora enunciada como uma espécie de ameaça abstracta, é agora uma realidade horrorosa e corporizou-se no rigoroso momento em que, perante o pasmo da generalidade dos democratas, emerge um Governo de salvação internacional, chefiado por Cavaco Silva. E o próximo alvo que visa é… a reforma do Estado, eufemismo para machadada-final e definitiva nas responsabilidades sociais do Estado.
Receitas de gin
A semana passada apresentei aqui umas receitas de caipirinha e de sangria para refrescar este Verão cheio de tonterias e acontecimentos quentes. A julgar pelo que se vê, nunca a season foi tão silly.
Hoje tomei uma decisão irrevogável: vou preparar um gin tónico. Irrevogavelmente.
Ou talvez mude de ideias e beba um gin fizz. Posso até beber um gin com uvas, sabe-se lá, é preciso é que seja irrevogável. E pronto, enquanto não revogar as dúvidas, dou-vos algumas receitas de gin para provarem.
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